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Moradoras de Venâncio ficam feridas em acidente em Marques de Souza

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Condutora e passageira sofreram ferimentos leves (Foto: Divulgação/PRF)

Um acidente de moto deixou duas moradores de Venâncio Aires feridas na manhã deste sábado, 10, na BR-386, em Marques de Souza, no Vale do Taquari. Conforme informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente aconteceu por volta das 6h15min, no quilômetro 335 da rodovia.

Ainda segundo a PRF, a condutora da motocicleta, de 23 anos, sofreu escoriações e a caroneira, de 32 anos, teve lesões leves. As duas foram encaminhadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A motocicleta é uma Honda CB 300 com placas de Venâncio Aires. Os nomes das vítimas não foram divulgados.

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Luiza Lazzaretti: desafios que multiplicam o amor pela educação

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Luiza é professora das turmas de pré-escola da Emei Algayer (Foto: Juliana Bencke/Folha do Mate)

O abraço coletivo dos alunos na professora Luiza de Fátima Lazzaretti, 29 anos, diz tudo. É por meio dele que as crianças retribuem o carinho, a atenção e o cuidado da ‘profe’. No trabalho com as duas turmas de pré da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Aloisius Paulino Algayer, do bairro Coronel Brito, Luiza não poupa esforços para estimular o desenvolvimento e promover o bem-estar dos alunos.

“Trabalho muito a afetividade, converso, gosto de saber do dia a dia, do que acontece em casa e do que ela gosta ou não em sua vida, pois acredito que isso passa confiança e proteção. A criança que se sente segura, sente-se capaz”, destaca a professora.

Formada em Pedagogia em 2013, Luiza começou a trajetória profissional no Centro de Assistência Social Venâncio Aires (Casva), onde teve a certeza de que estava na profissão certa. Aprovada no concurso público para professora de Educação Infantil, começou a trabalhar na Emei Algayer, há dois anos.

Os primeiros dias foram complicados. “Comecei a conviver com realidades muito difíceis, mas senti que ali era o meu lugar, onde eu podia fazer a diferença na vida daquelas crianças. Meu amor pela educação se multiplicou quando vim para a escola.”


“Minha história não se difere muito de tantas outras. O amor pela profissão me faz seguir em frente e procurar fazer o melhor a cada dia, pois creio que é através da educação que se pode melhorar o mundo.”

LUIZA DE FÁTIMA LAZZARETTI – Professora


Fazer a diferença inclui um trabalho que vai além das atividades normais da sala de aula. Muitas vezes, significa buscar doações para vestir e alimentar crianças cujas famílias enfrentam dificuldades financeiras. “Tem alunos que, apesar de terem apenas 4 ou 5 anos, têm uma história e tanto.”

Os desafios também estão em atender turmas com muitos alunos que estão indo para a escola pela primeira vez. “Muitos vêm sem saber pegar o lápis, sem nunca ter ficado longe da família. Tem criança que vem para a escola e ainda usa fraldas”, comenta Luiza. A professora comenta que, apesar de muitos pais não terem muita escolaridade, eles valorizam muito a escola. “A escola é tudo para ele, pois sabem que aqui está o futuro dos filhos.”

Professora Luiza com os alunos do pré A: afeto, brincadeiras e desenvolvimento (Foto: Juliana Bencke/Folha do Mate)

AUTISMO

De acordo com Luiza, um dos fatos que mais representa o crescimento pessoal e profissional é o trabalho com um aluno autista e hiperativo, que ingressou na turma na metade do ano passado. “Iniciava um período de descobertas e muito aprendizado para mim e todo o grupo”, sintetiza.

Paralelamente à busca por informações e aperfeiçoamento sobre o assunto, a professora adaptou rotinas, propostas e espaços, e estimulou a socialização do aluno autista com os demais colegas. “Aos poucos, as coisas foram acontecendo e evoluindo positivamente até chegar a um bom ambiente, e me motivando a aprofundar minha formação na área da neuropsicologia, educação especial e inclusiva.”

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PERFIL

Com admiração pelo magistério desde a infância, Luiza de Fátima Lazzaretti cursou Pedagogia, com auxílio dos pais e enquanto trabalhava no comércio. Pós-graduada em Educação Infantil, a profissional cursa especialização em Neuropsicopedagogia, Educação Especial e Inclusiva. Seu primeiro emprego na área foi no Casva, em 2003.

Há dois anos, após nomeação no concurso público do Município, atua na Emei Aloisius Paulino Algayer, no bairro Coronel Brito. A diretora da escola, Aline Cristine da Silva, ressalta a busca constante por capacitação da professora Luiza e a integração da profissional com a escola. “Dá para sentir na fala dela e perceber nos gestos o quanto ela gosta da escola.”

SÉRIE DE MATÉRIAS

Desde a quarta-feira, 8, a Folha do Mate divulga as matérias sobre os finalistas do prêmio ‘Adiante, professor’. Na terça-feira, 13, será apresentada a história da professora Gabriela Vedoy Flores, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Odila Rosa Scherer. A série de matérias se estende até dia 22, véspera da cerimônia de premiação.

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Assoeva enfrenta o La Máquina pelo Campeonato Estadual neste sábado

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Maninho (18) é um dos quatro atletas pendurados com dois amarelos. (Foto: Roni Müller)

O sábado de futsal em Venâncio Aires começa mais cedo. A Assoeva/Unisc/ALM antecipou seu compromisso pelo Campeonato Estadual contra o La Máquina, de São Sepé, no ginásio da Coopeva, para as 18h.

No confronto entre o líder e o lanterna do Grupo ‘A’, a Assoeva encara com a mesma seriedade de sempre os 40 minutos onde a meta são os três pontos para logo mais adiante consolidar a melhor campanha na geral.

“O objetivo é sim ficar em primeiro lugar nesta fase. É colocar em prática o que treinamos ao longo da semana já visando os futuros jogos de caráter bem decisivo que teremos como mandante”, destaca o técnico Guilhermo Verfe. O comandante faz referências ao jogo que a Assoeva terá na quarta-feira, 14, pela Liga Futsal, contra o Minas. Tem ainda o clássio regional contra a Assaf, dia 17, pelo Estadual, também no Poliesportivo.

A Assoeva tem quatro atletas pendurados nesta reta final do Estadual: Dill, Maninho, Vini Scola e Gabriel Darici.”É uma questão que vamos procurar administrar da melhor forma possível nestes três jogos que temos na sequência”, afirma o técnico. Ele ressalta que a meta no clássico regional é contar com o grupo mais completo possível.

No Estadual a Assoeva tem mais três jogos a cumprir: La Máquina e Assaf e em casa, e dia 19, contra o Paulista, em Pelotas. Fase classificatória encerra dia 24, data em que a Assoeva joga pela Liga Futsal contra a equipe do Campo Mourao, no Paraná.

16ª RODADA 

Hoje:

18h Assoeva x La Máquina

20h Rosário x União Indep.

20h Palmeiras x São José

20h Paulista x UFSM

Folga a Assaf, de Santa Cruz do Sul

O número de gols marcados até agora em 59 jogos disputados no Grupo ‘A’ é 395. As equipes mandantes marcaram 215 gols contra 180 dos visitantes.

O saldo aponta 30 vitórias dos mandantes, sete empates e 22 vitórias das equipes visitantes. A Assoeva/Unisc/ALM tem o melhor ataque: são 73 gols marcados. A Assoeva tem também a melhor defesa: 22 gols sofridos.

A 16ª SEXTA RODADA:

Hoje:

18h Alvorada x Rabelo

20h Erechinense x BGF

20h Gramado x Font. Xavier

O número de gols marcados até agora em 60 jogos no Grupo’B’ é 490. As equipes mandantes marcaram 265 gols contra 225 dos visitantes. O saldo aponta 33 vitórias dos mandantes, seis empates e 21 vitórias dos visitantes. O Rabelo, clube da cidade de Alvorada, consta com o melhor ataque – 70 gols O BGF tem a defesa menos vazada: 27 gols.

Ajustes no programa de Habitação Rural são pauta de encontro

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Programa da Habitação Rural pautou a reunião dos dirigentes sindicais. (Foto: Martin Dorneles/AI Regional) .

Durante reunião mensal realizada na terça-feira, 6, em Vera Cruz, as lideranças sindicais que compõem a Regional Sindical do Vale do Rio Pardo e Baixo Jacuí, trataram sobre a possibilidade dos agricultores familiares acessarem linha de crédito especial, dentro do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf Mais Alimento, que contempla a habitação rural (Pronaf Habitação).

Segundo a secretária do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Venâncio Aires, Sandra Wagner, o Governo Federal fez o anúncio quando do lançamento do Plano Safra 2019/20, ainda no mês de junho, e os agentes financeiros estão aceitando propostas, podendo contemplar projetos de casas novas ou reforma e ampliação.

Como o assunto ainda é novo, de acordo com Sandra, ainda existe a necessidade de ajustes das normativas quanto à execução dos projetos. Desta forma, o STR está trabalhando, juntamente com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) e as agências bancárias, para construir o entendimento do programa e, por consequência, poder orientar e realizar corretamente os projetos para os agricultores interessados.

IMPORTANTE

Sandra explica que o Pronaf Habitação é um financiamento nos moldes do Pronaf Investimentos e, desta forma, os agricultores familiares precisam cumprir alguns requisitos para acessarem o programa. O valor máximo a ser financiado será de R$ 50 mil. “Quanto aos empréstimos, observamos que o pagamento deverá ser feito em dez anos, com a possibilidade de carência de três anos e com juros de 4,6% ao ano”, salienta.

CONQUISTA

Sandra ressalta que o Pronaf Habitação é uma conquista do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR). Desde a criação da linha de crédito para a agricultura familiar – com o Programa de Valorização da Pequena Produção Rural (Provap), em 1994, que foi precursor do Pronaf, instituído por decreto lei em 1996 -, o Movimento Sindical vem trabalhando para efetivar esse pleito.

Um exemplo disso, de acordo com a secretária do STR, é o primeiro Grito da Terra Brasil, realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), em 1995, quando constava na pauta de reivindicações uma linha de crédito para a habitação rural. “À época, os agricultores tinham crédito para melhorar o galpão, construir uma pocilga, melhorar uma cerca na propriedade, comprar um implemento agrícola, mas não tinham a oportunidade de construir uma casa nova”, observa.

Ainda segundo Sandra, o Movimento Sindical tem vasta experiência em habitação rural, pois por meio da Cooperativa Habitacional da Agricultura Familiar (Coohaf), concretizou o sonho de mais de 18 mil famílias no Rio Grande do sul, com a construção e reforma de casas, dentro dos diversos programas desenvolvidos pelo Governo Federal entre os anos de 2002 e 2015.

Sandra reforça que o Pronaf Habitação é um programa diferente, e que a Coohaf está disponibilizando para os associados dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, a opção de plantas baixas, bem como uma lista de documentos necessários para o agricultor familiar acessar o Pronaf Mais Alimento Habitação.

AGENTES FINANCEIROS 

Em Venâncio Aires, as agências do Sicredi, Banrisul e Banco do Brasil estão aptas a financiar o programa. O Sindicato dos Trabalhadores Rurais está à disposição para orientar os agricultores.

REQUISITOS 

• Para o agricultor acessar a linha de financiamento, precisa comprovar sua capacidade de pagamento, realizando o projeto técnico junto a Emater/RS-Ascar.

• Também faz-se necessária a escritura das terras, Cadastro Ambiental Rural (CAR) e Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), além de engenheiro responsável pela planta da casa.

• Este deverá possuir Crea, podendo ser um engenheiro civil, arquiteto ou engenheiro agrônomo.

Homem morre em acidente na RSC-453, em Mato Leitão

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Acidente aconteceu no quilômetro 14 da rodovia (Foto: Taís Fortes/Folha do Mate)

Um homem de 54 anos morreu em um acidente de trânsito na manhã deste sábado, 10, no quilômetro 14 da RSC-453, em Mato Leitão. Conforme informações apuradas no local da ocorrência, o acidente aconteceu no sentindo Venâncio Aires/Lajeado e o condutor colidiu contra uma árvore nas proximidades da Padaria Santa Inês. As circunstâncias do acidente ainda não foram esclarecidas.

A vítima, identificada como Claudio Silverio Schmitz, conduzia um Gol G4 prata com placas de Venâncio Aires. O local foi isolado pelo Corpo de Bombeiros. Depois da chegada da perícia, o corpo foi recolhido pela funerária e encaminhado para necropsia no Posto Médico Legal (PML) de Santa Cruz do Sul.

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O Corpo de Bombeiros de Venâncio Aires, a Polícia Rodoviária Estadual de Cruzeiro do Sul,  a Polícia Civil de Venâncio e a perícia estiveram no local do acidente. Não houve interrupção no trânsito.

Foto: Taís Fortes/Folha do Mate
Foto: Taís Fortes/Folha do Mate

Dez candidatas disputam o título de soberana da 3ª Festa das Orquídeas

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Dez candidatas participam hoje à noite do desfile final para definir a nova rainha (Foto: Divulgação)

O baile para escolha da rainha e princesas da 3ª Festa das Orquídeas e 1ª Exposição Nacional de Orquídeas (Laelia purpurata) ocorre na noite deste sábado, 10, na Seubv, com animação da Banda Voga, de Santa Cruz do Sul.

Conforme a organização do evento, mais de 500 ingressos antecipados já foram comercializados. A venda termina hoje, ao meio-dia. As entradas podem ser compradas na Farmácia Goerck e Drogaria Pilz, ao lado da Lotérica da Sorte. A programação inicia com coquetel para autoridades, comissão julgadora e candidatas a partir das 19h30min.

O desfile em público está marcado para as 21h no salão principal da Seubv. A candidata que vencer o concurso receberá um ensaio fotográfico com dez fotos e uma orquídea. As princesas receberão ensaio fotográfico com cinco fotos cada e uma flor símbolo do município. As melhores torcidas também receberão premiação.

A partir da próxima semana, a nova corte passará a divulgar o evento na região e estado, participando, inclusive, de exposições, juntamente com o Núcleo de Orquidófilos de Venâncio Aires (Nova), Mato Leitão e Passo do Sobrado. A 3ª Festa das Orquídeas ocorrerá nos dias 6, 7 e 8 de dezembro.

CANDIDATAS – ENTIDADES QUE REPRESENTAM 

Bianca Ramona Jantsch: Lisilene Kist Clínica de Fisioterapia e Pilates/Mees Auto Center

Eduarda de Campos Ghilardi: HS Contabilidade/Padaria e Confeitaria Heissler

Elis Jennifer Jaeger Laissmann: Biscobom Alimentos

Jéssica Fernanda Zarth: Marlan Colchões e Acessórios Distribuidor EKO7/Frigorífico 3K

Juliana Luisa Koch: Buffet Paladar de Eventos/SS Orquídeas

Karine Andressa da Luz: Academia Auto Estima/Gold Möbel Haus

Raquéli Clareni da Silva: Ditlanta Comercial Distribuidora/Bio Mate

Taiane Maicá de Araújo: Posto Kiosque/The House Barber Shop

Tainá de Souza Lincke de Moraes: Fabimar Confecções

Vanessa Regina Jung: Urso Branco Picolés e Sorvetes/União Boa Esperança

Rotineiro

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A Assoeva tem pela frente mais um jogo da fase classificatória da Série Ouro. Se na última rodada a equipe passou dificuldades para furar o bloqueio do União Independente, a tarefa contra o La Máquina, de São Sepé, deve ser bem menos complicada. O adversário ocupa a lanterna com duas vitórias e 10 derrotas. Um teste apenas para confirmar a primeira colocação, já que a UFSM resiste e impõe condições de tirar a posição do time amarelo.

Próximo da final

Mano Menezes deixou o Cruzeiro após mais um resultado negativo. Foram três anos e um mês no cargo, até então o mais longevo no país em atividade num único clube. O Colorado venceu a Raposa no Mineirão e se aproximou da final da Copa do Brasil, abrindo ainda mais a possibilidade de haver Gre-Nal inédito na decisão da competição. O Colorado mostrou aplicação desde o início, merecendo o resultado positivo.

Seleção

No início deste ano, quando marcou gol no empate por 2 a 2 contra o River, pressenti que Edenilson, em breve, seria convocado para a Seleção Brasileira. Com a atuação majestosa no meio de semana, marcando o gol da vitória colorada, chegou o momento do meio-campista receber a tão sonhada oportunidade. Pelo Corinthians conquistou Mundial de Clubes, Libertadores, Recopa, Brasileiro e Paulista. No Inter tem sido protagonista e se encaminha para comemorar títulos.

Um minuto

# Dupla Gre-Nal enfrenta dois adversários de tradição neste fim de semana. O Inter recebe o Corinthians com um time misto, já que tem folga no meio de semana. Já e o Grêmio visita o Flamengo com seu time reserva.

# Sem competições paralelas a disputar, Santos ganha terreno e abre vantagem na liderança do Brasileirão. Tem um time mediano mas muito focado.

# Flamengo está próximo de trazer Mario Balotelli. Para fechar com o atacante, time carioca teria oferecido R$ 1,6 milhão por mês.

“Isso aqui é um criatório de mosquitos”, diz morador de Vila Estância Nova sobre esgoto a céu aberto

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Esgoto que sai da Peva está parado na frente das casas, às margens da RSC-287. (Foto: Alvaro Pegoraro)

Moradores de Vila Estância Nova voltaram a denunciar o acúmulo de água na valeta que passa às margens da RSC-287, em frente às suas casas. Segundo o aposentado Eluí Cardoso, trata-se do esgoto que sai da Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva) e antes desaguava em um arroio. Foi feito um ‘desvio’ para que o esgoto escoasse pelas margens da rodovia, mas o material acabou se acumulando.

Em dias de sol, observa, o cheiro é insuportável. Mas de acordo com o aposentado, o maior problema é o acúmulo de mosquitos. “Se estão preocupados com vasos que tem água parada, venham aqui dar uma olhada na frente das nossas casas. Isso é um criatório de mosquitos”, descreveu Cardoso.

Ele garante que já fez inúmeros pedidos a pessoas ligadas a administração municipal, mas nada é feito. “Além de ser um esgoto que está a céu aberto, ele não vai adiante. É só vir aqui olhar para ver”, argumenta.

Cardoso e um grupo de moradores irão ao Ministério Público cobrar providências. “É inadmissível que isso não tenha uma solução. Se nada for feito, não sei como será no verão. Os mosquitos vão nos carregar”, desabafou.

Os registros do Cartório de Vila Deodoro

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Nas páginas amareladas do primeiro livro de registros do cartório de Vila Deodoro, o relato do nascimento de Hilda, nascida em 1929 (Foto: Débora Kist/Folha do Mate)

Chovia muito naquele junho de 1957. Dia 13, especialmente, parecia que o mundo viria abaixo em Centro Linha Brasil. Arcildo até cogitou montar o ‘zaino’ e seguir para Vila Deodoro ainda na quinta-feira. Precisava registrar sua menina, que nasceu naquela manhã, em casa, através das mãos da Bertha Bohn, parteira experiente da região. Mas não. Entendeu que não precisava de pressa.

Quando os dias chuvosos pararam, já era 25 de junho. E aí foi. Algumas horas sobre o lombo do cavalo, atalhou pelo Teufelsloch (o Buraco do Diabo, em Linha Isabel), depois Silva Tavares, passando sob os galhos da figueira (que ainda não era chamada de Centenária), até Deodoro.

Foi no cartório daquela localidade que, em 25 julho de 1953, Arcildo Frese, então com 18 anos, casou com Ilsy Elzira Mohr, de 16. Quase quatro anos depois, em frente ao mesmo oficial distrital (Sebastião Jubal Junqueira), Arcildo disse o nome escolhido para sua primogênita: Enia Gessy.

O ‘português’ primeiro, senhor”, sugeriu Jubal. A observação dele foi porque se considerava Enia um nome estrangeiro. Da mesma forma, o Gessy perderia o ‘Y’. Para manter a sílaba tônica, disse que escreveria ‘I’ com acento agudo. Assim, foi registrada Gessí Enia Frese.

A história dos Frese é apenas uma das que passaram pelo Ofício Distrital de Vila Deodoro. Este, que em 12 julho de 2019 completou 90 anos, ainda mantém todos os registros na atual sede, em Linha Arroio Grande. Muitos são páginas já amareladas, mas relatos fiéis de parte da vida de milhares de famílias venâncio-airenses.

A certidão de nascimento de Hilda, a ‘número 1’ do cartório

No livro de registros do cartório de Vila Deodoro, a primeira página preenchida é a que relatou o nascimento de Hilda Dattein. Nascida em 29 de junho de 1929, ela foi registrada em 22 de julho onde estava situado o primeiro cartório. O local não existe mais, mas ficava próximo à estrada da ‘grande figueira’. Aquela menina foi o ofício número 1. Noventa anos depois, a hoje bisavó ainda guarda a certidão emitida por Sebastião Jubal Junqueira, o primeiro titular.

Hilda voltaria ao cartório para casar, em 7 de janeiro de 1950, já em outro prédio, construído próximo à Casa Comercial Schulz. Também na presença de Jubal, o juiz de paz que oficializou o casamento foi Adolfo Maria dos Santos. A partir dali, com 20 anos, ela passou a assinar como Hilda Becker, adotando o sobrenome do marido Bruno. Os quatro filhos do casal, Sônia, Laura, Donato e Renato (já falecido) também têm registros lá, seja de nascimento ou casamento.

Hilda, 90 anos, é o primeiro nascimento registrado no cartório de Deodoro (Foto: Débora Kist/Folha do Mate)

TRABALHO

  1. A família de Hilda, não apenas em registros nos livros, participou dos trabalhos do cartório. Como o pai dela, Edwino Dattein, que entre 1952 e 1977 foi nomeado juiz de paz. “O pai fez muitos casamentos”, lembra.
  2. Além do pai, o cunhado de Hilda, Alcido Becker, 77 anos, também foi juiz de paz (1977 a 2012). Entre 1974 e 1978, quem trabalhou lá foi a filha, a professora Laura Caríssimi. Ela conta que chegou a fazer o concurso para escrivã, mas não passou por causa da datilografia.
  3. Naqueles quatro anos, Laura atuou, então, como auxiliar e presenciou histórias inusitadas, como na vez que um jovem agricultor da região serrana de Venâncio apareceu para registrar o nascimento da filha. Antes de fazê-lo, o homem contou a história do parto, relatando que, durante a madrugada, a mulher ainda tirou o leite de todas as vacas, mesmo já sentindo ‘as dores’.
  4. Ouvintes atentos, os funcionários perguntaram ao pai novato: qual nome terá a menina? E a resposta foi uma surpresa: “Ah! O nome vocês resolvem!” Laura conta que não era possível obrigar a nenhuma decisão, mas foi fornecida uma lista de nomes ao pai ‘despreocupado’.

Lembranças do Jubal

Quem também é ‘registro’ no cartório é o casal Orlando e Thuna Schulz, que comemorou Bodas de Diamante neste mês. Eles casaram em 1º de agosto de 1959, tanto no civil quanto no religioso.

Orlando lembra com lamento de Sebastião Jubal Junqueira, que faleceu em março de 1959, com apenas 55 anos. O primeiro titular do cartório da localidade teve um câncer na garganta. “Nos últimos dias ele já não conseguia mais falar. Foi uma morte muito triste e lamentada por todos”, relata Orlando, hoje com 85 anos.

Ele conta ainda que o oficial distrital era uma espécie de ‘sabe tudo’. Muito culto, todos os dias ia até a Casa Comercial Schulz para buscar a edição do Diário de Notícias, jornal de Porto Alegre. “Esse Jubal era ‘fora de série’. O que se queria saber, se perguntava pra ele. Foi o Jubal quem me ensinou a ler e a escrever em alemão.”

Atuante na comunidade, não apenas fundou o Grêmio Esportivo Deodoro (1952), mas fez o molde dos primeiros calções dos jogadores. “Não sei o que ele fez, mas a costura tinha uma folga e não rasgava”, lembra Orlando, orgulhoso por ter convivido com “uma figura importante ao município.”

Orlando e Thuna Schulz, em frente ao cartório onde casaram, há 60 anos (Foto: Débora Kist/Folha do Mate)

Cartório atende em Linha Arroio Grande há mais de 20 anos

O Ofício Distrital de Vila Deodoro funcionou nesta localidade até 1997. No próximo setembro, serão 22 anos de mudança para Linha Arroio Grande, à margem da ERS-422, atual endereço.

Segundo Marinês Ehlert Becker, notária-registradora substituta e funcionária há 23 anos, foi feita uma pesquisa pela Corregedoria Geral de Justiça do Rio Grande do Sul. “O cartório precisa ser útil às comunidades e estava para fechar por falta de movimento. E, no Arroio Grande, desembocam todos os acessos de localidades abrangidas”, explica.

Além do endereço, houve mudança na nomenclatura, também na década de 1990. Por isso, é chamado de Serviços Notariais e de Registros Vila Deodoro. A primeira localidade, assim, permaneceu no nome do cartório.

No local, estão guardados todos os documentos, inclusive os primeiros livros de registros, de 1929. São serviços de tabelionato (como autenticações, reconhecimento de firmas, atas notariais, escrituras e inventários) e de registro civil (nascimentos, casamentos e óbitos).

Em tempos de computador, nos últimos anos, além do papel, tudo é digitalizado, mas Marinês diz que ainda não há uma exigência que determine o arquivamento na forma digital dos mais antigos. O número total de documentos emitidos em 2018 foi de 4.290.

EQUIPE

Desde 1996, o titular do cartório de Vila Deodoro é Luiz Carlos Mirandolli. Além dele, a equipe é formada por Liane Heck Mirandolli (1ª notária-registradora substituta), Marinês Ehlert Becker (notária-registradora substituta), Simone Graciele Guterres de Carvalho (escrevente autorizada) e Luciana Campos Fanck Costa e Ângela Maria Trindade Ilha (atendentes).

Cartório atende desde 1997 no km 3,4 da ERS-422, em Linha Arroio Grande (Foto: Débora Kist/Folha do Mate)
Marinês Becker, notária-registradora substituta, mostra o primeiro livro de registros (Foto: Débora Kist/Folha do Mate)

HISTÓRIA

  1. Enquanto Hilda Becker foi o primeiro nascimento registrado, os livros também trazem as seguintes informações: Antonio Fernando Weber e Idalina Richter foram os primeiros a casar, em 12 de agosto de 1929. Já o primeiro óbito foi registrado em 2 de agosto de 1929. Era Hildemar Kreibich, um bebê de um ano e nove meses.
  2. Até a última quarta-feira, 7, o cartório registrou 12.141 nascimentos, 3.251 casamentos e 2.920 óbitos. A numeração foi contínua até 1976, quando uma determinação da Lei de Registros Públicos exigiu que os registros reiniciassem.
  3. Em 90 anos, atuaram como oficiais distritais titulares: Sebastião Jubal Junqueira, Maria Beatriz Menna Barreto Junqueira, José Schneider (designação do Fórum), Lauro Arno Gehres, Oscar Nicolau Schneider, Dilson da Silva Braga (designação), Ingrid Marlene Vieira, Clonir Lopes Lehmen (designação) e Luiz Carlos Mirandolli.

JURISDIÇÃO

A abrangência, conforme publicação de 1996, descreve o seguinte: começa em Rio Pequeno, na divisa com Boqueirão do Leão e desce na divisa com Sério, até chegar nos limites de Venâncio Aires. Compreende as localidades de Alto Paredão, Três Barras, da Serra, Andréas, Santana, Sexto Regimento, Lucena, Duvidosa, Arroio Grande, Santa Emília, Olavo Bilac, Salto, Lenz, Harmonia da Costa, Brasil, Arroio Grande, Marechal Floriano, Antão, Centro Linha Brasil, Esperança, Saraiva, Leonor, Julieta, Cachoeira, América, Marmeleiro, Paredão, sempre com o arroio Castelhano, na divisa com Santa Cruz do Sul, “tudo de acordo com o mapa do município de Venâncio Aires.”

Sobre ver e sentir

O início da matéria narra parte da história familiar desta repórter, que é filha da Gessí e neta do Arcildo. História que sempre ouvi durante minha infância e nunca esqueci. Durante as pesquisas para a reportagem, vi os registros de casamento dos meus avós maternos e de nascimento da minha mãe, todos eternizados na letra cursiva de Sebastião Jubal Junqueira (o mesmo que há cerca de 40 anos dá nome à escola de ensino médio de Deodoro).

Não imaginava ver o que vi e, ao escrever esta matéria, senti um misto de alegria e saudade. Alegria pela oportunidade de conversar com pessoas que mantêm a história ou que são a ‘história viva’. E quanto à saudade, foi porque o carinho da vó Hilda, ao me receber, reforçou a lembrança dos meus. O Arcildo e a Ilsy, que já se foram, mas que seguem comigo na memória e no coração.

Quatro pessoas ficam feridas em acidente na RSC-453, em Mato Leitão

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A colisão frontal entre um Verona com placas de Mato Leitão e um GM Corsa de Lajeado deixou um homem e três mulheres feridas na noite dessa sexta-feira, 9, em Mato Leitão. Conforme informações do Corpo de Bombeiros de Venâncio Aires e da Polícia Rodoviária Estadual de Cruzeiro do Sul, o acidente aconteceu por volta das 23h30min no quilômetro 16, próximo ao antigo Espeto de Ouro.

O condutor do Verona ficou preso às ferragens e sofreu fraturas. As outras três vítimas também tiveram ferimentos. O homem e um das caroneiras do Corsa foram encaminhados para atendimento no Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) de Venâncio Aires. As outras duas mulheres foram levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Lajeado. O socorro foi feito pela guarnição do Corpo de Bombeiros e pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).

Segundo o HSSM, a caroneira do Corsa recebeu atendimento e já foi liberada. O condutor do Verona segue em observação na casa de saúde. As duas mulheres encaminhadas para atendimento na UPA de Lajeado foram liberadas durante a madrugada deste sábado.

A importância dos jornais

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Mais do que informar, jornal documenta. É nas páginas dos jornais impressos que está guardada e registrada a história das cidades e comunidades onde os jornais atuam e circulam.

Com o intuito de destacar a importância e protagonismo dos veículos impressos, o Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Estado do Rio Grande do Sul (Sindijore), presidido por André Jungblut, diretor-presidente da Gazeta do Sul, de Santa Cruz do Sul, lançou uma nova campanha, a qual a Folha do Mate divulga a primeira peça publicitária na página 19 da edição deste sábado, a qual reproduzo abaixo:

A campanha é ‘abraçada’ por todos veículos que integram a Associação dos Diários do Interior do Rio Grande do Sul (ADI/RS) e busca chamar atenção dos leitores e da comunidade. “Os jornais são o documento histórico das nossas cidades e o arquivo daquilo que vamos querer saber no futuro”, destaca o presidente da ADI, Eládio Dios Vieira da Cunha, diretor do Jornal do Povo, de Cachoeira do Sul.

Segundo ele, em tempos em que as fake news se alastram, especialmente nas redes sociais, “são os jornais que asseguram credibilidade à informação, respeito às opiniões, além de promoverem um relato fiel do dia a dia das pessoas e da comunidade regional.”

Iluminação pública no topo das demandas comunitárias em Venâncio Aires

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Adelino Cell mostra uma das lâmpadas que costumam ficar acesas durante o dia (Foto: Carlos Dickow/Folha do Mate)

De cada quatro solicitações enviadas à Prefeitura de Venâncio Aires pelo aplicativo FiscaleVC, três são referentes à iluminação pública. Esta é a leitura dos números relativos aos primeiros seis meses de 2019, em levantamento feito pela Ouvidoria Municipal que considera o top 5 das reivindicações. No período, das 1.288 demandas recebidas, 956 têm relação com a iluminação. Os casos vão desde lâmpadas que ficam acesas durante todo o dia até relatos de suportes virados para cima, em virtude da ação do tempo.

Na lista das cinco solicitações que mais se repetem, situações envolvendo terrenos baldios e roçadas aparecem na segunda posição. No primeiro semestre, foram 134 pedidos de providência. Denúncias em geral (cavalos soltos, maus-tratos a animais e barulho, por exemplo) somaram 98 demandas nos primeiros seis meses. Na quarta e quinta colocações estão o recolhimento de galhos e os problemas com bueiros (estrutura quebrada, entupimento ou outras avarias), com 66 e 34 encaminhamentos no período pesquisado.

INCREMENTO

Em comparação com o mesmo período do ano passado, as demandas recebidas pela Ouvidoria, por meio do FiscaleVC, apresentam em 2019 um incremento de 18%. Foram 1.091 em 2018 e 1.288 no primeiro semestre deste ano. Das solicitações integrantes da lista do top 5, só o item relacionado aos terrenos e roçadas diminuiu de um ano para o outro (147 para 134). Todos os demais apresentaram elevação, com destaque para o recolhimento de galhos, que cresceu 46,66% (de 45 para 66 pedidos encaminhados).

“Sobre os galhos, é por conta da época do ano, que compreende as podas e serviços relacionados”, explica Marcelo Hickmann, responsável pela Ouvidoria e pelo levantamento relativo ao primeiro semestre.

Marcelo Hickmann é o responsável pela Ouvidoria Municipal (Foto: Carlos Dickow/Folha do Mate)

Hickmann esclarece ainda que existem outros dois canais oficiais para recebimento de demandas: o Serviço de Atendimento do Consumidor (SAC) e o Serviço de Informação ao Consumidor (SIC). O contato pode ser feito pelo telefone 3983-1000, número geral da Prefeitura. Na página do Município na internet (https://www.venancioaires.rs.gov.br) também há informações disponíveis para o acesso aos serviços. “As solicitações chegam pelo aplicativo Fiscale, pelo telefone e as cidadãos vêm aqui também. Algumas situações são resolvidas rapidamente, apenas com algumas orientações. Já outras demandam mais tempo, precisamos lançar no sistema e acionar as equipes responsáveis, mas todas têm atenção”, comenta.

O número total de solicitações recebidas pela Ouvidoria, nos primeiros seis meses do ano, por meio do Fiscale é 1.288. Um percentual de 18% de aumento em relação a 2018, quando o número de pedidos ficou em 1.091.

Lâmpadas acesas durante o dia

Na rua Guilherme Frederico Hübner, bairro Santa Tecla, a reportagem da Folha do Mate encontrou um exemplo de problema referente à iluminação pública. Na quadra entre a rua Jacob Becker e uma rua sem saída, moradores convivem com lâmpadas acesas durante o dia e, às vezes, sem funcionar à noite. Na manhã de quinta-feira, 8, quando a reportagem visitou o local, três lâmpadas, uma ao lado da outra, estavam acesas.

O aposentado Adelino Cell, de 72 anos, que reside bem em frente aos postes cujas luminárias ficam funcionando durante o dia, afirma que já fez contato com a Prefeitura não apenas para falar sobre a iluminação, mas também para pedir outra providência. “As lâmpadas a gente sabe que é mais difícil de resolver, porque dá problema no sistema de fotocélula e elas ficam assim. Mas temos uma coisa mais fácil de organizar, que é um pedido de uma placa sinalizando que a nossa rua é sem saída. Tem dias que uns caminhões enormes entram na via e precisam voltar de ré. Aproveito para reforçar este pedido pelo jornal”, diz.

TOP 5 

Demanda 2019 – 2018
Iluminação 956 – 782
Terrenos 134 – 147
Denúncias em geral 98 – 84
Recolhimento de galhos 66 – 45
Bueiros 34 – 33
Total 1.288 1.091

FISCALE.VC

  • O propósito do aplicativo é possibilitar mais uma ferramenta para que as pessoas possam fazer reclamações, denúncias, elogios e, ainda, repassar informações e sugestões. Pelo Fiscale.VC, a pessoa aponta as possíveis melhorias e manda uma fotografia. Os dados são encaminhadas diretamente aos responsáveis, para dar mais agilidade na solução de pedidos e execução das demandas da população.
  • O aplicativo Fiscale.VC pode ser instalado gratuitamente através do Google Play. Ele é um canal de SAC para que o cidadão possa mostrar o que precisa ser melhorado na cidade. O aplicativo é simples, de fácil uso, não gerando dificuldades para ser operado. Ao enviar a fotografia com a reclamação, haverá o acompanhamento e o cidadão será notificado através do aplicativo sobre a solução do seu caso e o tempo de espera, entre outros dados referentes à pauta enviada.
  • O aplicativo Fiscale.VC foi desenvolvido por uma empresa do município de Teutônia e Venâncio Aires foi pioneiro na região do Vale do Rio Pardo em proporcionar à comunidade mais um canal de comunicação entre a comunidade e a Prefeitura.
Na rua Guilherme Frederico Hübner, no Santa Tecla, reportagem encontrou três lâmpadas acesas, em sequência. Morador também pede que via seja identificada como sem saída (Foto: Carlos Dickow/Folha do Mate)

Um pai à moda antiga

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Já escrevi algumas vezes aqui que a evolução da humanidade não pode ser contida, e não adianta sonharmos com o passado porque ele jamais voltará, a não ser em algumas modas do vestuário. O tipo de sociedade que temos vai se modificando de forma cada vez mais vertiginosa e em poucos anos já haverá saudades dos tempos de hoje.

Assim, o atual o modelo de família certamente se transformará. Qual será, então, o novo modelo familiar? Como será a sociedade do futuro? Não me arrisco e prever e não encorajo ninguém a fazê-lo. O que for, será. Só Deus sabe.

Porém, nós, os maduros, temos o direito de recordar e defender o modelo familiar da nossa época e atribuir a ele muitas qualidades que já são escassas hoje. Tenho saudades, sim, do tempo em que um pai podia sozinho sustentar a casa e a mãe só trabalhava fora se assim desejasse, e não por necessidade financeira. Sou de um tempo em que os pais e as mães eram a autoridade máxima dentro e fora de casa. Autoridade essa, diga-se, que era exercida de forma natural, com um tipo de amor que não precisava ser dito em palavras, mas estava implícito em cada gesto e atitude. Uma autoridade que não precisava ser explícita: bastava a coerência, bastava a firmeza, bastava o exemplo. E nem era necessária a presença física: sabia-se que não se devia fazer isso ou aquilo porque o pai e a mãe não aprovariam, mesmo que não estivessem vendo. Não era medo, era respeito.

Dessa forma, a estrutura familiar se replicava na escola onde a autoridade dos professores não era questionada. Daí resultava uma disciplina natural, um respeito pela hierarquia, e isso era o esteio da sociedade. Era um tempo em que quase tudo girava em torno do modelo familiar. Ninguém delegava ao Estado – leia-se poder público – a formação moral dos filhos.
Eu, que hoje já teria idade para ser o pai do meu pai quando ele morreu, ainda o tenho como parâmetro e modelo para muitas coisas. Num tempo em que não existiam leis que proibissem um puxão de orelhas ou uma palmada, nunca recebi dele esses corretivos. Jamais me chamou para dar “aulas” de comportamento. Deu-me o exemplo, deu-me responsabilidades nos negócios da família e, mais do que isso, a sua presença constante, uma sensação de eterna proteção.

Tenho que repetir aqui que não estou com esperança da volta desse modelo que está se extinguindo. Já era, já foi, nunca será mais assim. Porém, vejo com pesar a sociedade de hoje: criminalidade, tóxicos, desrespeito aos valores morais, desprezo pela experiência, pela hierarquia e pela autoridade, mau exemplo dos governantes, permissividade, tolerância com a desonestidade, pouco apego ao trabalho.

Há uma máquina gigantesca, uma engrenagem infinita tentando controlar esses problemas. Há escolas, creches, juizados, assistência social, clínicas de reabilitação, delegacias especializadas, promotorias, ambulatórios, hospitais… São todos paliativos para situações que uma boa estrutura familiar poderia evitar.

Por favor, não me rotulem de machista, patriarcal ou retrógado. Por ser impossível, não faço a pregação de uma volta ao passado. Sou só um saudosista que ainda conseguiu criar bem os filhos de uma forma, digamos, tradicional. Já a educação dos seus próprios filhos é tudo com eles. Minha missão, já a cumpri. Agora, o vovô tem só o direito de ‘estragar’ os netos.

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