Um ano de Covid-19, mais de 6,4 mil pessoas contaminadas e 70 óbitos em Venâncio Aires. Estes são os números que representam o tempo e o impacto da pandemia na saúde da população venâncio-airense, até agora. A escalada da Covid vem exigindo esforços permanentes no combate ao vírus, entre eles, o lockdown, que se repetirá em Venâncio Aires pelo terceiro fim de semana consecutivo. Além disso, todo o Rio Grande do Sul permanece em bandeira preta, que é o nível de risco máximo. As decisões mais duras indicam que ainda ‘atravessamos’ o momento mais crítico da pandemia.
Embora sejam consideradas medidas ‘amargas’, pois impactam em diversas atividades econômicas, os protocolos do Estado e as determinações do lockdown vêm surtindo efeitos considerados positivos pelos gestores públicos. Isso mostra o quanto o distanciamento e o cumprimento rigoroso dos protocolos são eficazes no combate à Covid. Depois de recordes diários de casos, nesses dois últimos dias, o número de novos diagnósticos vem reduzindo em Venâncio Aires, primeiro município a defender lockdown total nos fins de semana, em todo estado. Segundo o prefeito Jarbas da Rosa, se identificou uma diminuição, nesta semana, especialmente, dos casos mais graves. Mas essa redução não significa que podemos relaxar, até porque, a capacidade hospitalar continua esgotada e o hospital precisa de, pelo menos, mais 15 dias de ‘respiro’, na expectativa de que a curva de contágio volte e a cair. Mesmo com o aceno de que as restrições possam ser flexibilizadas a partir de 22 de março, os cuidados deverão ser mantidos, dia após dia, afinal, o vírus não irá desaparecer e ainda é a vacina a solução efetiva. Mas até que, massivamente, a população possa ser imunizada – e não sabemos quando isso vai ocorrer – precisamos agir com equilíbrio e responsabilidade. Como lembra a campanha da Folha do Mate e Terra FM, lançada na última semana, estamos todos conectados.
O que não tem contraindicação nenhuma neste momento são as ações beneficentes e, neste quesito Venâncio vem provando, mais uma vez, que é uma cidade solidária. Exemplo disso é essa corrente do bem e virtual que se espalhou nesses últimos dias. Empresas e pessoas da comunidade estão arrecadando doações em prol do hospital.
Enquanto isso, até que tenhamos um novo cenário, é melhor agir por precaução, do que pela falta de cuidados. Temos que lembrar que o inimigo comum desta história é o coronavírus e é contra ele que devemos agir. Não precisamos de conflitos políticos, ideológicos, nem embates nas redes sociais com conhecidos e desconhecidos. É preciso somar esforços e tratar o tema com a seriedade e gravidade que ele representa.
