Transição da Covid

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A sexta-feira, dia 5 de maio de 2023, será lembrada para sempre. Nesta data, a Organização Mundial da Saúde (OMS), decretou o fim da emergência global relacionada à pandemia do novo coronavírus. O anúncio do diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ecoou pelos quatro cantos do planeta e foi recebido em tom de alívio. Isso porque não é o fim da pandemia, mas o encerramento de um período em que se conviveu com o descontrole da Covid-19 e, muitas vezes, a impotência de se lutar contra o ‘vírus invisível’.

Para decidirem pelo anúncio, membros da OMS fizeram debates e reflexões por meses e, de acordo com eles, foram três os motivos principais para a transição. Primeiro, entenderam que, embora a doença ainda seja uma realidade e o vírus continue circulando por todo o globo terrestre, o número de mortes reduziu drasticamente e a população mundial alcançou importantes níveis de imunidade, muito por conta da vacinação em massa.

O segundo motivo é o entendimento de que o momento requer uma nova estratégia no combate ao coronavírus e, para isso, a OMS planeja elencar uma lista de recomendações permanentes, que substituirão as orientações temporárias repassadas até agora, justamente por conta da emergência que sempre esteve relacionada à Covid-19. Por fim, o terceiro motivo diz respeito à conscientização: a OMS acredita que tem a capacidade de fazer a população entender que não se pode baixar a guarda no que se refere à prevenção.

Mesmo antes do anúncio, já vivíamos o chamado ‘novo normal’, e a manifestação da entidade é mais uma certeza de que estamos no caminho certo em relação aos cuidados sanitários. É importante que fique claro que o momento é de transição e que não podemos esquecer das quase 701,5 mil mortes e 37,5 milhões de casos confirmados no Brasil. No Rio Grande do Sul, são mais de 3 milhões de infecções confirmadas e 42.113 óbitos registrados.

Em Venâncio Aires, até agora, são 20.435 casos confirmados e 157 vidas perdidas para o coronavírus. Portanto, apesar de o anúncio da OMS ser positivo, os momentos de desespero, tensão, aflição e impotência não podem sumir das nossas memórias. Precisamos continuar fazendo nossa parte para que não tenhamos mais um inimigo desta magnitude. Consciência e empatia vão seguir na cartilha.



Carlos Dickow

Carlos Dickow

Jornalista, atua na redação integrada da Folha do Mate e Terra FM.

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