Os empréstimos das Prefeituras

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Na semana que passou o prefeito Giovane Wickert (PSB) formalizou um empréstimo de R$ 6,2 milhões via BRDE para asfaltar o Corredor dos Gauer, uma obra aguarda pelos moradores e prometida em campanha. No sábado publiquei a preocupação de um professor aposentado com os empréstimos dos prefeitos de forma geral. Ontem a Gazeta publicou matéria sobre os empréstimos dos prefeitos de Santa Cruz, onde Telmo Kirst (PP) pede autorização ao Legislativo para fazer empréstimo de R$ 15 milhões para investir em obras. A reportagem mostra que a Prefeitura de Santa Cruz tem R$ 44 milhões de empréstimos dos últimos prefeitos. Dei uma rápida pesquisada aqui em reportagens da Folha. Airton Artus (PDT) fechou seus dois governos com R$ 44 milhões em empréstimos em oito anos. Giovane Wickert (PSB) teve R$ 31 milhões de empréstimos nos dois primeiros anos e somando mais este de R$ 6,2 milhões agora, totaliza R$ 36 milhões de empréstimos. Somados estes valores, em dez anos são R$ 80 milhões emprestados que precisam ser pagos.

Airton defendia, e Giovane defende, que é a forma de fazer investimentos, que são possibilitados pela situação financeira de equilíbrio da Prefeitura.

Evandro Menezes Jacobsen, secretário de Administração da Prefeitura de Passo do Sobrado, me envia uma nota onde se posiciona sobre o assunto com cobrança:

Como sabes sou leitor assíduo de vossa coluna, e quando o assunto é finanças publicas não posso deixar passar. Na sua coluna de 20/04 um professor tece comentários sobre endividamento através da contratação de empréstimos, pois vou corroborar com o cidadão: pessoalmente entendo como comprovação da incompetência o administrador bater a porta das instituições financeiras para comprometer a saúde de uma Prefeitura, que muitas vezes já apresenta o financeiro e o orçamentário comprometido. Não me venham com esta de que a legislação permite o procedimento. Há outros fatores a considerar que não são citados pelos defensores destes absurdos. Tua Venâncio, que eu gosto muito, vou ratificar agora, vai encontrar dificuldades financeiras em um futuro muito próximo, assim como outras cidades. Tomara que eu erre.”

Um bom debate.



Sérgio Luiz Klafke

Sérgio Luiz Klafke

Diretor de Conteúdo e colunista da Folha do Mate

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