Em breve, Venâncio Aires vai iniciar um novo debate sobre a retirada das tipuanas no Largo do Chimarrão. O assunto, que já rendeu tantas reportagens, conversas informais e até audiência pública, deve voltar a receber atenção a partir das alterações propostas para o Calçadão de Venâncio Aires e anunciadas na última semana.
No que diz respeito à arborização, a proposta é de que as tipuanas sejam retiradas, pois a espécie é agressiva ao passeio público e às edificações. Em Santa Cruz do Sul, onde um túnel verde também é uma das marcas da rua principal do centro, o debate também é antigo e divide opiniões.
Fluxo do comércio
Conversei com o empresário Airton Bade, que é um dos comerciantes locais mobilizados para que o Calçadão passe a receber mais fluxo a partir das reformas anunciadas. Ele, que também é vice-presidente da Câmara do Comércio, Indústria e Serviços (Caciva), observa que esta iniciativa não é só dos empresários que possuem estabelecimentos na Rua Osvaldo Aranha, entre as ruas Jacob Becker e General Osório, mas do comércio de toda a chamada região baixa. Segundo ele, muitos lojistas reclamam do corte de fluxo no início da Jacob Becker. “Precisamos renovar esse fluxo.”
Ele adianta que o projeto é futurístico e vai dar uma nova visão para o centro da nossa cidade.
Ainda sobre as tipuanas
Ao defender a retirada das tipuanas, Airton Bade observa que “as tipuanas estão estragando nosso comércio. Estão destruindo a parte interna e comprometendo a estrutura dos prédios.”
Outro ponto destacado por ele é a falta de claridade. Segundo ele, o Calçadão é muito escuro e a situação oferece insegurança à noite, tanto para o comércio quanto para os frequentadores. “Hoje o problema não é o estreitamento da rua, nem a arrumação das calçadas, que todo mundo quer. O conflito está na retirada das tipuanas.”