Os conselhos
Tenho notado a instalação de Frentes Parlamentares em escala cada vez maior. Só na segunda-feira foram instaladas três na Assembleia Legislativa. Uma em Apoio à Construção de Usina Termoquímica no RS. Outra de Apoio à Evolução do Status Sanitário Animal e a terceira em Defesa da Nefrologia Gaúcha. No Congresso as Frentes Parlamentares também não param de ser criadas. São espaços específicos para tratar de assuntos que ganham importância. Mas com tanta Frente, a tendência é de cansaço e no final não cumprirem mais seu papel. Lembro da febre de criar os “Conselhos’ nos municípios. Em Venâncio são mais de 30. Quantos funcionam regularmente e atingem seus objetivos?
Bolsonaro extinguiu por decreto na semana que passou 600 conselhos sociais atrelados ao Planalto que foram criados ao longo dos governos anteriores. O Presidente quer seguir com 50 conselhos, os que considera realmente importantes. Senão vira muita reunião e pouca ação.
Barganha
O anúncio de que o presidente Bolsonaro vai liberar R$ 40 milhões em emendas parlamentares por deputado que votar pela Reforma da Previdência suscita um debate.
Em 1997 FHC, para aprovar a PEC da reeleição em 1998 (e ainda bem que foi reeleito), teria ‘comprado’ 50 deputados para votar a favor da reeleição. Ele nega.
Lula, quando iniciou o seu primeiro governo em 2003, pagava deputados para votar a favor de seus projetos no escândalo conhecido como Mensalão.
Se Bolsonaro liberar emendas para quem votar a favor da Reforma da Previdência, não estará fazendo nada de ilegal, afinal, as emendas tem que ser pagas igual. Vai é beneficiar politicamente com a liberação antecipada quem votar a favor.
Pagar emendas constitucionais, como acena Bolsonaro, é uma coisa, pagar ‘por fora’, como fizeram Lula e FHC, é outra coisa
Como dizia Sérgio Moares como deputado, tudo que não é proibido é permitido.
Notinhas
* Advogado Luciano Spies vai ser o novo presidente do hospital São Sebastião Mártir. Ele é o atual vice do médico Oly Schwingel. Em maio trocam de posição, Luciano assume a presidência e Oly fica como vice. Um trabalho de doação comunitária.
* Procuradoria Geral de República pede ao STF 22 anos de prisão para o senador Fernando Collor de Mello (PROS-AL), ex-presidente da República, por desvio de R$ 50 milhões em propinas da BR Distribuidora nos governos do PT.
* Collor como presidente eleito em 1989, sofreu impeachment em 1992. A compra de uma Elba foi o que lhe derrubou. Agora é acusado de desviar R$ 50 milhões em propinas na Petrobras, onde Lula e Dilma lhe deram o controle da BD Distribuidora.