Situação de Emergência

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Os primeiros dias do novo ano vêm tirando o sono de muitos produtores rurais de Venâncio Aires. A estiagem que afeta as principais culturas agrícolas de verão, principalmente o milho, soja, tabaco e produção leiteira, levará a Prefeitura a decretar, na segunda-feira, 6, Situação de Emergência. Dados preliminares, com base no diagnóstico que está sendo concluído no interior, aponta para um prejuízo de R$ 41 milhões. Números que serão finalizados e enviados à Defesa Civil do Estado e também ao Governo Federal como um ‘pedido de socorro’.

Além dos prejuízos nas lavouras, o consumo humano já está sendo afetado no interior, o que torna a situação ainda mais crítica e preocupante. Como um município essencialmente agrícola, a falta de chuva significativa desde o começo de dezembro acende um alerta vermelho. Basta um breve roteiro pelo interior para comprovar os prejuízos.
Medidas estão sendo tomadas. Inclusive, propriedades já estão sendo atendidas pelo caminhão-pipa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural. A pasta também está atendendo em regime de plantão para não deixar ninguém desassistido nos finais de semana.

A estiagem gera um ciclo de perdas que afeta diretamente toda a economia do município, atingindo cidade e interior. Se na lavoura as culturas estão ‘torrando’, na cidade, os reflexos da seca também são visíveis. Corpo de Bombeiros atendeu, nos últimos 33 dias, 37 ocorrências de queimas em matos e vegetações. Com um clima, pode-se dizer, propício para as queimadas, qualquer fagulha é suficiente para iniciar um incêndio, alerta o sargento da guarnição local.

Além disso, o uso das nossas fontes naturais, como a água dos arroios, também vem sendo monitorado de perto. Inclusive, uma reunião com produtores de arroz que utilizam água do Arroio Castelhano e da bacia do Taquari Mirim ocorre na próxima semana.
Os moradores da área urbana, abastecidos pela Corsan com a água do Castelhano, por enquanto, não correm risco de passarem por um racionamento. Porém, a gerência local da estatal alerta para o uso consciente e racional da água. As previsões climáticas indicam que ficaremos por um longo período registrando somente chuvas ‘tímidas’ no estado, o que torna a situação ainda mais séria e preocupante.

Enquanto os agricultores clamam por socorro e precisam de toda atenção e suporte, a população da área urbana precisa ficar atenta, consciente e fazer a sua parte para que não tenhamos de enfrentar uma situação crítica como outras cidades já estão passando.

Infelizmente, são em situações como esta, de estiagem e perdas, que valorizamos ainda mais a água e temos uma dimensão da importância deste recurso ‘impagável’. Este é um cenário que deve servir para avançarmos em planos e ações preventivas, tanto na cidade, quanto no interior. Podemos e devemos avançar na estrutura de açudes, sistema de irrigação e instalação de poços. Ter acesso à água potável é um direito mínimo, aliás, um direito humano essencial. Por ora, é torcer e esperar pela chuva.

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