Até fevereiro do próximo ano, Venâncio Aires dará início a um novo sistema de coleta de resíduos sólidos. Parte importante desta nova fase são os mais de 770 contêineres para depósito de lixo seco e orgânico que foram adquiridos e chegaram nesta semana no município. Os equipamentos vão ampliar em 60% a abrangência da coleta automatizada na Capital do Chimarrão. Mais do que isso, vão contribuir para um descarte mais correto.
O sistema conteinerizado já é realidade em Venâncio há mais de uma década, no entanto, desde que implantado, os contêineres são alugados pelo Município. Por mês, a Prefeitura paga R$ 614,21 pelo aluguel de cada contêiner. Para esta nova etapa, o Município adquiriu cada equipamento – que é um pouco menor que o modelo atual – pelo preço de R$ 1.409,90, cada um. Para o novo sistema ser implantado, efetivamente, o Município aguarda a finalização de processos licitatórios que irão definir as empresas que farão o recolhimento e transporte do lixo. Além disso, a Prefeitura comprou e aguarda o recebimento de três caminhões que farão a coleta. Esse investimento foi possível por meio do programa Lixão Zero, do Ministério de Meio Ambiente. Venâncio foi contemplado com R$ 4,1 milhões, recurso que permitiu, além da a compra dos contêineres e caminhões, a aquisição de um triturador de galhos, biodigestores para as escolas e 1,9 mil composteiras domésticas que foram distribuídas para famílias gratuitamente.
O Município gasta, atualmente, em torno de R$ 5 milhões para recolher e transportar o lixo dos venâncio-airenses. Com essas mudanças, a previsão da Administração é de que o novo sistema contribua para uma economia anual de R$ 700 mil. Enquanto essa frente é liderada pelo poder público, cabe à população também fazer a sua parte, não apenas separando o lixo, mas também ajudando a reduzir o volume que é descartado, especialmente a quantidade de resíduos orgânico. A implantação de composteiras é um dos exemplos de como cada cidadão pode contribuir e fazer a diferença. A compostagem é uma forma de transformar parte do que consumimos em matéria-prima para produção de adubo orgânico e biofertilizante, ou seja, é a oportunidade de garantir resultados não apenas econômicos, mas ambientais.
A educação ambiental é um grande desafio das comunidades, em todo mundo, e tornar a reciclagem e a compostagem práticas comuns são formas de contribuir com o planeta. Das indústrias aos consumidores, todos têm responsabilidades. Esse é um tema que precisa envolver a comunidade, as empresas, as escolas, o poder público, as famílias. É preciso consciência e ela começa dentro de casa.