Rodovias pedem socorro

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É verdade que as perspectivas de futuro no que se refere às rodovias da região são boas, uma vez que o Governo do Estado está decidido a entregar a administração à iniciativa privada e cobrar duplicações e melhorias, já que não tem condições de mantê-las. Já fez isso com a RSC-287 e pode, ali na frente, encaminhar situação semelhante para a RSC-453, o que traria um pouco de esperanças para os milhares de usuários que, dia após dia, precisam circular pela estrada que liga Venâncio Aires a Lajeado.

No entanto, enquanto as duas RSCs não estiverem sob a gerência de empresas ou consórcios privados, é de extrema importância que a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) faça a sua parte e dê condições de trafegabilidade, uma vez que as praças de pedágio estão sempre com seus guichês em funcionamento. Na quinta-feira, 28, à tarde, a reportagem da Folha do Mate percorreu a totalidade dos trechos da 287 e da 453 que cortam Venâncio Aires, e a constatação é de que as rodovias estão longe de oferecer a segurança e tranquilidade necessárias. Não é exagero dizer que estão pedindo socorro.

Na RSC-453, o percurso do entroncamento com a RSC-287 até pouco antes do trevo de Palanque e Travessa é tranquilo. Há um ou outro desconforto, mas no geral, a rodovia chega na nota 7, digamos, para passar por média. A exceção é um ‘borrachudo’ nas proximidades da Madrugada, na pista da direita para quem se desloca no sentido Venâncio Aires – Lajeado. Mas, pouco antes do trevo (perto da empresa Móveis Göttems) e a partir dele, o que se vê são pontos do asfalto onde buracos, rachaduras e ondulações se acumulam nas duas pistas.

Na RSC-287, esta a principal artéria da região, a situação é ainda pior. Do trevo de Venâncio Aires em direção ao pedágio de Vila Arlindo (quilômetros 79 a 87), também há ondulações, rachaduras e acostamentos ‘esfarelados’. Não é um asfalto tão ruim, contudo está aquém do aceitável. O intenso fluxo de veículos e caminhões exige que a EGR providencie reparos com maior frequência, especialmente em dias depois de chuvas intensas. Aliás, esse era o caso de quinta-feira, já que no domingo, 24, a Capital Nacional do Chimarrão foi atingida por um temporal.

Os problemas se agravam quando chega o momento de percorrer o trajeto entre o trevo de acesso a Venâncio Aires e a divisa com Bom Retiro do Sul. Logo no começo, há um ‘borrachudo’ no meio da pista, que se mistura aos tachões, em frente ao Posto Chama. Mas é entre os quilômetros 70 e 72, em Linha Ponte Queimada, que os riscos de acidentes se agravam. Em vários pontos, os ‘obstáculos’ chegam a uma altura que exige que os motoristas desviem. E aí, é preciso escolher: usar o acostamento ou invadir a pista contrária? A não ser que queiram correr o risco de ter pneus e suspensão avariadas a partir de choque com o asfalto irregular, estas são as opções.

As imagens que estão sendo publicadas na capa e nas páginas 22 e 23 da edição da Folha do Mate comprovam o que a reportagem encontrou nas duas rodovias. E são mais do que suficientes para sensibilizar a EGR no sentido de dar uma atenção para as nossas estradas. Não é possível esperar muito mais tempo.

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