O domingo foi especial para a comunidade de Vila Santa Emília. Foi celebrado o aniversário de 150 anos da Igreja São Miguel, o mais antigo templo religioso da Igreja Católica de Venâncio Aires. Uma missa foi celebrada pelo bispo Dom Itacir Brassiani. Durante a celebração, ele destacou a importância da data para a comunidade e de lembrar dos antepassados que iniciaram e seguiram com o trabalho comunitário. “Tenham orgulho do vocabulário alemão de vocês. São as marcas deixadas pelos antepassados que começaram a história desta comunidade”, enalteceu. Após a missa, os moradores seguiram até o ginásio de Linha Duvidosa, onde foi realizada a festa comunitária para celebrar o aniversário.

Uma carreata foi realizada até o local com o transporte da réplica da primeira Igreja São Miguel, produzida pela família de Cristiano Becker. Também fez parte da programação do aniversário o plantio de uma árvore de ginkgo biloba em frente à igreja. A muda plantada foi cultivada com sementes vindas da Alemanha, enviadas por Jaime Halmenschlager, que é natural de Venâncio Aires e realiza intercâmbio no país. “É uma árvore muito resistente, que dura muitos anos. Podemos comparar com nossa comunidade que passa os anos e continua firme”, relatou Sergio Luis Konrad, presidente da comunidade.

Ele avaliou de forma muito positiva a realização do evento, que contou com grande participação de público desde a missa até as festividades no ginásio. “A igreja estava lotada, e hoje em dia é difícil conseguir lotar a igreja. Essa foi a primeira vez que o bispo veio à paróquia e nós tivemos a grande honra de ele vir à nossa comunidade e celebrar os 150 anos da nossa primeira igreja”, disse.

Durante a tarde, houve apresentação de show de humor com a personagem Herta, que agradou o público, assim como as bandas Novo Encontro e La Montanara. O tradicional leilão de produtos coloniais também foi um sucesso. “Estamos muito satisfeitos e só temos a agradecer a todos que participaram. E agradecer a Deus também, porque o tempo colaborou e conseguimos fazer nossa festa”, complementou.

Memórias

Eugênio e Célia Maria Antoni, de 76 e 72 anos, respectivamente, moram na localidade desde a infância. Desde que casaram, a residência da família fica a poucos metros da Igreja São Miguel. Eles acompanharam o desenvolvimento da comunidade católica, avanços e desafios. Eugênio foi presidente da comunidade por duas vezes, mas desde criança lembra de participar dos eventos e ser um dos responsáveis por tocar o sino da igreja. “Por cerca de 50 anos tocamos o sino, três vezes por dia. A família toda revezava para a tarefa. Foi passando dos mais velhos aos mais novos”, comentou. Já Célia foi responsável pela limpeza do templo religioso por 10 anos.