Quem opta pelo serviço de tele-entrega quer receber o lanche quentinho ou aquele sorvete geladinho e o mais rápido possível. Mas, por trás desta agilidade, também ‘corre’ o perigo no trânsito. Não é de hoje que a comunidade venâncio-airense relata preocupação com a conduta de motociclistas que trabalham com o serviço de delivery. Excesso de velocidade, ultrapassagens perigosas e avanço no sinal vermelho nos semáforos da Capital do Chimarrão estão entre as queixas e relatos mais comuns.
A série de reclamações motivou uma força-tarefa liderada pela Brigada Militar e pelo Departamento Municipal de Trânsito. A partir deste mês, os órgãos irão ampliar a fiscalização dos motociclistas que trabalham com frete de cargas e encomendas em geral. O objetivo é realizar uma abordagem educativa e orientativa. A ideia é manter ações ao longo de todo o ano, tanto durante o dia quanto à noite, que é o período com maior demanda de tele-entregas. Durante entrevista ao programa jornalístico Terra em Uma Hora, da Terra FM, nesta semana, o comandante do policiamento da Brigada Militar de Venâncio Aires, tenente Leandro Altermann, foi enfático ao salientar que as leis precisam ser seguidas e lembrou que o trânsito é um dos grandes responsáveis por mortes em nosso município.
A demanda por serviços de delivery teve um ‘boom’’ durante a pandemia de Covid-19. Com isso, naturalmente, o número de motoboys ou motofretes aumentou significativamente, inclusive se tornou uma oportunidade de trabalho para muitas pessoas. A Secretaria Municipal de Segurança Pública estima que há, em torno de, 200 profissionais atuando neste ramo em Venâncio. Porém, menos de 30 estão efetivamente regularizados. Essa demanda também levou ao crescimento de motociclistas informais nos últimos anos. Operações locais já flagraram menores de idade e até motoristas sem habilitação, o que é um risco grave para eles e para todos que circulam pelas ruas de Venâncio Aires.
Essa força-tarefa é mais que necessária. É urgente. Este é um trabalho que deve ser coletivo, portanto, além dos órgãos de fiscalização, também deve envolver os proprietários dos estabelecimentos que disponibilizam esse serviço que, sem dúvida, é uma comodidade para quem usufrui e gera emprego para tantas pessoas. A iniciativa, entretanto, só tem resultado com a colaboração e conscientização dos próprios condutores. A encomenda da vez é um trânsito mais seguro para todos.