Tubarão bateu a Assoeva (Foto: Joã0 Duarte/Divulgação)
Jogando em casa, o Tubarão bateu a Assoeva por 7 a 2 em um dos melhores jogos da Liga Nacional de Futsal (LNF) 2020. O resultado coloca o time catarinense isolado na liderança do grupo C com 17 pontos, dois a mais do que Pato e Umuarama e um jogo a menos.
O relógio dos minutos não havia dado meia volta quando Keké, de pênalti, abriu o placar para os visitantes no gol mais rápido da LNF 2020. Os donos da casa só conseguiram reagir em jogada individual de Pastega. Ele driblou o marcador e chutou cruzado no canto para empatar e pouco depois Suelton virou o jogo. Os gaúchos poderiam empatar com novo pênalti, mas dessa vez Keké parou na defesa de Gustavo. De castigo, Ronaldo em seguida fez o terceiro e ampliou a vantagem catarinense. Houve tempo ainda para Raphinha diminuir antes do intervalo.
O segundo tempo foi o período de predomínio do Tubarão. Em jogada ensaiada de falta, Passamani fez o quarto e logo depois o quinto em novo chute de longe. Houve tempo ainda para Ferrugem e Pastega fazerem o sexto e o sétimo.
Edenilson e Galhardo marcaram para o time colorado (Foto: Ricardo Duarte/Inter)
O Inter venceu o Vasco na noite deste domingo (18), no Beira-Rio, pelo Brasileirão. O Colorado conquistou a vitória de 2 a 0 com gols de Edenilson e Galhardo, na etapa inicial. Com o resultado, o Inter chega aos mesmos 34 pontos do Flamengo, mas leva vantagem no saldo de gols. Para ficar no topo, o time de Porto Alegre torce para um tropeço do Atlético-MG, que joga nesta segunda-feira com o Bahia, em Salvador.
Foi a primeira vez que a equipe chegou a quatro vitórias seguidas sob o comando de Eduardo Coudet. O Inter volta a campo na quinta-feira, às 21h30min, para enfrentar a Universidad Católica, no Chile, pela Libertadores da América. Já pelo Brasileirão, o Colorado joga no domingo, no Beira-Rio, contra o Flamengo.
Ficou ferido o condutor do ciclomotor que precisou de atendimento do Samu (Foto: Cristiano Wildner/Folha do Mate)
Um acidente de trânsito foi registrado por volta das 19h15min da noite deste domingo, dia 18, no bairro Bela Vista, em Venâncio Aires. Uma colisão entre um veículo ciclomotor e um carro deixou o trânsito lento na esquina das ruas Aurino Guterres de Carvalho com a Armando Ruchel.
Ficou ferido o condutor do ciclomotor, que precisou de atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Embora, estivesse consciente, reclamava de dores nas costas. Já no carro, além do motorista de 30 anos, também estava sua companheira, de 32 anos, que está grávida de quase oito meses. Eles no entanto nada sofreram, apenas o carro teve avarias na parte frontal.
A Brigada Militar de Venâncio Aires fez o controle do trânsito e o registro da ocorrência. O casal do carro e também o condutor do ciclomotor são moradores do próprio bairro Bela Vista.
Há cerca de um mês, a Revenda Nenê Veículos se mudou para a rua Gustavo Bullow, 2673, no bairro Coronel Brito
(Foto: Eduarda Wenzel)
A Revenda Nenê Veículos está, há cerca de um mês, em um novo endereço. A empresa continua no bairro Coronel Brito, contudo agora, mais próximo do trevo, na rua Gustavo Bullow, 2673. O novo local conta com mais espaço para exposição dos carros.
Segundo o funcionário Luciano Freitas, a empresa decidiu mudar para conseguir deixar os carros mais visíveis para o público. “No outro prédio, ficava tudo dentro. Aqui fica tudo exposto de uma forma que o pessoal que passa na rua consegue ver. Já percebemos que foi uma boa mudança”, analisa.
A revenda conta, atualmente, com cerca de 35 carros, possui cobertura de telhado para a maioria e pretende ampliar a cobertura nos espaços que faltam. O estabelecimento trabalha com financeiras autorizadas e oferece condições de pagamento em até 48 vezes. Além disso, auxilia os clientes na documentação depois da venda.
Na compra de um aparelho auditivo, o cliente ganha um vale de farmácia (Foto: Divulgação)
A Ouvesom Aparelhos Auditivos está com a campanha ‘Quer ganhar seu medicamento? Descubra como fazendo uma consulta na Ouvesom.’ A promoção oferece vale-medicamento para clientes que realizarem a compra de aparelho auditivo até o dia 30 de novembro.
O valor do vale varia entre R$ 200 e R$ 1.000, conforme o nível do aparelho adquirido. O brinde poderá ser usado apenas na farmácia parceira com a empresa. A promoção é válida para a Ouvesom de Santa Cruz do Sul e de Venâncio Aires.
Aparelho avalia as mudanças de comportamento durante o sono, possibilitando que exame ocorra na casa do paciente. (Foto: Divulgação)
A rotina agitada e os demais fatores os quais as pessoas estão expostas podem interferir na qualidade do sono. As noites mal dormidas em decorrência das preocupações e dos compromissos diários podem causar distúrbios no sono e impactar diretamente a produtividade no trabalho.
Apneia do sono, roncos, pernas inquietas, bruxismo, insônia, sonambulismo, sonolência excessiva e terror noturno são os distúrbios do sono mais comuns. Além disso, o sono insuficiente e o atraso de fase de sono também estão no topo da lista.
Para combater estes problemas, procedimentos indolores e não invasivos vem sendo adotados para diagnosticar esses distúrbios, para proporcionar uma melhor qualidade de vida. Tendo como responsável técnico o médico otorrinolaringologista e pós-graduado em Medicina do Sono, Renato Girardi Fragomeni, de Venâncio Aires, a Diagsono – Diagnóstico do Sono atende toda a região dos vales do Taquari, Rio Pardo e Caí, com exames de diagnóstico do sono.
Polissonografia
A polissonografia domiciliar é um dos exames oferecidos pela Diags00ono. Ela é realizada no conforto e segurança de casa por um técnico qualificado, sem apresentar qualquer risco. O processo é o mesmo das clínicas presenciais, pois avalia fluxo aéreo (oral e nasal), esforço respiratório (torácico e abdominal), oximetria (nível de oxigênio no sangue), eletroencefalograma (ondas cerebrais), eletrooculograma (movimento dos olhos), eletromiograma (movimentos musculares), eletrocardiograma (frequência cardíaca) e registro do ronco.
O exame é realizado por uma equipe técnica e médica apta a diagnosticar a existência de distúrbios do sono, por meio de tecnologias polissonográficas de última geração. Recentemente, foi adquirido o Biologix, que é lançamento. A polissonografia do tipo 4 é considerada um exame mais compacto e acessível. Neste caso, são avaliadas quatro variáveis fisiológicas: a frequência cardíaca, saturação do oxigênio, ronco e movimento.
De acordo com o otorrinolaringologista Renato Fragomeni, o Biologix é realizado para uma triagem e monitoramento de ronco e apneia antes de solicitar um exame mais complexo. Mais informações sobre o exame de polissonografia domiciliar estão disponíveis no site, Instagram e Facebook da Diagsono.
Dicas para manter uma noite de sono
– Não coma muito e evite cafeína, nicotina e álcool pelo menos quatro horas antes de ir para a cama.
– Café, chocolate, chá verde, chimarrão, guaraná ou bebidas energéticas são alguns alimentos energéticos e estimulantes também devem ser evitados
– Evite carnes vermelhas e alimentos condimentados (não coma refeições pesadas à noite)
– Prefira legumes, pães brancos, massas, peixes, e produtos lácteos.
– Beba chás de limão, camomila, flor de laranjeira, e passiflora que são eficazes contra o estresse.
– Mantenha um ritmo de sono, ou seja, vá para a cama na mesma hora todas as noites e tente manter essa rotina nos fins de semana.
O pediatra Flávio Luiz Seibt começou a atuar no HSSM em 1974 e, há cerca de 10 anos, está aposentado
(Foto: Eduarda Wenzel)
O pediatra aposentado Flávio Luiz Seibt, 73 anos, começou atuar em Venâncio Aires em 1974, depois de ser formar na primeira turma de medicina na Universidade Federal de Rio Grande (Furg) e fazer residência na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
No início da carreira do médico, o Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) era menor, não havia plantão e tinha apenas seis médicos atendendo, com enfermagem precária e auxílio de freiras. Ele foi o primeiro especialista com residência, após a faculdade. Seibt vivenciou diversos momentos da evolução da medicina e também foi um dos fundadores da Associação Médica de Venâncio Aires (Amva), em 1990.
Seibt lembra que, na época que voltou para a cidade natal, os profissionais atendiam todas as áreas. “Eram obstetras, pediatras, clínicos, cirurgiões e traumatologistas, tudo ao mesmo tempo. Não havia um preparo específico da área”, conta. Outra questão que chamava muita atenção era a falta dos equipamentos. “Tinha apenas um raio-X e um pequeno laboratório bem precário. O exame era feito por um técnico que não tinha muito conhecimento do procedimento”, cita.
Como não havia plantão no HSSM, quando Seibt começou a atender, na década 70, tinha um consultório em casa, a exemplo de outros profissionais. Na época, morava na Osvaldo Aranha e atendia em uma sala do primeiro andar. “Era o único jeito de atender pela noite, porque se não o povo ficava sem consulta”, recorda.
Posteriormente, em meados da década de 80, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Santa Cruz do Sul, que atendia Venâncio Aires, autorizou o plantão no hospital. “Foi uma luta para conseguir, mas depois que deu certo foi muito bom. Mas não era 24 horas, funcionava somente pela noite e em sábados e domingos”, recorda.
Com o passar do tempo, algumas mudanças foram acontecendo e entre os momentos que marcaram a evolução médica na Capital Nacional do Chimarrão, Seibt destaca a introdução do uso de antibióticos. “Quem não tinha especialização ou já atuava há mais tempo, não estava atualizado com o uso do medicamento, porque existe dose certa e modo de aplicar para cada tipo. Então fomos evoluindo juntos.”
O pediatra aposentado ressalta que os cuidados básicos com as crianças também mudaram. O médico lembra que, em uma época, o famoso ‘sapinho’ dava em muitas crianças, porque as mães limpavam os bicos na própria boca e depois passava para os bebês. “Deixar de usar a faixa de umbigo foi outra mudança positiva. Ela era amarrada em volta da criança sem necessidade. Hoje a população já se reeducou sobre essas manias antigas, como as benzeduras”, frisa Seibt.
Segundo o médico, outro avanço das últimas décadas, além da tecnologia em aparelhos, é a quantidade de medicação oferecida. “Tinha épocas em que as pessoas não procuravam ajuda logo, iam primeiro benzer e só quando pioravam vinham ao hospital e, como não tínhamos muitos recursos e poucos tipos de medicamentos, muitas vezes já era tarde para salvar as pessoas. Por isso, havia maior mortalidade infantil”, explica o pediatra aposentado.
União da categoria
Para que os profissionais de saúde conseguissem discutir as novas mudanças, a introdução desses novos medicamentos, aparelhos, pensamentos de prevenção e métodos, médicos que atuavam no município em 1990 decidiram criar a Associação Médica de Venâncio Aires.
Seibt comenta que, além de incentivar o estudo da medicina, a entidade também auxiliou na evolução da saúde do município de forma geral, como na ajuda de compra de aparelhos para o HSSM. “Queríamos todos evoluir juntos, estudar cientificamente e trazer mais qualidade na medicina praticada no município. Além dos estudos, fizemos algumas campanhas e ajudamos o hospital em alguns momentos necessários”, frisa o médico.
“Queríamos todos evoluir juntos, estudar cientificamente e trazer mais qualidade na medicina praticada no município. Por isso, fundamos a Associação Médica.”
FLÁVIO LUIZ SEIBT
Pediatra aposentado
Consultório
O médico aposentado Flávio Seibt lembra que, quando foi construído o Centro Clínico da Unimed, em frente ao hospital, os médicos começaram migrar de suas casas para um consultório no local. “Nesta época, o plantão já estava mais organizado, então não era necessário estar atendendo em casa pela noite e podíamos mudar”, comenta o pediatra. Nesse momento de transição, ele também foi o primeiro médico do município a ter uma secretária e sistema de fichário para pacientes.
Moacir Emílio Ferreira trabalha há mais de 40 anos em Venâncio Aires (Foto: Alvaro Pegoraro/Folha do Mate)
Hoje, a realidade dos atendimentos médicos em Venâncio Aires é bem diferente de quatro décadas atrás. Médico cardiologista, Moacir Emílio Ferreira, 70 anos, fala sobre as mudanças na saúde pública com o passar dos anos.
O profissional começou a atender no município em 1976 e, na época, eram 10 médicos na cidade. Todos atendiam em mais de uma especialidade. “Eu atendia cardiologia e na área de medicina interna. Era comum que os médicos atuassem em mais de uma especialidade, éramos poucos e fazíamos de tudo”, lembra.
Na época, o município contava com três unidades de saúde principais: hospital, posto de higiene e atendimento médico pelo Instituto Nacional da Previdência Social (INPS). O posto de higiene ficava na rua Osvaldo Aranha, na esquina com a Reynaldo Schmaedecke. “Era um atendimento limitado, feito por um médico e frequentado por pessoas geralmente muito pobres”, conta. No local, além do atendimento médico, eram disponibilizados alguns medicamentos para vermes.
O Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) contava com uma sala de ambulatório para emergências. Ferreira recorda que não se tinha sala de observação como hoje no plantão. Após o atendimento, o paciente ia para casa ou era internado no hospital. “Os médicos não ficavam todo o tempo lá, eram chamados para os atendimentos”, diz.
Outra forma de obter consulta médica era pelo antigo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps), ligado ao INPS, órgão que tratava de aposentadoria e pensões. No local, só tinham direito a atendimento pessoas com vínculo empregatício com carteira assinada ou aposentados. “A maioria da população da época, que trabalhava com agricultura, não tinha direito ao atendimento”, lamenta o médico.
Fora isso, as consultas particulares eram procuradas por pessoas que tinham condições financeiras para bancar os atendimentos, que eram normalmente realizados nas próprias residências dos profissionais.
EXPANSÃO
Ferreira também relata que foi realizado um grande movimento para que fosse implantada uma agência do INPS em Venâncio. Os atendimentos começaram a serem feitos no município em 1980, em um espaço alugado e pago pelos médicos. “Os profissionais era concursados pelo INPS e precisavam ir até a sede de Santa Cruz do Sul para realizar os atendimentos. O espaço aqui auxiliou muito”, afirma.
No início dos anos 90, a saúde do município começou a se modificar com a criação dos postos de saúde na cidade e no interior. “Tivemos uma grande conquista que foi o Sistema Único de Saúde (SUS), assim toda a população estava englobada com direito à assistência médica”, enfatiza.
No mesmo período, foi criada a Associação Médica de Venâncio Aires (Amva), em 1990, e o cardiologista fazia parte do grupo de fundadores. “De lá pra cá, a realidade da medicina como um todo teve diversas modificações e o número de médicos no município aumentou muito”, destaca.
Curiosidades
Com o passar do tempo, algumas doenças passaram a ter nomenclaturas diferentes.
– Antigamente, transtorno bipolar era chamado de psicose maníaca depressiva.
– Fibromialgia era neurose de ansiedade.
– Depressão era chamada de melancolia.
Médicos em Venâncio
– 115 médicos atendem em Venâncio Aires, segundo registro do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (CRM/RS).
– Na rede pública municipal, são 42 profissionais, desde clínico gerais e médicos comunitários até ginecologistas, oftalmologistas, psiquiatras e pediatras, entre outros.
– Venâncio Aires tem 14 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e sete Estratégias de Saúde da Família (ESFs), na cidade e no interior.
– Além disso, a rede pública de saúde ainda abrange a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o Centro de Atendimento de Doenças Infectocontagiosas (Cadi), os Centros de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil (Caps II, Álcool e Drogas e Infantil) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), entre outras unidades.
Posto de higiene ficava no prédio na esquina das ruas Osvaldo Aranha e Reynaldo Schmaedecke (Foto: Cassiane Rodrigues/Folha do Mate)
Avanços e fortalecimento da medicina preventiva
Moacir Emílio Ferreira relata que, anos atrás, não existia um trabalho tão forte de prevenção na medicina, como é visto nos dias de hoje. “A pessoa só procurava o médico porque adoecia”, lembra.
O médico também afirma que as especialidades na área de saúde auxiliaram para a questão da prevenção. “Quando uma pessoa tem um AVC e perde os sentidos, não existe um remédio para recuperação dos movimentos, é necessário fisioterapia. Por muitos anos, não tivemos fisioterapeuta na cidade, depois de um tempo tivemos um só. Tudo evoluiu”, declara.
O profissional recorda que, décadas atrás, equipamentos para procedimentos e exames eram raros. O município também contava com apenas um laboratório de análises clínicas, que ficava junto ao hospital. Quando era necessário exame de imagem podia ser feito no hospital, porém o equipamento era precário. “Não tinha médico radiologista. Quem solicitava o exame mesmo que fazia a avaliação”, afirma. Nos casos em que os pacientes precisavam exames mais detalhados, era necessário se deslocar para outros municípios.
Em 1976, também havia apenas um aparelho de eletrocardiograma no hospital, mas estava estragado. “Os primeiros eletros foram feitos com um equipamento que eu tinha que era portátil. Todos os dias à tardinha, a secretária levava para o hospital para que pudesse ser feito o exame nos pacientes internados”, recorda o cardiologista.
Outro item essencial que na época não se tinha era desfibrilador, equipamento utilizado em pessoas com parada cardíaca. “Era muito caro na época, o equipamento depois foi adquirido por doação de um fundo do governo”. Da mesma forma, o aparelho para aferição de pressão arterial ficava disponível apenas nos consultórios médicos e no hospital.
“A prevenção é uma realidade não só pelo número de consultas, mas com relação à mentalidade dos médicos de, além de tratar doenças, orientar para evitar problemas futuros.”
MOACIR EMÍLIO FERREIRA
Médico cardiologista
Profissionais sugerem busca de ajuda em casos difíceis (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
O retorno à rotina antes da pandemia de covid-19, a flexibilização das medidas protetivas, o fim do isolamento ou do distanciamento social podem causar em algumas pessoas um fenômeno que os psicólogos chamam de “síndrome da cabana”, destaca a Agência Brasil.
Apesar do nome, não é uma doença e nem é considerado transtorno mental, mas um acometimento, um estresse adaptativo entre pessoas que possam passar por dificuldades emocionais ao ter que sair do estado de retiro em sua casa e voltar às atividades presenciais no trabalho, às compras no comércio ou tenham que comparecer a uma repartição pública, como uma agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
“Eu tenho pacientes que ainda estão muito angustiados por não ter vacina contra a covid e a vida estar voltando à rotina de trabalho”, relata a psicóloga Célia Fernandes, de Brasília, acostumada a lidar com demandas provocadas por medo e angústia.
A expressão “síndrome da cabana” tem origem no início do século 20 e serviu para relatar vivências de pessoas que ficavam isoladas em períodos de nevasca no Hemisfério Norte e que depois tinham que retomar o convívio. Também acometia caçadores profissionais que se embrenhavam nas matas no passado e, no presente, pode afetar trabalhadores que estão sempre afastados em razão do ofício, como por exemplo os empregados em plataformas de petróleo.
Fora de controle
“Todo tipo de isolamento pode desencadear a síndrome, principalmente se é um período extenso e que está ligado ao medo. Não é só o fato de estar em casa por longos períodos, mas a sensação de que lá fora tem algo desconhecido que pode infectar, matar ou adoecer”, contextualiza Débora Noal, também psicóloga em Brasília.
A psicóloga Ana Carolina de Araujo Cunto, do Rio de Janeiro, explica que o momento de suspensão do distanciamento pode ser desafiador para algumas pessoas. “Essa transição de sair do ambiente confortável, e controlado, para o mundo lá fora pode soar como uma coisa ameaçadora, assustadora. A pessoa pode sim ter dificuldade em retomar essas atividades e sofrer.”
“Sair não é mais natural como antes. As pessoas saiam de casa, estavam na rua e pronto. Agora não, têm que se preocupar com a máscara, têm que se preocupar em ter o distanciamento físico das pessoas. Não podem tocar nas coisas. Devem lavar as mãos ou passar álcool em gel. Verificar se estão sentadas em um lugar perto de ventilação. Ficamos em um estado de alerta constante”, descreve Cunto.
Para as pessoas com síndrome da cabana, a casa é o melhor lugar para estar, explica a psicóloga: “quando o mundo lá fora passa a ser ameaçador, seja por quais razões forem, a casa representa um lugar de proteção. Onde me sinto bem, onde estou protegido e onde consigo ter o controle das coisas.”
“Para ela, a casa representa o refúgio, o conforto, a sensação de proteção, cuidado e acolhimento. “É como se houvesse lá fora esse desconhecido que não posso ver, que no caso é o vírus, aquilo que não posso ter certeza, se tem alguém contaminado”, acrescenta Débora Noal.
Atenção na retomada
A retomada das atividades pode ser pouco produtiva no momento inicial. As psicólogas orientam para que as pessoas fiquem atentas aos sinais de ansiedade, medo e até pânico. Pode haver desconfortos como taquicardia, sudorese e dificuldade de dormir. O apetite pode mudar, desde a perda da fome até a ingestão de maior número de alimentos.
As psicólogas orientam que cada pessoa mensure o seu estresse adaptativo. Se for muito difícil a retomada, tente se lembrar das estratégias que usou para outros desafios, busque apoio em sair de casa em sua “rede socioafetiva”, formada por familiares, amigos e vizinhos, e se tiver fé, acione a espiritualidade.
Uma sugestão é sair de casa junto com alguém em que confie e que também se previna contra a covid-19. Outra dica é ensaiar a saída, iniciando com uma descida até a portaria do prédio ou ao portão da casa. Depois, em outro momento, alguns passos na rua, e mais adiante, passeios maiores para restabelecer a confiança.
Caso isso não seja suficiente, as psicólogas sugerem que as pessoas busquem atendimento especializado em consultório. “Para compreender as reações, como elas se dão e quais são as ferramentas que ela pode utilizar para enfrentar”, diz Débora Noal.
“Se a pessoa perceber que não está conseguindo ultrapassar suas dificuldades, e que isso se tornou uma coisa maior e paralisante, a ponto de não conseguir cumprir com as atividades fora de casa, então acende uma luzinha de que precisa olhar para isso com mais cautela. Se não consegue fazer isso sozinha, é recomendado que busque uma terapia para conseguir entender se tem alguma raiz mais profunda”, acrescenta Ana Carolina Cunto.
Estudo também revela dificuldades enfrentadas por educadores
Pesquisa com professores que lecionam em 26 estados e no Distrito Federal, em 118 cidades brasileiras, mostra que 82,4% deles se sentem extremamente ou muito confiantes com relação ao seu preparo técnico para o ensino online, enquanto, no início da pandemia do novo coronavírus, 52,9% se sentiam totalmente despreparados, ou muito pouco preparados tecnicamente, quando as aulas virtuais se iniciaram em março, como forma de evitar a disseminação do vírus.
Com relação ao tempo de preparo das aulas, 96,6% dos professores relataram impacto, o que certamente contribuiu para o desgaste físico e emocional, enquanto 3,4% disseram que não tiveram prejuízos. Já com relação à duração de tempo de aula, 76.6% afirmaram que o tempo de preparação sofreu impacto e 23,1% responderam não ter tido influência na duração de tempo de aula.
A pesquisa foi realizada pela International School e contou com o apoio do edc Collab – Educational Development Centre, plataforma colaborativa co-criada em 2019 por professores de todo o país.
Aos mais de 300 professores indagados na pesquisa, 49,5% têm atuação direta na educação infantil, 63,40% no fundamental e 11,70% no ensino médio. Dados colhidos na pesquisa mostraram o tipo de dispositivos utilizados pelo professor nas aulas online, sendo 19,7% desktop com internet, 83,7% laptop com internet, 45,5% celular com internet e 7% tablet com internet. Cerca de 66.8% disseram não compartilhar esses mesmos dispositivos com algum membro da família e 33.2% afirmaram o contrário. A pesquisa foi realizada em agosto deste ano, e contou com 325 participantes.
Saúde mental dos professores
De acordo com a pesquisa, 91,7% confessaram ter procurado ajuda psicológica durante esse período e 8,3% não buscaram plataformas de aconselhamento de saúde mental. Quando perguntados o quão se sentem preparados emocionalmente desde o início da pandemia até os dias atuais, o cenário é positivo. Entre os entrevistados, 64,6% relataram que no início das aulas remotas se sentiam totalmente ou muito inseguros emocionalmente, ao passo que, hoje, a percepção é outra: 58,5% se sentem muito ou totalmente confiantes, um dado que surpreendeu positivamente.
“A área da educação foi uma das mais afetadas nesse contexto, e para os professores, o peso é ainda maior: as expectativas depositadas foram enormes, pois esperava-se que eles resolvessem todas as questões educacionais, ajudando alunos a continuar aprendendo como antes – em um contexto totalmente diferente – e sem terem tido, na maioria dos casos, a oportunidade de receber formação adequada prévia para iniciar as aulas remotamente”, comentou a gerente do Educational Development Centre da International School, Catarina Pontes.
Diante dos obstáculos da profissão, esse sentimento tem mudado e sido positivo, opina Catarina. “Esses números nos mostram que, apesar de a situação estar longe de ser ideal, nossos camaleões estão superando as dificuldades outra vez e, também, ilustram a importância da formação dos docentes”.
Com relação às escolas oferecerem alguma formação extra neste período, 46.2% dos respondentes disseram que não receberam e 53.8% – confirmaram que foi oferecida. Já com relação a se haviam feito algum outro curso fora do colégio de atuação, 31.1% afirmaram que não buscaram e 68.9% responderam que aderiram a outros estudos de aperfeiçoamento neste período. Já no quesito desenvolvimento profissional 17,2% não se aprimoraram durante esse tempo, enquanto 82.8% sentiram necessidade de recorrer a essas ferramentas.
Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) encontraram o novo coronavírus em cérebros de pacientes mortos pela doença, além de alterações morfológicas – que se referem à forma e à estrutura – no cérebro de pessoas com quadros moderados de covid-19. O resultado deve ajudar em tratamentos mais efetivos de pacientes de covid-19 que apresentam sintomas neurológicos, como anosmia, confusão mental, convulsões e zumbido no ouvido, informa a Agência Brasil.
“O que identificamos agora é que o vírus é sim capaz de chegar no sistema nervoso central, no cérebro. Não só detectamos o vírus no cérebro de pessoas que morreram com a covid-19 – coletamos os cérebros delas post mortem -, mas nós fizemos também análises de imagem, escaneamos os cérebros de pacientes com covid-19 moderada e alterações significativas foram observadas”, disse o professor de bioquímica da Unicamp, Daniel Martins-de-Souza, coordenador da pesquisa. O estudo foi divulgado essa semana, em plataforma preprint, ainda sem revisão por pares.
Ele ressalta que até o momento não existem evidências disso na literatura, apesar de alguns pacientes apresentarem sintomas neurológicos. “Esse é um estudo feito com centenas de pacientes moderados, não são nem pacientes graves, e que demonstra que as alterações morfológicas estão correlacionadas com a covid-19”, disse. Segundo ele, as consequências nos pacientes ainda estão sendo observadas porque a covid-19 é uma doença nova. “Não deu tempo de vermos o que vai acontecer no longo prazo, mas fato é que pessoas já curadas ainda tem queixas de sintomas neurológicos mesmo depois de o vírus já ter saído do corpo”.
Os pesquisadores já haviam comprovado em testes in vitro que o novo coronavírus era capaz de infectar os neurônios. No entanto, em testes em humanos, eles identificaram a presença do vírus em uma outra célula do cérebro, chamada astrócito.
“Vimos que o vírus está no cérebro de algumas das pessoas que morreram de covid-19, não tanto nos neurônios, mas em uma outra célula que chama astrócito. Esta é uma célula que auxilia os neurônios a se comunicarem. No laboratório, fizemos um experimento mostrando que os astrócitos infectados podem produzir substâncias que matam neurônios e essa pode ser a causa de a gente ver aquelas alterações nas imagens do cérebro [de pessoas vivas infectadas]”, explicou.
Tratamento
O pesquisador afirma que essas informações são a primeira pista para que se tenha tratamentos mais efetivos especialmente para aqueles pacientes que tiveram acometimentos neurológicos. “Nem todos vão ter [sintomas neurológicos], uma média de 30% a 35% são os que têm esses sintomas. Para esses, é bom saber que os sintomas podem sim ser derivados de infecção no cérebro”.
Martins-de-Souza explicou que o que se acreditava até agora é que os sintomas neurológicos eram causados apenas por uma infecção sistêmica. “Pensava-se até aqui que os sintomas neurológicos seriam uma consequência de inflamação em outros lugares – como o pulmão – e que afetava secundariamente o cérebro. Mas aqui vemos que isso [sintomas neurológicos] pode acontecer também porque o vírus chega sim ao cérebro”, disse.
Além desses resultados, os pesquisadores vão continuar as investigações para entender melhor o papel dos vírus dentro dos astrócitos, as consequências disso no longo prazo, além de uma questão que Martins-de-Souza considera essencial: como é que o vírus chega no cérebro.
Ninguém acerta as seis dezenas do concurso 2309 (Foto: Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Ninguém acertou as seis dezenas da Mega-Sena, sorteadas nesse sábado, dia 17. Para o próximo concurso, na quarta-feira (21), a estimativa de prêmio é de R$ 29 milhões para quem acertar as seis dezenas. Os números sorteados no Concurso 2.309 foram 09, 11, 29, 30, 33 e 60.
Segundo a Caixa Econômica Federal, a Quina teve 38 apostas ganhadoras; cada uma receberá R$ R$ 46.985,60. A Quadra teve 3.092 apostas ganhadoras; cada uma levará R$ R$ 824,91.
Desde setembro, Ditlanta está localizada no Acesso 20 de Março, em um prédio de mais de 3,2 mil metros quadrados (Foto: Giovane Sebastiany/Divulgação)
Desde setembro, a Ditlanta Distribuidora passou a atender em novo endereço: no Acesso 20 de Março, 1495, em Mato Leitão. A localização de fácil acesso, próxima à RSC-453, garante um ponto estratégico de distribuição para o Rio Grande do Sul. Ao todo, os produtos são comercializados para cerca de 300 municípios gaúchos.
Com 24 anos de história, a Ditlanta é especializada na comercialização e distribuição de flores permanentes, cachepôs e vasos, presentes, utilidades domésticas, peças de decoração, brinquedos, guarda-chuvas, embalagens e diversos outros itens, incluindo peças de decoração de Páscoa e Natal. Ao todo, são mais de seis mil itens nacionais e importados, que também podem ser conferidos no site da distribuidora.
Espaço amplo e variedade de produtos são destaques na nova sede da Ditlanta (Foto: Giovane Sebastiany/Divulgação)
O novo espaço, que tem mais de 3,2 mil metros quadrados de área construída, possibilita a exposição dos produtos em diversas ambientações, em uma área ampla. “A nova sede garante mais conforto e funcionalidade para a equipe de colaboradores e mais comodidade aos clientes lojistas. A construção deste novo espaço foi um salto muito grande para a empresa e vai possibilitar melhoria de serviços”, salienta a diretora da Ditlanta, Lizete Sebastiany.
A ambientação dos produtos é um dos destaques da sede – diversos espaços são compostos com itens de decoração e produtos temáticos, a fim de possibilitar uma melhor visualização dos itens e inspirar os lojistas.
“Queremos que eles nos visitem, tenham a experiência de conferir os produtos, vejam a ambientação dos produtos. Acreditamos que isso fortalece a parceria com os clientes, reforça a credibilidade e facilita as negociações”
Lizete Sebastiany – diretora da Ditlanta
O gestor de Marketing da empresa, Giovane Sebastiany, observa que toda a estrutura da empresa foi pensada com objetivo de atender o cliente lojista. “Sempre tivemos como foco a venda para lojas e empresas de decoração, mas na sede anterior tínhamos também atendimento para varejo. Com a mudança, queremos priorizar a comercialização para lojistas, que revendem os produtos, fortalecendo essas outras empresas”, comenta.
Lizete complementa que a estratégia é uma medida voltada à sustentabilidade do negócio, concentrando-se no principal público-alvo. “Vemos essa decisão como forma de preservar e respeitar o trabalho dos nossos clientes, fomentando a economia da região, por meio de parcerias locais.”
Giovane, Lizete e Marcos Sebastiany estão à Frente da empresa (Foto: Débora Hillesheim/Divulgação)
Além de conferir produtos expostos em espaços temáticos e se inspirarem, clientes da Ditlanta têm possibilidade de participar de cursos de arranjos florais, decoração e embalagens, oferecidos pela empresa.
A cada ano, são realizadas duas ou três capacitações na sede da Ditlanta, ministradas por colaboradores da própria distribuidora ou profissionais contratados. Os cursos já tiveram participação de floristas de Santa Catarina e São Paulo. A nova sede dispõe de um espaço especialmente projetado para essas capacitações. A sala também é utilizada para montagem de guirlandas e arranjos feitos pela empresa.