A barrosa
Quem é mais antigo lembra que se chamava a Prefeitura de ‘barrosa’, expressão popular em referência à vaquinha que dá leite para todos.
Na Fenachim, depois de uma das conversas com o prefeito Giovane Wickert no Espaço Mateando da Folha e Terra, me lembrei desse termo. Falava com o prefeito sobre a Creche do Casva, que o Rotary vai deixar de manter. Giovane disse que está atento aos fatos e vai agir para que as crianças não fiquem sem assistência. Ele tem planos. Mas já teme uso político do Casva novamente e adverte. “Se isso acontecer novamente, quem fizer o uso político para se promover que resolva o problema.”
O prefeito citou ainda que a centenária Sociedade de Leituras está em grandes dificuldades e existem sugestões para que o Município assuma e transforme aquele salão centenário num teatro. O museu está em dificuldades e existe movimento para que a Prefeitura assuma como Museu Municipal.
Não são más ideias, mas os recursos do Município são cada vez mais escassos e precisam ser investidos prioritariamente em saúde, educação e infraestrutura, defende Giovane, no que concordo com ele. O tempo passa, mas o senso de que o poder público precisa assumir tudo não passa.
Menos educação
O presidente Jair Bolsonaro anuncia corte de recursos para as universidades federais, alegando que há desperdício de dinheiro. No orçamento do MEC só para as federais gaúchas da previsão de R$ 606 milhões para 2019 o corte anunciado é de R$ 193 milhões. Preocupante. Imagino que há muito desperdício sim, mas cortar recursos necessários da educação será um tiro no pé para Bolsonaro, que parece ‘cegado’ pela dominância de ideologia marxista nas universidades.
Mas o corte não é novidade. Lula cortou R$ 1,2 bilhão da educação em 2010 e Dilma cortou em 2016, sem muitos protestos, dos mesmos que protestam hoje. É uma disputa ideológica acima dos verdadeiros interesses da educação, que preciso de investimentos e não de cortes.
Notinhas
* Fenachim divulgou 50 mil visitantes nos primeiros cinco dias de festa. Um bom público. A expectativa é de dobrar este número nos próximos quatro dias. Aliás, a primeira parte da Fenachim teve cinco dias de verão. A segunda parte, com quatro dias, poderá ter temperaturas mais baixas, prevê a meteorologia. Se isso se confirmar, teremos uma Fenachim de verão e uma de inverno, dentro da mesma edição.
* Jornalista e professor Juremir Machado estará no 3º Roda de Debates – A política em pauta, nesta quinta-feira às 18 horas no Palácio das Soberanas na Fenachim, com a participação do prefeito Giovane Wickert (PSB), iniciativa de Adriene Antunes, jornalista Coordenadora de Comunicação do Governo Municipal.
Juremir tem vasta formação, com pós-doutorado na França, é apresentador de programa jornalístico na rádio Guaíba, colunista do Correio do Povo e professor de jornalismo na PUC.
* Justiça torna Temer réu pela sexta vez por obstrução da justiça e organização criminosa. Não demora vai fazer companhia a Lula em Curitiba. Aliás, já devia estar lá pelas malas de dinheiro apreendidas com seus assessores. Dilma, pelos seus ‘negócios’ no governo é outra que já deveria estar lá.
Entrevista de Bolsonaro no Programa Sílvio Santos no SBT domingo a tarde, rendeu recorde de audiência e muitas críticas da esquerda. Sílvio entrevistou, no mesmo formato, Temer, Dilma, Lula e FHC.
* A Max Hauss, cervejaria de Osni Konrath, sedia nos dias 18 e 19 de maio o 1º Curso de produção de cerveja de Venâncio, que será ministrado pela Associação de Cervejeiros dos Vales Rio Pardo e Taquari ( Cervale).
A Max Hauss está na Fenachim com as cervejas que produz.