Referência em alfabetização

Muito mais do que aprender a ler e escrever, a alfabetização é um processo que tem contribuição essencial na construção de uma educação de qualidade e uma sociedade mais justa e desenvolvida. Em Venâncio Aires, essa missão ganhou destaque por meio do programa Alfabetiza Tchê, que reconheceu, nesta semana, duas escolas da Capital do Chimarrão entre 200 instituições com os melhores índices de alfabetização do Rio Grande do Sul. O objetivo do programa é garantir que os estudantes das escolas públicas saibam ler e escrever plenamente até o 2º ano do Ensino Fundamental.
O reconhecimento à Escola Municipal Alfredo Scherer e à Escola Estadual Cônego Albino Juchem foi medido com base na nota do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar (Saers) de 2023 e no Índice de Qualidade de Alfabetização (IQAe). Porém, mais do que números, essa conquista simboliza o esforço e o compromisso de professores, diretores, alunos e famílias. É um resultado que refletirá diretamente na formação desta nova geração, afinal, eles serão os adultos, os trabalhadores, os gestores, os pais e mães do nosso futuro.
Além dessa premiação, noticiada na edição de quinta-feira, 2, neste fim de semana a Folha compartilha mais um exemplo inspirador na educação. Nas páginas 14 e 15, os leitores podem “mergulhar” no universo dos alunos da pré-escola da Emei Arco-Íris, no bairro Aviação. Por lá, os pequenos vivem a fase instigante que é aprender as primeiras letras e escrever o próprio nome.
As práticas pedagógicas aplicadas em sala de aula são fruto da Formação Leitura e Escrita na Educação Infantil (LEEI), um projeto federal que integra o Programa Alfabetiza Tchê. Essa capacitação abrange professores das escolas municipais de educação infantil. A reportagem foi conferir de perto, e o que se viu em sala de aula é uma entrega repleta de amor, criatividade e afeto — o que fica evidente na foto que estampa a capa da edição de hoje.
O exemplo dessas escolas serve de estímulo para que outras instituições busquem aprimorar seus métodos e invistam no desenvolvimento de práticas que fortaleçam a alfabetização. Que esses modelos se multipliquem, e que cada vez mais escolas alcancem o reconhecimento por aquilo que deve ser prioridade absoluta: uma educação de qualidade, que acolhe, transforma e desenvolve.