Terá desfecho na próxima segunda-feira, 15, mais uma rodada de negociações entre Prefeitura de Venâncio Aires e Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, no que se refere à pauta salarial anual. Isso porque, na quinta-feira, 11, o prefeito Jarbas da Rosa (PDT) anunciou que o funcionalismo terá 5,3% de reposição. São 4,62% do acumulado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 e 0,68% de ganho real. Deste último percentual, 0,5% já havia sido confirmado por Jarbas e sua equipe econômica. Mas, após análise da situação financeira, o chefe do Executivo decidiu oferecer mais 0,18%.
O encerramento da discussão ser dará na Câmara de Vereadores de Venâncio Aires, que vai se reunir para uma sessão extraordinária, a partir das 18h, momento em que os parlamentares vão analisar, além do projeto de lei de reposição anual geral, outras nove matérias. Como sessões extras não reservam espaços para manifestações – a não ser as relativas aos projetos em análise -, provavelmente não haverá um debate ampliado sobre o assunto, mas é provável que ele retorne à pauta política, logo ali adiante.
Inicialmente, Jarbas informou à cúpula do sindicato que não seria possível dar qualquer percentual acima do IPCA, em razão da situação financeira do Município. A categoria pleiteia, desde o começo das tratativas, um ganho real de 5,3%, pois alega que estas são as perdas do período da pandemia do novo coronavírus, quando a Lei 173 vedou qualquer hipótese de aumento de salários. Depois de duas manifestações lideradas pelo sindicato – uma quando foi anunciada a inviabilidade de ganho real e, outra, quando o prefeito afirmou que concederia 0,5% acima do IPCA -, vem agora o desfecho desta polêmica.
Enquanto de um lado o presidente do sindicato, Júnior Ronan Hendges, chama o ganho real de 0,68% de “irrisório” e afirma que o prefeito não cumpriu com a promessa de valorização dos servidores, Jarbas entende ter feito tudo o que foi possível e diz que não pode colocar a saúde financeira da Prefeitura em risco para atender às reivindicações de um grupo menor que, segundo ele, politizou o debate salarial para tentar desgastar a Administração. O chefe do Executivo garante que, diariamente, é abordado por servidores técnicos que têm conhecimento da situação financeira do Município e aprovam a postura que foi adotada. Cada um defende o seu lado. Isso é natural.