Roda da economia

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Em 2022, mais de R$ 2,2 bilhões movimentarão a economia de Venâncio Aires. A estimativa é da IPC Marketing Editora, empresa de São Paulo que realiza, anualmente, o estudo IPC Maps, que é um mecanismo de análise do potencial de consumo dos municípios brasileiros. Em relação a 2021, serão quase R$ 180 milhões a mais de recursos. No entanto, o incremento não conseguir fazer frente à inflação do período. A projeção é de que os moradores da Capital do Chimarrão terão uma perda no poder de compra de 2,33%.
Marcos Pazzini, diretor da IPC e responsável pelo levantamento, ressalta que, apesar do registro de perda real, Venâncio Aires não ficou muito distante do que aconteceu com a média das cidades pelo Brasil. Em nível de país, houve ganho real no potencial de consumo de apenas 0,92% de um ano para outro. Tanto é que, no ranking estadual, perdemos só uma posição entre as maiores economias: do 30º para o 31º lugar. Na classificação nacional, houve queda de quatro colocações, de 366º para 362º. Nada muito preocupante.
Os 2,33% de redução, conforme Pazzini, representam algo em torno de R$ 54 milhões que deixarão de circular na economia local. Entretanto, o mais importante, é que a roda segue girando, sem maior repercussão. A pandemia de coronavírus ainda é uma realidade e, para 2023, já existe estimativa de majoração no poder de compra, já que as pessoas devem, de uma vez por todas, voltar a investir de forma mais contundente, deixando de lado o temor dos tempos em que nada se podia prever em razão do avanço da Covid-19.
Habitação, gastos com veículo próprio e alimentação no domicílio concentrarão as despesas no ano de 2022, a exemplo do que já acontece há muitos anos. No segundo bloco de despesas, estão itens como alimentação fora do domicílio, medicamentos, materiais de construção e higiene e cuidados pessoais. De acordo com a pesquisa, fica claro que os venâncio-airenses farão pequenos ajustes em seus orçamentos, como forma de inserir neste contexto a leve perda de poder de compra. Nada que não estejamos acostumados.
Os autores do estudo sustentam que Venâncio Aires vem na mesma esteira dos demais municípios brasileiros em relação à economia. Todos estão ‘tateando’, ainda, para ver onde é melhor – e mais fácil – se agarrar. A partir destas análises, a economia voltará a se fortalecer e os investimentos serão realizados com naturalidade, fazendo com que a roda gire cada vez mais rápido. E o setor produtivo terá papel fundamental nesta retomada. Se isso se confirmar, certamente teremos um cenário muito melhor em 2023, pois a Capital Nacional do Chimarrão vem, ao longo dos anos, se notabilizando pelo pioneirismo e inovação.
Estamos qualificando mão de obra, diversificando a matriz produtiva e buscando sempre atrair novos investimentos. Ainda teremos, em 2022, a turbulência da eleição, algo que é característico. Depois, independente de quem estiver à frente do país, o mais importante será o mesmo de sempre: investir em educação, saúde, segurança, emprego e renda. Pois, como sustenta Marcos Pazzini, “consumo depende de renda e renda depende de emprego. Quanto mais empresas você tem, maior é a chance de ter pessoas com um rendimento contínuo”. O caminho a seguir é claro. Basta entrar no trilho e seguir por ele.

    

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