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Antonella disputa a faixa de Mini Miss Universe

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Antonella Fischer tem 4 anos e representa Venâncio no concurso em Canoas (Foto: Cris Faleiro Fotografias/Divulgação)

A venâncio-airense Antonella Fischer, 4 anos, representa Venâncio Aires, neste fim de semana, no concurso que elegerá a Mini Miss Universe RS, no Canoas Parque do Hotel, em Canoas. A programação começa neste sábado, 17, e se encerra neste domingo, 18.

A pequena é filha de Samille Dessbessel e Júlio César Fischer. De acordo com a mãe, a filha está ansiosa com o evento. Nesta semana, a candidata gravou o vídeo para o show de talentos onde cantou a música ‘Perfeitinha’, de Enzo Rabelo. “Ela ganhando na categoria talento tem direito a uma vaga para o beleza fashion onde representa o estado”, explica.

Além de promover a integração social, valorizando e estimulando o espírito de liderança, o concurso quer divulgar os valores sociais e proporcionar a integração de diversas culturas. Na categoria em que a venâncio-airense está disputando estão concorrendo cerca de 30 candidatas na faixa etária dos 4 a 6 anos.

Além dela, outra venâncio-airense participa do concurso. Maria Luisa Konzen, de 18 anos, estará concorrendo na categoria Sul-Americana representando o município de Santa Cruz do Sul.

Brigada Militar de Venâncio Aires prende dois suspeitos de tráfico em 24 horas

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Em uma das abordagens foram encontradas 42 buchas de cocaína (Foto: Brigada Militar)

A Brigada Militar de Venâncio Aires prendeu dois suspeitos de tráfico de drogas em 24 horas no município. A primeira ocorrência foi por volta das 20h45min de ontem, 16, no bairro Santa Tecla. A guarnição avistou uma intensa movimentação em um galpão, onde dois homens foram abordados. Com o homem que entregava as substâncias, foi encontrado R$ 274 em dinheiro e uma bucha de cocaína. No galpão, havia 42 pedras de crack e materiais para embalar a droga. O indivíduo teve a prisão em flagrante lavrada e foi encaminhado para o Presídio Estadual de Venâncio Aires (Peva).

Já no início da madrugada um homem foi abordado na Avenida Ruperti Filho. A Brigada foi ao local após receber informações de que estaria comercializando entorpecentes. A guarnição percebeu que um indivíduo com as características repassadas dispensou buchas de cocaína próximo de um veículo. Com o jovem de 22 anos foi localizado R$ 334. Além dos entorpecentes e do dinheiro, foram apreendidos dois celulares. O suspeito prestou depoimento na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) e foi liberado.

Sesc Venâncio ampliará serviços na área da saúde a partir de 2020

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O espaço físico do Sesc vai aumentar com a utilização da sala ao lado da atual (Foto: Eduarda Wenzel)

Em outubro, o Serviço Social do Comércio (Sesc) completa 15 anos em Venâncio Aires. Para comemorar, os serviços oferecidos à comunidade serão ampliados. Entre as melhorias está a expansão do espaço físico e novos atendimentos na área da saúde.

Segundo a gerente da unidade operacional, Diane Lacerda Araújo, uma das novidades é o atendimento de um médico clínico geral, durante os dias da semana. Além disso, a unidade contará com atendimento de massoterapeuta e nutricionista todos os dias da semana. “É um presente de 15 anos do Sesc para toda comunidade”, comenta. Os novos serviços, no entanto, devem começar no início de 2020. “No fim do ano começamos a fazer o processo seletivo.”

CRIANÇAS 

Para a criançada também há novidades. Um deles é o projeto ‘Brincando no Sesc’, inspirado no ‘Brincando nas férias’. O projeto ocorrerá durante o ano inteiro e as crianças poderão participar de atividades recreativas no local, durante o turno da tarde.

A instituição também anuncia o projeto ‘Espaço de brincar’, que ocorrerá de segunda a sexta-feira, no turno da noite. “O projeto do turno da noite tem o objetivo de ajudar aqueles pais que precisam estudar, ir em alguma reunião, ou trabalhar até mais tarde e não tem um lugar para deixar as crianças”, explica Diane.

“Com essa ampliação vamos contribuir com mais serviços para cuidar, emocionar e fazer as pessoas felizes.” (Foto: Eduarda Wenzel)

ESPAÇO

Pensando na comunidade e no público de todas as idades, o novo espaço está sendo projetado para ser um ambiente multiuso, com livros, jogos diversos e videogame. Uma sala para reuniões e pequenos eventos também ficarão à disposição da sociedade.

O Sesc vai continuar no mesmo endereço, mas terá seu espaço ampliado com a sala ao lado, que atualmente está vazia. Durante a reforma, que começa em setembro, as atividades serão mantidas normalmente. A entidade já dispõe de academia, turismo, cultura, recreação, maturidade ativa e odontologia. Também conta com nutricionista nas quartas-feiras. A média de cadastrados no Sesc Venâncio Aires é de cinco mil pessoas.

SAIBA MAIS 

Os atendimentos do Sesc acontecem de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados, das 8h às 13h. A unidade fica localizada na Rua Jacob Becker, 1676.

LEIA MAIS: Sesc está entre as cinco melhores empresas para a mulher trabalhar

Larissa Bittencourt: sala de aula invertida e o estímulo à autonomia dos estudantes

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Larissa Harres Zucchelli Bittencourt tem graduação em Ciências Sociais, especialização em Mídias na Educação e em Supervisão Escolar (Foto: Juliana Bencke/Folha do Mate)

Quando concluiu o bacharelado em Ciências Sociais, Larissa Harres Zucchelli Bittencourt, 34 anos, pensou que, em vez de apenas estudar, poderia contribuir com mudanças positivas na sociedade como professora. “Resolvi cursar licenciatura, por acreditar que, assim, poderia contribuir com uma sociedade melhor, ajudando a desenvolver pessoas mais críticas e ativas no campo da cidadania.”

Professora de Sociologia e Filosofia na Escola Estadual de Ensino Médio Monte das Tabocas, Larissa acredita que os alunos precisam ser protagonistas no processo de aprendizagem. Há 7 anos, ela trabalha com a metodologia de portfólio, com trabalhos construídos pelos alunos ao longo do ano letivo. “Isso gera um resultado de aprendizado muito bom. Não é uma decoreba para a prova, mas um aprendizado construído, por meio da pesquisa, da leitura e da reflexão”, comenta a profissional.

Neste ano, Larissa adotou, também, a metodologia da sala de aula invertida. Em vez de ela apresentar todos os conteúdos em aulas expositivas, os alunos recebem as orientações para pesquisa sobre os temas, sugestões de leitura e de filmes e documentários para assistir. Durante as aulas, realizam as atividades solicitadas e esclarecem as dúvidas com a professor. “Quando eles têm que pesquisar, precisam ler e pensar sobre o assunto, não apenas ouvir o professor. Isso auxilia a aprendizagem.”

Outro aspecto observado pela educadora é que, na sala de aula invertida, cada aluno pode ser atendido individualmente e trabalhar no seu ritmo, o que promove igualdade na possibilidade de aprendizagem. “Essa é uma tendência educacional e vejo que, para as disciplinas com as quais trabalho, cabe muito bem”, observa.

Metologia de trabalho da professora Larissa propõe que alunos pesquisem e elaborem portfólios (Foto: Juliana Bencke/Folha do Mate)

TECNOLOGIA

Além do incentivo à autonomia dos estudantes, a utilização de ferramentas digitais é uma prerrogativa no trabalho da professora Larissa. Por isso, é comum as aulas ocorrerem no laboratório de informática da escola e aplicativos serem utilizados nos trabalhos. “Conectar-se com o aluno, ouvi-lo e alcançar o mundo dele é essencial para bons resultados de aprendizagem”, acredita a professora.

A utilização do Google Sala de Aula é um exemplo. O ambiente virtual é utilizado por alunos e professora para postagem de materiais e atividades e é acessado tanto na instituição de ensino quanto em casa. “Escolas privadas utilizam os recursos do Google de forma paga e no Monte das Tabocas consegui implantar isso, gratuitamente, após uma série de passos para concluir nosso cadastro. Ainda estamos em fase de implantação desse sistema, mas já vemos resultados positivos em aliar a tecnologia com a sala de aula.”

LEIA MAIS: Conheça os finalistas do Prêmio ‘Adiante, professor’

PERFIL

Larissa Harres Zucchelli Bittencourt tem graduação em Ciências Sociais, especialização em Mídias na Educação e em Supervisão Escolar.

Professora da Escola Estadual Monte das Tabocas, leciona Sociologia e Filosofia para turmas de 1º, 2º e 3º do Ensino Médio.

Para a diretora da instituição, Marinêz Ferreira Weizenmann, a utilização da tecnologia em sala de aula é um dos destaques da atuação da professora Larissa. “Ela trabalha muito com tecnologia e inovações, e os alunos querem isso. Além disso, incentiva muito a autonomia dos alunos.”

SÉRIE DE MATÉRIAS 

Desde o dia 8, a Folha do Mate divulga as matérias sobre as 12 finalistas do prêmio ‘Adiante, professor’. Na próxima edição, na terça-feira, será apresentada a professora de Teatro Rafaela Aline Wenzel, que concorre na categoria Ensino Médio.

A série de matérias se estende até a quinta-feira, 22. Na sexta-feira, durante a Feira do Livro, ocorre premiação dos finalistas, com medalhas e certificados, e revelação do professor destaque, que receberá troféu e R$ 1 mil.

O ‘Adiante, professor’ é promovido pela Folha do Mate e tem o apoio das Universidades do Vale do Taquari (Univates) e de Santa Cruz do Sul (Unisc), EmagreSee e Colégio Gaspar Silveira Martins.

LEIA MAIS:

Isabel Poletti: atuação embalada pela música e a paixão por ensinar

Laureci Rodrigues: criatividade e afeto para fazer a diferença na educação

Bianca Campos da Silva: projetos para despertar a curiosidade dos estudantes e envolver a família

Luiza Lazzaretti: desafios que multiplicam o amor pela educação

Gabriela Flores: mais do que aprendizado, construção do conhecimento

Karine Wessling: trabalho interdisciplinar e inspiração pelo exemplo

Fernanda Saldanha: brilho nos olhos e envolvimento para despertar o protagonismo dos estudantes

Pamella da Silva: diálogo, aulas atrativas e a consciência do papel de educar

Vamos ajudar?

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A Broto Sova 2018, Lívia Haas Heinen, está realizando uma campanha de arrecadação de leite e farinha. Os itens arrecadados serão repassados para as crianças da ONG Parceiros da Esperança (Paresp), de Venâncio Aires. Qualquer quantidade é bem-vinda.

Essa ação faz parte das atividades do concurso Broto Rio Grande do Sul que elegerá a vencedora da 49ª edição nos dias 27 e 28 de setembro, em Canoas. Esta iniciativa mostra que um concurso pode mostrar muito mais do que beleza e simpatia à nossa comunidade, mas fazer a diferença com uma ação solidária. O recolhimento segue até o dia 9 de setembro e as doações podem ser entregues na Sova, na agência do Banrisul e também no Colégio Bom Jesus. Vamos ajudar?

Traje das soberanas

Durante entrevista ao programa jornalístico Terra em Meia Hora nesta sexta-feira, 16, na Terra FM, a presidente da 15ª Fenachim, Cleiva Giovanaz Heck, manifestou sua opinião sobre os trajes das soberanas da festa. Para ela, o trio de beldades poderia adotar somente o traje típico pelo fato de a nossa festa “carregar a cultura do tradicionalismo, associado ao chimarrão.”

Segundo ela, essa seria uma forma de evidenciar ainda mais a essência da festa – que enaltece a bebida típica dos gaúchos – e ao mesmo tempo, economizar recursos com a confecção dos trajes sociais. O balanço financeiro, inclusive com o valor dos trajes social e típico, está divulgado na página 13 desta edição.

De fato, a essência da festa é o tradicionalismo, tanto que o Chimarródromo, considerado o coração da festa, é o espaço mais ‘bagual’ da Fenachim. Entretanto, acredito que todas as jovens que são ou querem ser soberanas, sonham com o ‘famoso’ vestido social. É uma marca registrada das soberanas das festas do nosso estado

Vamos matear no Centro?

Chega ao fim, neste sábado, 17, a 1ª Semana Municipal de Valorização ao Patrimônio Cultural. A atividade de encerramento ocorre na Praça Henrique Bender, a Praça Evangélica, a partir das 14h.

Durante a tarde haverá brinquedos do Sesc para as crianças, disponibilização de erva-mate pela ervateira Biomate e integração com o público e apresentações circenses, como perna de pau, palhaço e brincadeiras, com auxílio dos participantes do projeto Profetas da Arte, da A Base de Venâncio Aires.

Dentro da programação também está prevista a realização da feira de artesanato e de atividades culturais.

Chama da tradição está acesa

Foi gerada na manhã desta sexta-feira, 16, a Chama Crioula, na praça central de Tenente Portela. O evento marca o início dos Festejos Farroupilha de 2019.

A partir deste sábado começa a distribuição da Chama Crioula. Cavaleiros representando todas as Regiões Tradicionalistas, entre eles, representantes de entidades de Venâncio Aires, estão em Tenente Portela para buscar uma centelha da ‘chama oficial’. Na Capital do Chimarrão, a fusão das centelhas trazidas pelas entidades ocorrerá no dia 13 de setembro, no Parque do Chimarrão, às 20h. Este ato marcará a abertura oficial da Semana Farroupilha.

Festa Ritmos da Terra é neste sábado no Luizão

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Celebration Band sobe ao palco e embala o público com ritmos que marcaram época (Foto: Cristian Frantz/Divulgação)

Neste sábado, à noite, você é convidado a dançar e cantar os sucessos que marcaram época nos anos de 70, 80 e 90. O Luizão, de Vila Santa Emília, abre as portas para a festa Ritmos da Terra. Os ingressos para o evento ainda podem ser adquiridos antecipadamente neste sábado, das 8h às 12h, na Terra FM e na Look Som, por R$ 20. Na hora a entrada será comercializada por R$ 25.

DJ e comunicador Tavinho Botelho é um das atrações do eventos (Foto: Divulgação)

O evento surge de uma parceria entre o programa Ritmos, da Terra FM, conduzido pelo DJ Tavinho Botelho e a Celebration Band, conhecida no município e na região pelas apresentações que trazem sucessos consagrados de outras décadas. “Preparamos um repertório com as melhores, as mais dançantes, aquelas que fazem todo mundo dançar”, comenta Luciana Lopes, integrante da Celebration Band.

Ela conta que o grupo está preparando tudo com muito carinho para o público. “Nós também vamos juntos nos embalos porque cada música é executada com sentimento, pois acabamos relembrando momentos de nossas vidas”, diz.


“Queremos todos lá para fazer a festa com a gente.”

LUCIANA LOPES – Integrante da Celebration Band


Além de Luciana, integram o grupo Adriano Johann, Eduardo Kuhn, Evandro Becker, Gilmar Diefenthaler, Ismael Pádua e Sandro Nunes – todos sobem ao palco caracterizados no estilo retrô, aliado a um investimento sólido em equipamentos de som, luzes, back line, cenário e figurino -, atributos que somam para proporcionar um evento ainda mais emocionante aos participantes.

INGRESSOS

Antecipados: R$ 20 na Terra FM e na Look Som
Na hor: R$ 25

Feijoada ‘regada’ de samba

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Noredi Rodrigues e amigos se apresentam neste sábado (Foto: Alvaro Pegoraro/Folha do Mate)

As comemorações em torno de 31 anos de colunismo social de Kinha Heck iniciam neste sábado, a partir das 11h30min, no La Campana. A ‘Feijoada com Samba’ abre as festividades que serão divididas em quatro eventos neste ano.

Com ingressos esgotados, o evento terá animação de Noredi Rodrigues e amigos. Essa é a segunda vez que o cantor venâncio-airense participa de um evento da colunista social. “Estamos preparando um repertório diversificado para que consigamos agradar a todos os públicos que participam do evento”, afirma.

Conforme Rodrigues, unir feijoada com samba é uma ótima proposta. Neste sábado, ele estará ao lado de amigos para apresentar uma iniciativa que ‘nasceu’ há três anos. Ele explica que, em algumas situações, os amigos mudam de acordo com os ritmos e estilos solicitados pelo cliente. Rodrigues diz que toca vários estilos musicais que ‘passeiam’ pelo samba, MPB, rock, sertanejo e “aquilo que o cliente desejar”, complementa.

O grupo que estará na ‘Feijoada com Samba’ neste sábado é composto por Noredi Rodrigues com estrutura na voz e violão, Carlos Moraes Cajon e Alex Marciano na voz e tumbadora instrumento que possibilita, conforme Rodrigues, a oferta de um repertório variado.


“É uma satisfação e nos sentimentos lisonjeados em estar participando, mais uma vez, deste evento maravilhoso que é a festa da nossa parceira Kinha, ainda mais nesse formato diversificado. Preparamos uma apresentação bacana para sábado, quem participar, vai curtir.”

NOREDI RODRIGUES – Cantor


Além deles, de acordo com o estilo, o trio é reforçado por Felipe Rosa, Vinícius Garcia, Rodrigo Becker e Yuri Lima. “Nosso som vem sendo aprovado nas diversas festas que participamos. As pessoas nos dizem que é percebível que tocamos com muito prazer e alegria. Isso é uma realidade”, complementa.

ROCK BRASIL

O próximo evento da Kinha, o ‘Rock Brasil’, será no dia 7 de setembro. Para esse momento foi pensando um evento relacionado ao Dia da Independência do Brasil, que será na Max Haus, com apresentação de Thomás Lenz e Banda. A entrada é gratuita, já as reservas de mesas devem ser feitas direto com a cervejaria, na rua Engenheiro Henrique Vilanova, 1161, ou pelo telefone 99741-2165. Além de apreciar boa música, os participantes poderão degustar cervejas artesanais e excelente gastronomia.

Bebê nasce na ambulância do Samu em Vila Santa Emília

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Em 14 anos de profissão, este foi o primeiro parto assistido por Fischer (Foto: Divulgação)

Por volta da 1h da madrugada de hoje, a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada para atender uma gestante em Vila Santa Emília.

Segundo o enfermeiro Paulo Roberto Fischer, quando a equipe chegou no local, a mulher estava sentada e relatou que tinha contrações a cada dois minutos. O profissional fez o exame de toque e já sentiu a cabeça do menino. “Na hora eu já pensei que não daria tempo de chegar até o hospital”, afirma.

Fischer conta que cerca de um quilômetro depois da residência precisou pedir para o condutor da ambulância, Francisco Carlos Pereira, parar o veículo, pois o bebê ia nascer. Em 14 anos de profissão, essa foi a primeira vez que o enfermeiro fez os procedimentos para auxiliar em um parto. “Foi muita emoção, fiz os procedimentos necessários e o bebê logo chorou e estava corado, vi que estava tudo certo e coloquei no colo da mãe, onde se acalmou”, relata.

Este é o terceiro filho da mulher, de 27 anos, que deu à luz outros filhos também por parto normal. Mãe e bebê foram encaminhados ao Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), onde passam bem.

Famílias venezuelanas são acolhidas em Venâncio

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Duas famílias venezuelanas tentam, aos poucos, se integrar à cidade para construir suas próprias e novas histórias (Foto: Cristiano Wildner)

Dois casais venezuelanos desembarcaram em Venâncio Aires. Ao chegarem, encontraram dois apartamentos com quarto, cozinha, sala e banheiro equipados e prontos para morar. A recepção dos brasileiros emocionou os dois casais que viviam, nos últimos meses, situação de extremo desconforto.

Fugitivas da fome, do desemprego, da violência e da ditadura do presidente Nicolás Maduro, as duas famílias encontraram em Venâncio Aires um bom lugar para recomeçar a vida e construir um novo futuro. Os refugiados aos poucos se adaptam à realidade local – há dois meses residem em um prédio que fica bem no Centro da cidade. Os apartamentos também ficam praticamente um de frente para o outro: um é o 12 e o outro é o 14.

Diferente do que aconteceu em Venâncio Aires em anos anteriores, quando o apoio era totalmente governamental, desta vez a ação é capitaneada por uma igreja evangélica que dá condições iniciais de uma vida bem mais digna do que levavam no país vizinho. A rede de ajuda – articulada pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias no Brasil, conhecidos como – surpreende pela organização e articulação entre religião, comunidade e venezuelanos. O Rotary Club Venâncio Aires Chimarrão doou móveis, agasalhos e eletrodomésticos.


“Tudo o que passamos nos enche de fé e de força para seguirmos adiante. Agora estamos nos preparando para crescer e ser exemplo de que se pode, sim, alcançar sonhos na vida.”

ENDER CACÓN – Imigrante


VENEZUELANOS JÁ ESTÃO TRABALHANDO

A geladeira da família Cacón possui apenas o essencial, pois a regra é economizar ao máximo (Foto Cristiano Wildner)

Apesar de as duas famílias terem vindo para Venâncio Aires em momentos diferentes, todos já encontraram trabalho. Ender, 37, e Yesenia Cacón, 41, eram ligados à Orquestra Sinfônica da Venezuela. Ela era uma das executivas da organização, enquanto ele era o responsável pela infraestrutura e apoio. Quando o governo tomou a organização, rumaram para a Colômbia. Paralelo a isso, Ender cursou Gastronomia, com o objetivo de empreender.

Por cinco anos, o casal manteve, na Colômbia, um restaurante de comidas típicas colombianas e venezuelanas. No entanto, chegando em Venâncio, não exitaram e abraçaram todas as oportunidades. Aqui, Yesenia atua como cozinheira e auxiliar de limpeza em uma escola de turno oposto. Já ele está no contrato de experiência em uma tabacaleira.

Na família Dun, Rafael, 43, e Ginette, 51, pais da jovem Rebeca, 16, também estão atuando no mercado de trabalho. Ele, que é era motorista profissional, atua no momento em uma oficina mecânica especializada em pintura e chapeação. “Mas ainda quero voltar a atuar no caminhão. No momento estou me preparando para conseguir validar minha carteira de motorista no Brasil”, argumenta ele. Parte da documentação já foi obtida para encaminhar o processo junto ao Detran-RS.

Ginette, apesar de ser licenciada em Administração, atua no momento como auxiliar de limpeza em uma escola de educação infantil. Já a filha estuda no segundo ano do ensino médio na Escola Monte das Tabocas. “Encontramos muita comida e carinho aqui. Amigos que estão em outros lugares ficam impressionados quando contamos como as coisas estão aqui”, descreve Ginette.

Ao longo da entrevista, os integrantes das duas famílias – que estavam reunidos na sala de um dos apartamentos – se emocionavam ao lembrar das dificuldades vividas antes de atravessarem a fronteira, principalmente porque a maioria de suas famílias permanece vivendo naquele que foi, classificado por eles, como um “verdadeiro caos social”. “Evito contatar meus irmãos que são professores, pois lá nem todo dia eles conseguem comer. A insegurança é muito grande”, lamenta Ender Cacón.

Foi também no Brasil que os irmãos Ender e Ginette voltaram a se ver depois de três anos em países diferentes. Mais do que se adaptar logo ao convívio local, os dois casais querem aprender com mais afinco o português, porque hoje é o ‘portunhol’ que prevalece. Eles também querem logo ganhar autonomia financeira, pois nesses primeiros meses é a própria igreja quem banca os aluguéis. Outra preocupação é juntar dinheiro para mandar aos parentes que ficaram no país vizinho.

Para conseguirem juntar fundos para financiar a viagem para o Brasil, foram vendidos os móveis das residências e carros. Já as casas, em Barquisimeto, foram apenas trancadas, porque sofreram uma desvalorização descomunal desde que a crise econômica se agravou. Barquisimeto é a capital e a cidade mais populosa do estado de Lara, no Oeste da Venezuela. São mais de 1,2 milhão de habitantes.

FRIO E GASTRONOMIA

Um dos aspectos que mais difere Venâncio Aires de Barquisimeto é o frio. Enquanto que na cidade natal dos venezuelanos a temperatura fica amena quase que o ano inteiro, aqui eles já foram surpreendidos com temperaturas de zero grau e com sensação térmica negativa. No dia da entrevista, por exemplo, a temperatura estava em 17°C e a maioria estava de luvas.
O chimarrão não foi bem aceito entre as famílias pelo gosto amargo da erva-mate. Já para o prato típico de Venâncio, a galinhada, são só elogios. Eles adoraram a composição e querem aprender a prepará-la.

Além disso, para economizar, aqui aprenderam a fazer pão. Mas, o que mais faz falta da cultura nativa é a arepa, um prato de massa de pão feito com milho moído ou com farinha de milho pré-cozida. É um dos pratos tradicionais e emblemáticos da Venezuela e da Colômbia. A arepa, de origem indígena, é uma herança comum compartilhada por essas nações e é consumida, geralmente, nas três principais refeições do dia (café da manhã, almoço e janta).


“Estamos felizes, tranquilos e, a cada dia, construindo uma nova vida e nosso futuro neste país que nos acolhe.”

RAFAEL DUM – Imigrante


FAMÍLIAS ATRAVESSAM FRONTEIRA PARA ESCAPAR DA CRISE 

A principal forma de ingresso no Brasil é a partir da fronteira norte e, neste caso, não foi diferente para as duas famílias que chegaram a Venâncio Aires. No estado de Roraima, os refugiados foram vacinados e todos receberam CPF, RG, cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e carteira de trabalho. A documentação também foi estendida à jovem Rebeca, de 16 anos, para que ela pudesse ser matriculada em uma escola. Na sequência, eles foram encaminhados para abrigos, onde aguardam por transporte.

O que essas famílias viveram é uma autêntica odisseia. O trajeto, feito de forma improvisada, nos primeiros trechos, se recorre a caronas ou a ônibus com passagens mais baratas. Contudo, ao chegarem perto do limite com Roraima, os imigrantes fazem o restante a pé, pois os motoristas hesitam em cruzar para o lado brasileiro. Mas já foi pior. Entre fevereiro e maio, quando a fronteira do lado venezuelano esteve fechada por determinação do governo Maduro, muitas famílias entraram no Brasil pela mata. Para tanto, recorriam aos compatriotas indígenas, que conhecem melhor a região.

Até agora, 16 mil venezuelanos já foram levados para outros estados, principalmente Amazonas, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Pelos cálculos do órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) para refugiados, a quantidade de venezuelanos que deixaram o país chegou a 4 milhões. Todos os dias, cerca de 600 venezuelanos buscam exílio no Brasil. Trata-se do maior fluxo migratório, por meio de fronteiras terrestres, já recebido pelo país.

SALÁRIO MÍNIMO

A crise na Venezuela se agravou ainda mais quando a economia encolheu pela metade desde a eleição de Nicolás Maduro há seis anos e não há limites para a hiperinflação – 130.060% em 2018, segundo o Banco Central do país, mas 1.000.000%, conforme o Fundo Monetário Internacional (FMI). O aprofundamento do caos do país teve reflexos diretos no comportamento de seus refugiados: se o dinheiro vira fumaça, o objetivo passou a ser a subsistência. O salário mínimo por lá é de 8 dólares mensais (o equivalente a R$ 32). É o suficiente para comprar um quilo de frango ou um pedaço de queijo. Mas não os dois.

BILIONÁRIO AJUDA 

As duas famílias que foram recebidas em Venâncio Aires citam como essencial para o bom acolhimento dos venezuelanos no Brasil o apoio do empresário Carlos Wizard Martins. Ele é dono de uma fortuna avaliada em R$ 2,1 bilhões. De formação mórmon, Carlos Wizard Martins se tornou bilionário após vender a rede de escolas de idiomas Wizard, em 2013. No ano passado, ele se mudou com a mulher de São Paulo para Boa Vista (RR), com a missão de ajudar os refugiados venezuelanos a ter a chance de vida nova em cidades brasileiras.

O peso econômico e social da indústria

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Allan Kardec Nunes Bichinho com os integrantes do Coral da Paresp/CTA, entidade que ele e a empresa ajudam a manter (Foto: Divulgação)

Das 100 maiores empresas de Venâncio Aires, 36 são indústrias. De acordo com dados da Secretaria Municipal da Fazenda, o setor é o que mais cresceu na última década – um percentual de 13%. Hoje, a indústria responde por 61% da economia da Capital Nacional do Chimarrão e, segundo o titular da pasta, Eleno Stertz, “sem a indústria, a cidade quebra”. Stertz argumenta também que boa parte do comércio, da agricultura e da prestação de serviços gira em torno do setor industrial, conferindo-lhe um papel de ‘garantidor’ da economia e do desenvolvimento do município e dos seus mais de 70 mil habitantes. São 139 indústrias registradas em Venâncio Aires, segundo informações da Secretaria Municipal da Fazenda.

No topo desta pirâmide estão as indústrias de tabaco, que exportam anualmente centenas de milhões de quilos do produto, empregam milhares de pessoas e têm atuação econômica e social fundamental na comunidade. “Temos em Venâncio 17 indústrias tabacaleiras. Em relação ao número de empresas da cidade, que é de 1.458, elas representam pouco mais de 1%. Contudo, são responsáveis por mais de 50% do PIB do município. Muitas outras empresas existem por conta do nosso setor industrial”, destaca Stertz.

GIGANTE

A maior delas, responsável por quase 17% do Valor Adicionado Fiscal (VAF) de Venâncio Aires, é a CTA-Continental Tobaccos Alliance S/A, que em junho de 2019 completou 25 anos. Atualmente, de acordo com o CEO da indústria, Allan Kardec Nunes Bichinho, o faturamento anual chega a R$ 700 milhões, riqueza gerada a partir da exportação de 56 milhões de quilos do produto. “Já chegamos a produzir mais de 90 milhões de quilos em um ano. Temos 12 mil produtores vinculados”, contabiliza.

Da indústria instalada às margens da RSC-453 – rodovia que liga Venâncio Aires a Lajeado, no Vale do Rio Pardo -, o tabaco beneficiado segue até o Porto de Rio Grande, na região Sul, e é embarcado, segundo Bichinho, “para o mundo todo”. O mercado asiático é o maior comprador. “O país onde se fuma mais é a China. No Japão também há muitos consumidores”, comenta. Para manter esta gigante em pleno funcionamento, no auge da safra são cerca de 2,1 mil funcionários, muitos deles vindos de fora da Capital do Chimarrão.


“Nosso trabalho é desenvolvido levando em consideração o serviço, a qualidade e o preço competitivo. E, acima deste tripé, está a responsabilidade social.”

ALLAN KARDEC NUNES BICHINHO – CEO da CTA-Continental Tobaccos Alliance S/A


Ações sociais que deixam fortes marcas

A relação de Allan Kardec Nunes Bichinho com Venâncio Aires iniciou há mais de 50 anos, quando era um acadêmico de Ciências Econômicas & Contábeis na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. Natural de São Leopoldo, na Região Metropolitana, Bichinho viu um cartaz no mural da universidade. “Era uma vaga para contador da Fumossul, uma grande empresa do setor tabacaleiro. Me candidatei e, uma semana depois, estava trabalhando. No começo, fiquei em Porto Alegre mesmo. Depois de formado, acabei em Venâncio, como terceiro contador da empresa”, recorda.

As saídas de dois colegas do setor rendeu a Bichinho o posto de contador-geral da Fumossul, cargo que ocupou durante sete anos, até ser promovido a diretor. Quando a indústria foi vendida, ele já era o presidente. Em 1994, estava de malas prontas para deixar Venâncio, mas algo o levou a fazer uma aposta: fundar a CTA. Iniciou “pequeno”, como ele mesmo diz, com 1,4 mil toneladas de tabaco por ano, em paralelo a atividades com café e detergentes. Entretanto, o progresso veio a galope, levando a indústria ao topo do setor.

Durante a trajetória na comunidade venâncio-airense, Bichinho e a CTA têm deixado fortes marcas a partir de ações sociais. Ele se orgulha, por exemplo, de ter contribuído para reformas no Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) e por disponibilizar à casa de saúde o medicamento Metalyse, que é utilizado em tratamentos trombolíticos (dissoluções de coágulos) em episódios de infarto agudo do miocárdio. “É um medicamento utilizado em casos de ataques cardíacos, coisa que eu não desejo a ninguém, mas que a gente sabe que acontece bastante. Cada ampola custa entre R$ 4 mil e R$ 5 mil e dura só seis meses. Já salvamos umas 300 pessoas, pois o Metalyse garante estabilidade do paciente de seis a sete horas para o atendimento”, esclarece.

ONG PARESP

Contudo, a grande paixão do CEO da CTA tem nome e, hoje, endereço próprio: Organização Não Governamental (ONG) Parceiros da Esperança (Paresp). Bichinho conheceu o trabalho e, há muitos anos, é o responsável direto pela manutenção das atividades da entidade. Quando a Paresp iria ficar sem teto, liderou um grupo de empresários na construção de uma sede, na rua Pedro Grünhauser, no bairro Morsch. Em 2015, iniciou a construção de um ginásio. Obra concluída em 2018, com parte térrea, paredes e cobertura. “É a nossa forma de dizer obrigado a Venâncio Aires, por ter acolhido a CTA”, define o industrial.

Diretora da Paresp, Sara da Rosa é enfática ao falar sobre o apoiador: “É nosso pai, nosso ponto de referência. Estamos com 14 anos de atividades e, até hoje, a alimentação é garantida por ele. Foi a pessoa que acreditou no nosso trabalho, que atualmente beneficia 120 crianças carentes”, comenta, acrescentando que a nutricionista da CTA é também responsável pelo cardápio da ONG. “Só posso dizer que ele é um ser iluminado, que jamais negou alguma coisa pra gente e que é tão carismático e desprovido de vaidade que não quer divulgação das suas ações”, diz Sara. Atividades pedagógicas, esportivas e culturais colaboram para o desenvolvimento das crianças atendidas.


“O apoio do doutor Allan Kardec e da CTA é fundamental para que tenhamos condições de tirar muitas crianças do marasmo da vida e preparar gerações para o futuro. Já passaram por aqui mais de 1,7 mil pessoas, que hoje são pais de família e exemplos de cidadãos.”

SARA DA ROSA – Diretora da ONG Paresp


Valorização interna, segurança inspiração pelo exemplo

Janaína e Luciane, funcionárias da CTA, com as filhas Bianca e Júlia, que são atendidas na escola da educação infantil da empresa (Foto: Alvaro Pegoraro/Folha do Mate)

Luciane Luisa Meurer, de 38 anos, está há 20 na CTA. Iniciou na carteira agrícola, e há sete anos trabalha no setor de contabilidade. Tem duas filhas – Isabela, de 5 anos, e Júlia, de 1 ano e 5 meses – fruto do relacionamento com Luís Renato Cruz Erpen, de 43 anos, que atua na área de tecnologia da informação da CTA. Sim, foi na empresa que os dois se conheceram e é lá que a família fica a maior parte do tempo, com exceção de Isabela, que já passou da idade de frequentar a escola de educação infantil da empresa. “Como TI, ele atendia os setores, daí tínhamos um grupo que saía eventualmente pra um happy hour e acabamos nos relacionando. Em outubro completamos dez anos”, relata.

Ela se diz realizada profissionalmente e segura em relação à família. “Até pouco tempo, vínhamos todos para a CTA. A Isabela foi para uma escola, mas a Júlia continua aqui”, comenta, em referência ao atendimento que a filha mais nova recebe na escola de educação infantil da empresa. “Como mãe a gente gosta de estar o mais perto possível, pois isso tranquiliza. Sem contar que os professores são também funcionários e conseguimos ter um contato mais estreito. Facilita para todo mundo”, avalia. Luciane também ressalta as oportunidades recebidas na empresa, já que foi graças à prioridade para o recrutamento interno que subiu degraus no organograma. “Foi aqui que me encontrei na profissão. Sou muito grata à CTA e amo o que faço”, declara.

PLANOS

Janaína Inês Brandt, de 29 anos, trabalha há dois na tabacaleira. Está no controle de qualidade, onde coleta o fumo e analisa para garantir que o produto seja encaminhado ao cliente exatamente como ele espera. “Também precisamos ter atenção aos pesos”, explica. Foi ouvindo amigos dizerem que a CTA era um bom lugar para trabalhar que ela decidiu buscar uma vaga na indústria. Hoje, diz que é “feliz, segura e cheia de planos”. Janaína quer cursar Técnico em Administração ou Enfermagem, duas áreas em que pode atuar na empresa. “Temos vários exemplos de crescimento profissional que servem de inspiração. As oportunidades existem, então precisamos estar preparados quando chegar a nossa vez”, diz. Para o trabalho, vai com ela, todos os dias, a filha Bianca, de 3 anos, que também é atendida na escola de educação infantil. “A CTA é a minha segunda casa”, conclui.

Só pela 20ª safra

Clarici Ruppenthal é revisora na CTA e afirma que, enquanto trabalha, também se diverte (Foto: Alvaro Pegoraro/Folha do Mate)

Clarici Ruppenthal, de 59 anos, é só felicidade quando está trabalhando. Ela é revisora de mesa de blend na CTA há 19 anos e garante que não vê a hora de começar a 20ª safra. Está entre as primeiras pessoas a serem contratadas e últimas dispensadas. “Normalmente sou chamada em fevereiro e saio quase em setembro”, comenta a safrista. Na indústria, segundo ela, ganhou muitas amizades. “Tem aqui a turma do chimarrão e também temos o nosso momento de almoço, que mais parece uma festa de casamento, de tanta gente, todos os dias”, brinca. Clarici garante que os seis meses de trabalho na empresa são suficientes durante o ano. “Já organizei a minha vida dessa maneira. Antes da CTA eu morava na colônia, depois me mudei para a cidade e consegui me adaptar bem à sazonalidade”, afirma.


“Me sinto bem aqui. Ao mesmo tempo que trabalho, me divirto. Enquanto Deus me der saúde, é o que eu quero fazer.”

CLARICI RUPPENTHAL – Safrista


Marcelo Campos, da Metalúrgica Venâncio, defende que a inovação e a abertura de novos negócios é o antídoto para as dificuldades (Foto: Alvaro Pegoraro/Folha do Mate)

Inovação e qualidade para manter a competitividade

Por influência do pai, Guaraci Alberto Campos – ex-diretor da Venax Eletrodomésticos -, Marcelo Campos, hoje com 60 anos, escolheu a metalurgia como caminho para o empreendedorismo. Há 28 anos, começou a produzir e comercializar fogões à lenha no Rio Grande do Sul e na Argentina. O crescimento da empresa, segundo ele, “foi precoce” e houve a necessidade de acompanhamento do mercado, o que levou a Metalúrgica Venâncio a ampliar sua linha de produtos. Em pouco tempo, as estufas de aquecimento (buffets), chapas, fritadoras, fornos amassadeiras e armários faziam parte do portfólio da empresa.

Aquecedores de ambientes, máquinas de gelo e bebedouros, entre outros itens, foram se integrando à diversidade de produtos oferecidos, bem como os mercados se ampliaram – as exportações, hoje, são para toda a América do Sul, América Central, Estados Unidos e África, especialmente. O ciclo virtuoso elevou a indústria ao posto de maior representante do setor metalmecânico de Venâncio Aires e quarta maior do município em Valor Adicionado Fiscal (VAF), atrás de três indústrias do setor tabacaleiro.

Atualmente, são 720 funcionários – já foram 980 – responsáveis pelos processos de produção para os ramos de gastronomia e panificação. “Nestas quase três décadas, enfrentamos dificuldades de todos os tipos. Nos orgulhamos de sempre buscarmos a saída dos problemas pela inovação e qualidade do que oferecemos ao mercado”, avalia o diretor. Investimento constante em maquinário e treinamento e valorização dos recursos humanos, conforme Campos, são prioridades para quem quer se manter em condição de competitividade. “Em 2019, os investimentos em automatização já somam quase R$ 15 milhões”, revela. São 33 colaboradores da Metalúrgica Venâncio que cursam graduação ou pós-graduação com algum incentivo da empresa.


“Investir no Rio Grande do Sul é quase uma teimosia, tanto pela questão logística quanto pela elevada carga tributária. No entanto, nossa proposta é seguir abrindo mercados e frentes de negócios, pois só a constante inovação pode garantir competitividade.”

MARCELO CAMPOS – Diretor da Metalúrgica Venâncio


Projeto Haiti: do caos ao acolhimento

Empresa bancou passagens aéreas, ônibus, alojamento e alimentação para o primeiro grupo de refugiados em 2013 (Foto: Divulgação)

Em 2013, cinco anos após a pacificação do Haiti por tropas brasileiras, registros de confrontos entre gangues e militares voltaram a ser realidade. O medo se tornou novamente uma companhia diária dos haitianos, e muitos decidiram deixar o país em busca de segurança e trabalho para o provimento de suas famílias. O primeiro destino de quem saía do caos – três anos antes, em 2010, um terremoto devastou o Haiti – era Manaus, no Amazonas. Lá, os refugiados esperavam por oportunidades para a sequência da ‘viagem’.

Diretor da Metalúrgica Venâncio, Marcelo Campos acompanhava pela televisão as notícias sobre as vítimas da fome, da violência e de catástrofes naturais. Com espaço para absorção de mão de obra e decidido a contribuir com o acolhimento dos haitianos, resolveu bancar as passagens aéreas para um grupo. Reservou também um ônibus para transportar os refugiados do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, até Venâncio Aires. E alugou uma casa de dois andares, com cinco quartos, para seus novos colaboradores.

Entre eles estava Roles Gerome, na época aos 36 anos, que tinha deixado no Haiti, por necessidade, a esposa e uma filha de 1 ano, além de outra menina fruto de relacionamento anterior. Na Venâncio, passou a exercer a função de polidor de metal, tarefa que ainda executa nos dias de hoje. Agora, no entanto, o coração não fica apertado como antes, pois a família – que já aumentou – está na Capital do Chimarrão. Há quatro anos nasceu a filha venâncio-airense de Gerome, um dos pioneiros do que ficou conhecido, na empresa, como Projeto Haiti. Atualmente, além de dez haitianos, a metalúrgica conta com um colombiano.

“Foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Entreguei meu destino nas mãos de Deus e portas se abriram. Agora já tenho a minha própria casa e estou cada vez mais adaptado à cidade”, comenta Gerome, com um português que precisa da ajuda de colegas de trabalho para ser compreendido. Ele afirma que a vida vai bem e que a intenção é permanecer em Venâncio Aires e evoluir com o tempo. “Gosto muito do Brasil”, diz. A lamentar, somente a distância de familiares e da filha, hoje com 13 anos, que ficou no Haiti.

SENSIBILIDADE

Cláudio Ruppenthal é gerente de fábrica na Metalúrgica Venâncio. Tem 53 anos, 20 deles dedicados à empresa e lá se vão seis em que a preocupação do dia a dia é diferente. “Desde que recebemos os funcionários vindos de fora do Brasil, foi necessário ter sensibilidade para ver que a adaptação deles dependia de nós. Aos poucos fomos nos integrando e, quando não nos entendíamos pela fala, gestos e mímicas resolviam”, lembra. Ruppenthal, que começou na Metalúrgica Venâncio “ali no chão de fábrica, juntando a sucata”, classifica a decisão da empresa como “louvável, pois estamos diante de uma questão de humanidade”.

Oportunidade e realização profissional

Para Cléo Schwantes, de 49 anos, e Juliana Inês Ribeiro, 37, a indústria é sinônimo de oportunidade e realização profissional. Ele está na Metalúrgica Venâncio há 13 anos e, atualmente, além do cargo de líder de marcenaria, responde também pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa). Ela atua há sete anos como supervisora do Departamento Químico, responsável desde a compra dos produtos utilizados nos mais variados setores da empresa até o tratamento de efluentes e destinação correta de resíduos sólidos.

Juliana, Schwantes e Gerome: histórias de evolução, oportunidade e superação (Foto: Alvaro Pegoraro/Folha do Mate)

“Aqui tive a chance de mostrar as minhas habilidades e crescer na profissão. Meu trabalho é o que possibilita dar conforto à família, ter vida social e construir novas amizades. A indústria é a minha vida”, afirma Schwantes. Juliana destaca a a satisfação pessoal e profissional por fazer parte de uma “equipe que pega junto e sabe da sua responsabilidade no processo de produção de itens que estão em vários países do mundo”.

Lucro da Fenachim pagará dívidas de festas anteriores

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Luana Pereira (centro) revela que uma nova eleição para Afenachim será realizada ainda neste ano (Foto: Débora Kist/Folha do Mate)

Os R$ 88.238,35 de lucro da 15ª Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim) anunciados pela comissão organizadora já estão comprometidos. Esse valor será usado para saldar algumas pendências de impostos com a Prefeitura de Venâncio Aires e o saldo também retornará para o Município. A informação é da presidente da Associação Festa Nacional do Chimarrão (Afenachim), Luana Pereira.

Segundo ela, essas pendências são dívidas relativas ao Imposto Sobre Serviços (ISS) sobre ingressos de shows e retenções não realizadas de edições anteriores da Fenachim e que foram cobradas pela Prefeitura em 2017. “A estimativa é de que são cerca de R$ 40 mil pendentes. Quando assumimos, sabíamos desses impostos e que precisam ser pagos ao Município.”

O restante do lucro também vai para a Prefeitura. Isso porque há um termo de parceria, firmado no ano passado e o qual diz que, em caso de lucro, o valor deve ser repassado aos cofres públicos.

ELEIÇÃO

Inicialmente, o mandato de Luana Pereira à frente da Afenachim teria duração de dois anos, encerrando em setembro de 2020. No entanto, ela revela que uma nova eleição será realizada ainda em 2019. “A ideia é antecipar a eleição para que a próxima gestão tenha o tempo necessário para organizar a Fenachim 2021.”

Cleiva Heck sugere que lucro fique com a Afenachim

Mesmo sabendo que há dívidas para serem quitadas, a presidente da 15ª Fenachim, Cleiva Heck, afirma que, se dependesse dela, o lucro ficaria para a associação. “Até já conversei com o prefeito e acho que deve ficar com a Afenachim. Esse recurso será importante para que ela consiga existir, respirar e caminhar com as próprias pernas, já pensando na próxima festa e mesmo dando suporte na gestão de outros eventos.”

Cleiva diz ainda que a associação esteve presente ativamente, o que contribuiu para que a festa “voltasse a ter credibilidade”. “Isso foi muito positivo, essa transparência durante todo o trabalho e na prestação de contas. Nós devíamos isso à comunidade. Conseguimos fazer uma festa enxuta, transparente e com ações solidárias que beneficiaram muitas entidades.”

Sobre a possibilidade de encabeçar a próxima Fenachim, Cleiva não confirmou nada. “Hoje não sei. Mas, com certeza, continuo à disposição da comunidade.”

O sorriso do cachorro

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Tem gente que enxerga expressões faciais humanas nos seus animais de estimação. Não sei se escrevo faciais ou “focinhais”. Roberto Carlos diz numa música que o seu cachorro lhe “sorriu latindo”. Também li, não sei onde, sobre um cão que morrera sorrindo, segundo a afirmação do dono. O papa Francisco disse certa vez que os cães também merecem o paraíso, gerando uma apressada discussão sobre a existência da alma também nos animais, coisa sempre negada pela Igreja. É tanto amor, merecido, por bichinhos de estimação que devo ter levantado, já no início desta coluna, uma discussão a respeito dos sentimentos dos animais. Que eles os têm, não há dúvidas. Mas o que lhes falta é maneira de expressar todos eles.

Nós, humanos, pelo contrário, evoluímos tanto na escala zoológica que viramos artistas em expressões faciais. Além das dezenas de músculos que dominamos com perfeição para fazer as mais diferentes caras e bocas (salvo algum botox mal aplicado), temos o dom da fala, que não se limita a miados, latidos e alguns grunhidos indecifráveis. Nossa voz tem tantas propriedades que podemos transmitir, ou disfarçar, através dela todos os nossos sentimentos em suas variações mais sutis. Associem-se então sentimentos, inteligência, voz, face, expressões corporais, e temos a perfeição. Nós, humanos, somos imbatíveis na comunicação e é por isso que podemos dominar todos os outros seres vivos do planeta.

Entre as nossas exclusividades, temos o dom de dissimular, fingir e mentir. Isso os animais definitivamente não têm! Cães e gatos, leões e elefantes jamais poderiam ser candidatos a nada, por exemplo. Na campanha eleitoral ou durante um mandato jamais conseguiriam formular promessas falsas nem negar reais intenções. Já imaginou seu cãozinho pronunciando “mudança na matriz tributária”? Atualização da planta de valores? Readequação tarifária? Ajustes em alguns tributos? Redução de desbalanceamentos setoriais da carga tributária? Pela sinceridade da sua natureza, se falasse, seu cão chamaria isso tudo de “aumento de impostos”!

Quando houvesse roubo do dinheiro público, seu gato não diria que é “desvio de ética”, “subtração de valores” ou “mal-feitos”. E os desfalques não seriam denominados de “inadequação contábil”. Se fosse deputado, um bichinho não falaria sobre uma “lei contra o abuso de autoridade”. Diria apenas: “Eu quero ficar solto!” Ao brigarem por cargos públicos bem nutridos, nossos animais não diriam que é uma luta para “servir ao país”. E quando legislassem sobre o próprio salário não falariam em “recomposição de subsídios defasados”, termos que não caberiam na língua e na falta de sutileza animal.

No campo das relações interpessoais, os humanos também são muito sutis. É o chamado “fingimento social”. Existem até pessoas especializadas que escrevem dicas em livros e jornais de como se portar em sociedade. Esqueceu do aniversário da amiga? Mande flores e um cartão dizendo que teve um problema de última hora. Querem sua opinião sobre a namorada do Fulano (que não parece nenhuma miss, pelo contrário, é feiosinha). Diga que é “muito querida”, “simpática”, “inteligente”, “educada”. Quando nem isso for cabível, fale então que é “uma boa pessoa”.

Sim, somos mesmo muito evoluídos. A tal ponto de não querermos, com certeza, que nossos queridos cães, gatos e papagaios evoluam tanto quanto nós. Ninguém aguentaria em casa mascotes tão humanamente dissimulados. Melhor é deixar assim mesmo: au é au, miau é miau.

Previsões do horóscopo para 17 de agosto

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Confira a previsão do horóscopo para este sábado (Foto: Reprodução)
Confira a previsão do horóscopo para este sábado (Foto: Reprodução)

ÁRIES
A vontade de se isolar um pouco deve crescer: dedique-se a tarefas que precisam ser feitas a sós. Seu sexto sentido estará mais forte. Um caso escondido deve movimentar a conquista. Cor: prata.

TOURO
O desejo de se envolver com novos assuntos tem tudo para crescer, mas reserve um tempo para se divertir também ao lado das pessoas queridas. Uma amizade colorida pode animar as coisas se está só. Cor: dourado.

GÊMEOS
A carreira tem tudo para concentrar boa parte da sua atenção. Se surgir a chance, aproveite o bom momento para crescer no trabalho! A vida amorosa pede mais seriedade e menos críticas. Cor: bege.

CÂNCER
O desejo de se divertir deve animar o dia. Mas, primeiro, cuide de qualquer tarefa que tenha ficado pendente. A saúde pode precisar de cuidados extras. Os assuntos amorosos estão protegidos! Cor: azul-escuro.

LEÃO
Astral favorável para se desapegar do que não usa mais. Se você está pensando em mudar de endereço ou tem planos para iniciar uma reforma na casa, vá em frente! Há sinal de briga no romance. Cor: verde.

VIRGEM
Neste sábado, busque a companhia dos amigos ou de pessoas próximas para espantar a solidão. Com quem ama, talvez seja preciso cautela com o ciúme. Cor: verde-claro.

LIBRA
A saúde pede atenção e você não deve acreditar em tudo o que as pessoas dizem. Em casa, vai sobrar energia para cuidar das tarefas. O desejo de viver um romance duradouro deve crescer. Cor: verde-escuro.

ESCORPIÃO
A companhia dos filhos ou de pessoas mais jovens anima seu coração. Aproveite para curtir seus passatempos preferidos, desde que isso não gaste muito. Pode se apaixonar à primeira vista. Palpites: 00, 45 e 90. Cor: vinho.

SAGITÁRIO
Boa parte da sua atenção deve se concentrar na família hoje. Talvez seja preciso ceder em um pouco para se entender com os parentes. O excesso de apego será seu maior desafio na vida a dois. Cor: amarelo.

CAPRICÓRNIO
Astral favorável para conhecer gente nova e entrar em contato com os amigos. Mas pode ter problemas com mal-entendido ou um segredo que veio à tona. A dois, abra seu coração sem medo. Cor: creme.

AQUÁRIO
Você vai dar mais importância ao que possui e saberá valorizar os seus bens. Não é a melhor fase para misturar dinheiro e amizade. No amor, mostre ao par que valoriza a estabilidade emocional. Cor: azul.

PEIXES
Você vai esbanjar confiança e não terá problema para correr atrás dos seus interesses. Saia da sua zona de conforto e a diversão estará garantida. Tome a iniciativa para animar o romance. Cor: preto.

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