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IFSul promove amanhã 8ª edição do Culturando

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Culturando começou a ser desenvolvido com trabalhos apenas de linguagens e agora abrange outras áreas. (Foto: Reverberando/Divulgação)

O Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul) de Venâncio Aires promove amanhã, a partir das 19h, o 8° Culturando. O evento reúne os trabalhos desenvolvidos em sala de aula nas mais diversas disciplinas, nas áreas do teatro, dança, música, literatura, línguas estrangeiras e educação física. A proposta é aberta para a comunidade escolar.

Segundo a professora Tânia Winch Lisboa, o evento tem como objetivo divulgar os trabalhos produzidos em diferentes disciplinas. A proposta, conforme ela, existe desde 2013, quando foi criada para a área de linguagens. No entanto, há quatro anos outras disciplinas integraram-se ao Culturando. “Essa é uma oportunidade para trazer as famílias, além dos momentos de reunião e entrega de boletins”, comenta.

De acordo com a organizadora do evento, nesta edição serão cerca de 20 trabalhos apresentados em três horas. Antes de cada trabalho, os professores realizam uma contextualização da atividade que gerou tal resultado. A proposta é diversificada e varia desde a leitura de um texto, apresentação de músicas ou de ginástica rítmica. “É gratificante poder ver a apresentação desses trabalhos e ainda contar com a participação das famílias”, diz.

Trabalho do Grupo do Leite é tema de seminário regional

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Diego Barden dos Santos abordou o tema 'Manejo nutricional de bovinos de leite. (Foto: Carina Cavalheiro/AI Emater)

Discutir assuntos pertinentes à cadeia produtiva do leite no município e proporcionar o intercâmbio e a troca de experiências entre os produtores motivaram a criação, em agosto de 2015, do Grupo do Leite de Venâncio Aires, que tem o acompanhamento técnico do engenheiro agrícola do escritório municipal da EmaterRS-Ascar, Diego Barden dos Santos.

Com a implementação do grupo, Santos desenvolve junto a alguns produtores, o trabalho do ‘Programa de dieta para vacas em lactação’, e os resultados foram apresentados durante o 3º Seminário Regional de Bovinocultura de Leite do Vale do Rio Pardo, ocorrido durante na última quinta-feira, 27, no Salão São Miguel, na localidade de Pitigal, no municípío de Passa Sete.

Santos falou sobre o ‘Manejo nutricional de bovinos de leite’, apresentando os resultados obtidos pelos produtores que fazem a dieta nas suas propriedades. “Estes produtores tiveram um crescimento considerável na sua produção, se comparada aos demais que ainda não adotaram a dieta”, frisou.

Segundo Santos, com o investimento em pastagens, em especial as perenes, a produção de leite do município apresentou um crescimento, em quatro anos, de 119%. “Com a dieta alimentar, o custo de produção passou de R$ 0,58 por litro para R$ 0,47”, salientou. Ainda segundo o extensionista, “o trabalho não é só garantir a produção de leite, mas também a saúde e a reprodução dos animais.”

Lucro não é só quando o mercado aumenta o valor pago pelo litro do leite, mas também quando conseguimos reduzir o custo de produção.”

DIEGO BARDEN DOS SANTOS

Engenheiro agrícola da Emater/RS-Ascar

Saiba mais

Como produzir leite com eficiência foi o tema do Seminário Regional de Bovinocultura de Leite do Vale do Rio Pardo. O evento, em sua terceira edição, reuniu mais de 260 pessoas que acompanharam durante o dia diversas palestras que abordaram desde o manejo alimentar do rebanho até doenças e custos de produção.

A atividade foi promovida pela Emater/RS-Ascar, com patrocínio da Cotriel, Sicredi, Afubra, Banrisul, Languiru e Sindilat e apoio da Seapdr, Prefeitura de Passa Sete, Tortuga e Arranjo Produtivo Local de Agroindústrias e Alimentos do Vale do Rio Pardo.

JCI de Venâncio instala bicicletários em novos pontos

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Além dos pontos tradicionais, dois novos bicicletários foram instalados próximo ao Posto de Saúde Central e ao INSS. (Foto: Cristiano Wildner)

Com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento da mobilidade urbana e o meio ambiente em Venâncio Aires, a Junior Chamber Internacional (JCI) desenvolveu, em 2017, projeto que instalou bicicletários em pontos estratégicos da cidade.

Desde então, quem utiliza a bicicleta encontra pontos para deixar seu meio de transporte enquanto realiza suas tarefas. Eles possuem quase o tamanho de um carro e ocupam apenas uma vaga de estacionamento, oferecendo espaço para oito bicicletas.

Segundo a coordenadora do projeto ‘Bicicletário’ e secretária do clube, Fernanda Schwertner, ao todo estão sendo disponibilizados quatro pontos à população. Além dos já tradicionais – em frente ao Hospital São Sebastião Mártir, na rua Tiradentes, e ao lado da Biblioteca Pública Caá Yari -, foram instalados bicicletários em frente ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), na Jacob Becker, e em frente ao Posto de Saúde Central, na rua Reinaldo Schmaedecke, quase esquina com a Visconde do Rio Branco.

Ela explica que a escolha dos pontos para instalação é de acordo com o fluxo de pessoas. “Fizemos a proposta e enviamos ao Município para aprovação e autorização da instalação naqueles locais”, completa. Com o sinal positivo da Administração, a entidade busca patrocinadores e apoiadores para a iniciativa. No momento, os bicicletários já estão nos novos locais e aguardam para a colocação da lona que leva o nome do projeto e dos apoiadores.

VANTAGENS

1 Os bicicletários auxiliam na mobilidade urbana e contribuem para o meio ambiente, além de incentivar, cada vez mais, o uso da bicicleta.

2 Com a utilização de mais bicicletas, o número de carros e, consequentemente, os engarrafamentos diminuem.

3 Com a utilização da bicicleta é evitada a emissão do CO², melhorando a saúde das pessoas e reduzindo a poluição na cidade.

Dia do Bombeiro: marcas que não se apagam

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Atual prédio dos bombeiros de Venâncio Aires (Foto: arquivo pessoal)

Quando a sirene toca, o coração começa a bater mais forte. Chega o momento da equipe da 2ª Companhia do Corpo de Bombeiros de Venâncio Aires entrar em ação. A roupa de aproximação e os equipamentos que serão utilizados na ocorrência já ficam separados no dia anterior para facilitar na agilidade do serviço. Nesta hora, todos sabem que o tempo é precioso e cada minuto pode ser o bastante para salvar uma vida.

Para o sargento Erasmo Pinto Robalo, 50 anos, esta realidade já faz parte da rotina há 28 anos – ele é um dos profissionais que atua mais tempo no Corpo de Bombeiros de Venâncio Aires, que atua desde dezembro de 1987. Das quase três décadas na corporação, de todas as ocorrências, a primeira foi a mais marcante. “Quando a gente se forma, quer logo entrar em ação para saber como tudo funciona”, afirma Robalo.

Ao ser escalado, ele jamais imaginava o que iria encontrar pelo caminho. O primeiro atendimento de Robalo foi em um acidente na RSC-287, próximo da ponte do Rio Taquari. A ocorrência foi durante a noite e a pista ainda estava molhada em decorrência da chuva. O carro, que ia em direção a Porto Alegre, saiu da pista e capotou. Duas pessoas envolvidas no acidente faleceram na hora. “Tivemos muita dificuldade para retirá-los das ferragens”, recorda com tristeza.

Outra ocorrência que marcou Robalo, foi durante um incêndio na Rubra Refrigeração, onde hoje está instalado o Supermercado Lenz, da Tiradentes. Era madrugada e Robalo estava em casa quando ouviu a sirene dos bombeiros.

Assim que percebeu a movimentação do segundo veículo, logo se deslocou para a sede dos bombeiros. “O procedimento é este: quando dois veículos se deslocam até o local, já sabemos que a ocorrência é relevante. Neste caso, os plantonistas são acionados para dar apoio”, explica. “Desta vez, trabalhamos durante horas para conter o fogo e tivemos que chamar apoio da equipe de Santa Cruz do Sul”, conta.

O incêndio em um dos pavilhões da Venax também foi algo marcante. Segundo ele, as empresas também têm um plano de auxílio e, em situações mais graves, a maioria se mobiliza para ajudar. “Quando ocorreu o incêndio na Venax, a Alliance One armou uma linha de mangueiras, para chegar até lá, para conter o fogo”, comenta.

O bombeiro ressalta que o trabalho em equipe é fundamental na profissão. Em alguns casos, os militares precisam fazer um revezamento, até que a situação seja resolvida. “Há um tempo, queimou um pavilhão de fumo na Dimon do Brasil, onde hoje está localizada a Alliance One. O incêndio aconteceu durante a madrugada e tivemos que revezar entre os colegas para conter as chamas”, salienta.

INCÊNDIOS E ACIDENTES

O sargento Lisonir da Silva, 52 anos, bombeiro desde 1989, esteve ao lado Robalo na maioria das ocorrências. Uma das mais marcantes em que os dois militares trabalhavam em equipe foi durante um acidente de trânsito na RSC-287, envolvendo um micro-ônibus e um caminhão.

“Foi um verdadeiro cenário de guerra. Lembro que o micro-ônibus ia de Sobradinho a Porto Alegre para levar pacientes para uma consulta médica. Foram registrados oito óbitos no local e, em média, 15 pessoas ficaram feridas com gravidade”, recorda Silva.

De acordo com ele, os bombeiros trabalharam no resgate das 6h até o meio-dia. “Este acidente marcou muito para nós, pela característica e número de óbitos”, destaca. “Os incêndios com vítimas a gente sempre lembra, principalmente envolvendo crianças carbonizadas ou envolvidas em acidentes de trânsito”, complementa Robalo.

Uma das situações mais graves de incêndio lembradas por Silva ocorreu no bairro União. “Fomos acionados para conter o fogo na casa. Lembro que mãe e filha se trancaram no banheiro para se proteger do fogo e, infelizmente as duas faleceram. Uma delas, apresentou sérias queimaduras pelo corpo”, relembra Silva.

Sargentos Erasmo Robalo e Lisonir da Silva atuam na corporação há quase 30 anos (Foto:Taiane Kussler)

Equipamentos melhores, equipe reduzida: as mudanças em 30 anos

Nas últimas três décadas, muitas coisas mudaram na corporação. Logo que assumiu o cargo, o sargento Erasmo Pinto Robalo recorda que, na época, se utilizava moto esmeril, cunha hidráulica e alavancas para fazer o resgate.

Já o sargento Lisonir da Silva observa que, no início, os bombeiros não usavam roupas de aproximação (uniforme) adequadas. “Usávamos uma capa, que se parecia com tecido de lona, feita de material sem proteção contra o fogo.”

Eles recordam que, os equipamentos também eram bem pesados. “Até hoje, os equipamentos possuem um peso considerável, que equivale à metade do nosso peso”, afirma Robalo. De acordo com ele, para equipar um bombeiro com o básico, por exemplo, com calça, capa, capacete e luva se gasta em torno de R$ 10 mil. “Somando os equipamentos de cilindro de ar comprimido e máscara, a farda completa de um bombeiro atinge cerca de R$ 20 mil”, comenta.

Em relação à frota, inicialmente, a corporação contava com apenas um caminhão para realizar as ocorrências – utilizado até hoje pelos bombeiros. Atualmente, a 2ª Companhia dos Bombeiros conta com três viaturas de combate à incêndio, uma viatura de resgate, duas viaturas administrativas e uma caminhonete para atividades de Defesa Civil.

Em contrapartida, o quadro de efetivo era maior, antigamente. “Estima-se que na época o Corpo de Bombeiros contava com cerca de 40 militares, que faziam parte da Seção de Combate a Incêndio. Hoje, 24 compõem o quadro efetivo da 2ª Companhia de Bombeiros, sendo duas mulheres”, comenta Robalo. O número foi reduzido devido à reformulação do Corpo de Bombeiros e questões financeiras. Em contrapartida, no decorrer dos anos, o Corpo de Bombeiros evoluiu de pelotão – Seção de Combate a Incêndio – à 2ª Companhia de Bombeiros.

O prédio

– A sede do Corpo de Bombeiros foi inaugurada em 30 de dezembro de 1987 e permanece no mesmo local, na rua Jacob Becker, na esquina com a Emílio Selbach.

– Encabeçada pelo jornalista Wilson Weschenfelder, a construção do prédio do Corpo de Bombeiros mobilizou entidades e a comunidade venâncio-airense, na década de 1980. O prédio possibilitou a instalação dos bombeiros no município, já que, até então, a cidade era atendida por corporações de outros municípios.

– Em 2006, ocorreu a primeira reforma e ampliação de 80 metros quadrados. No ano passado, foi realizada mais uma reforma e ampliação de mais 80 metros quadrados.

Área escolhida para sediar o prédio do Corpo de Bombeiros, na rua Jacob Becker; instalações inauguradas em 1987; e prédio atual, após a reforma e ampliação, em 2018 (Foto: arquivo pessoal)
Prédio dos bombeiros antes de passar por reformas (Foto: arquivo pessoal)

À memória da família e da cultura

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Amélia e Clóvis utilizam o lugar para leituras, pesquisas, trabalho e reuniões familiares. (Foto: Débora Kist)

Qualquer venâncio-airense, criado ou não no interior, sabe que uma estufa de tabaco (ou forno de fumo como é chamado pela maioria) pode ser usada para várias coisas quando é desativada. Como depósito de ferramentas, para estocar lenha, adubo e até virar criadouro de animais.

Mas, se contarmos que existe uma, totalmente remodelada e transformada em biblioteca/museu, você acreditaria? Sem nunca ter visto nada parecido, esta repórter também duvidava do que poderia encontrar e, confessa, foi uma surpresa.

Do lado de fora, um forno tradicional, que não dá indicativos do que guarda dentro dele. (Foto: Débora Kist)

Esse lugar inusitado fica em Vila Palanque, a cerca de oito quilômetros do centro de Venâncio Aires, no Sítio da Luz, de propriedade do casal Schwertner. É lá que a Amélia e o Clóvis mantêm um espaço especial, dedicado à memória da família e da cultura.

Do lado de fora, é uma estufa de tabaco tradicional, com sua porta de madeira, varanda e tijolos à vista, sem reboco. Mas, ao entrar, não há a costumeira escuridão, nem fornalha, canos de alumínio ou chão batido. O cenário é completamente outro.

Piso de cerâmica, luminárias, tapetes e até um banheiro. Para ter certeza de que o espaço já foi um forno é preciso olhar para cima. As toras de madeira usadas anteriormente para sustentar as varas de tabaco seguem lá, mas a primeira fileira agora serve de base para prateleiras de livros. Parte da antiga fornalha foi derrubada e virou uma grande lareira.

LIVROS
Ocupando toda a extensão de uma das paredes, armários antigos comportam cerca de dois mil livros com ‘um pouco de tudo’. Medicina, Artes, Pintura, História, Geografia, Ecologia, Agricultura, Arquitetura, Literatura em geral e até enciclopédias. É uma biblioteca completa, mas, os próprios donos reconhecem, ainda precisa de um bibliotecário para catalogar e colocar tudo em ordem.

“Na nossa vida, onde moramos, sempre tinha que ter um espaço para a biblioteca. E como na nossa casa não era possível, pensamos no forno, que curiosamente era mais seco”, revela Amélia Simões Schwertner, 70 anos.

Ela e o marido Clóvis Schwertner, também com 70 anos [atual secretário municipal de Meio Ambiente], se autointitulam “dois ratos de biblioteca”. O gosto por livros, merecia, então, um lugar especial, pensado logo depois de se mudarem para o sítio, há cerca de seis anos. “Aqui também acaba sendo um local de trabalho e para pesquisa. A gente encontra de tudo”, conta o engenheiro agrônomo.

Homenagem ao pai Affonso Neto

Hoje aposentada, Amélia atuou durante anos como arquiteta fazendo planejamentos urbanos e planos diretores para prefeituras gaúchas, além de dar aula em universidades do estado. Mas, nos últimos anos, a dedicação foi pensar nessa biblioteca/museu.

Parte desse carinho e zelo também está no nome do local, pintado, de maneira simples mas delicada, em um pano de prato, pendurado à porta. É chamada de Diógenes, nomenclatura maçom do pai dela, Affonso Simões Pires Neto. “Diógenes foi o filósofo grego que andava em Atenas, com uma lanterna em mãos, à procura da verdade e de homens honestos”, explica Amélia.

Ela não esconde orgulho do pai, falecido em 1978, aos 56 anos. Muitos livros, aliás, eram dele, que foi médico cirurgião em Porto Alegre. Também do homenageado, a biblioteca/museu conta com a escrivaninha, adquirida nos anos 1940, e a lâmpada de mesa. “Lembro de criança ver meu pai debruçado em estudos e anotações.”

Amélia destaca que tudo dentro da ‘ex-estufa’ tem uma história. “Cada objeto tem importância e uma lembrança especial de momentos que vivemos. É para guardar a memória da família, claro, mas para que se respire cultura também. Olha quanto conhecimento!”, exclama, apontando para os armários e prateleiras.

Também nas paredes, dezenas de fotos de antepassados, troféus, medalhas, certificados e diplomas.

Amélia em frente à escrivaninha que foi do pai, o médico Affonso, e o qual gera muitas lembranças no local. (Foto: Débora Kist)

VISITAS

Com tanta história e cultura guardadas dentro da antiga estufa, os Schwertner dizem que não é algo fechado e que visitas são bem-vindas. Em certa oportunidade, até uma turma de estudantes foi conhecer o lugar. “Se alguém quiser conhecer, pode vir, sem problemas. É só combinar”, afirma Amélia. Para tanto, o casal disponibilizou um contato: 3793-0283.

RELÍQUIAS

Dom Quixote e Sancho Pança, personagens de Miguel de Cervantes, um dos autores favoritos de Amélia. (Foto: Débora Kist)

1 Como mencionado por Amélia, cada objeto dentro da biblioteca/museu Diógenes tem uma história. Entre seus objetos favoritos, ela mostra uma pequena estatueta de Dom Quixote e Sancho Pança, presente trazido pelo filho Marco Antônio, quando esteve na Espanha. Os personagens icônicos foram criados por Miguel de Cervantes, um dos autores favoritos dela.

2 Outro item importante está em meio aos milhares de livros. Uma edição de O Presidente Negro, uma das obras ‘adultas’ de Monteiro Lobato, escrita na década de 1920. Ainda assim, Amélia revela que as obras favoritas dela integram as coleções infantis do autor, as quais foram doadas.

3 No centro da biblioteca, para se sentarem confortavelmente próximo à lareira, há duas cadeiras de balanço. Uma delas com quase 40 anos, quando nasceu o filho do casal Schwertner, Marco Antônio. A outra, foi o presente de 60 anos de Amélia para a mãe Paula da Luz Simões Pires. É por causa da família da mãe, que as terras em Vila Palanque receberam o nome de Sítio da Luz.

Brigada mantém as buscas aos assaltantes do Sicredi de Monte Alverne

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Barreiras mantidas e buscas seguem com apoio do helicóptero. (Foto: Alvaro Pegoraro)

A Brigada Militar mantém o cerco à quadrilha que assaltou, por volta das 12h30min de segunda-feira, a agência do banco Sicredi da localidade de Linha Monte ALverne, distrito de Santa Cruz do Sul. As barreiras estão concentradas na região de Linha Arroio Grande e Centro Linha Brasil, onde um suspeito foi visto tentando abordar a condutora de um automóvel. Mas o tenente coronel Moresco garante que há patrulhas em toda a região.

O ASSALTO

Faltavam alguns minutos para o meio-dia de ontem quando um morador de Linha Arroio Grande viu três veículos estranhos passarem em frente à sua casa. Ele nem imaginava que dentro deles estavam os integrantes da quadrilha que seguia para Linha Monte Alverne, distrito de Santa Cruz do Sul, onde assaltaram a agência do Sicredi. “Achei que era até da Prefeitura e que poderiam estar olhando as estradas. Mas depois soube que eram os assaltantes”, disse o agricultor.

O homem, que pediu para não ser identificado, mencionou que preparava o almoço e, naquele momento, estava em frente à residência, tomando um copo de vinho, quando os veículos passaram. “Não sei as marcas, mas era um bordô, um vermelho e um azul escuro, grande”, explicou.

O bando foi a Monte Alverne só com o Ônix bordô. Eles usaram pessoas para fazer um cordão humano em frente à agência, que foi invadida depois de ter os vidros quebrados a tiros. “Tem marcas de tiros nas paredes e em alguns carros”, comentou Mauri Frantz, subprefeito de Monte Alverne.

Foi roubado o dinheiro dos caixas, mas o valor não foi informado. Duas pessoas foram levadas como reféns, mas libertadas na saída da localidade. Outras três ficaram levemente feridas, devido aos estilhaços dos vidros.

Na fuga, o Ônix foi atravessado e incendiado sobre a ponte do Arroio Castelhano, em Monte Alverne, impedindo a passagens de veículos. Pouco depois, os assaltantes abordaram o padre Irineu Sehnem, que reside em Venâncio e seguia com seu Gol em direção a Monte Alverne. O bando estava ao lado de um Fiesta vermelho, com placas de Porto Alegre, mas tinham perdido as chaves deste veículo.

O padre foi obrigado a sair do carro e viu os ladrões fugirem. O Gol foi abandonado logo em seguida, em Linha Antão. A fuga seguiu no carro azul escuro, que, provavelmente, é um Volkswagen Virtus.

HELICÓPTERO
O tenente coronel Moresco chegava na sede do 23º Batalhão de Polícia Militar (23º BPM), para uma reunião de oficiais, quando foi informado do roubo ao banco. “Nem entrei no prédio, já nos organizamos e saímos para atender a ocorrência”, revelou. O comandante do 23º BPM explicou que não há mais um grupamento naquele distrito, como havia anos atrás, mas garantiu que o policiamento é feito diariamente. “No instante do assalto havia uma patrulha se deslocando para lá, mas estava a uns 15 minutos de distância quando o bando fugiu”, explicou.

Todas as Companhias da região foram mobilizadas e 22 patrulhas deslocadas a Venâncio Aires e arredores, para onde o bando fugiu. Foi feito um cerco, inclusive com apoio de um helicóptero da BM.

ARROIO GRANDE
Ontem à tarde, um morador de Linha Arroio Grande disse ter visto um desconhecido tentar abordar uma mulher, que passava de carro pela ERS-422. A mulher não parou e, segundo o informante, o indivíduo fugiu para a mata. “Não podemos afirmar, mas ao que tudo indica é um dos assaltantes, tentando fugir”, observou o tenente coronel Moresco.

As guarnições foram para aquela região, onde o helicóptero fez sobrevoos. Todos os veículos eram abordados e, por precaução, tinham os porta-malas abertos. Ônibus também eram parados para que os brigadianos conferissem quem estava em seu interior.

O tenente coronel Moresco, que comanda a ação, garantiu que o cerco será mantido. “Ficaremos aqui e se porventura venha a acontecer um confronto, agiremos da melhor maneira possível, conforme nos é permitido nestas situações”, disse.

Privatizações modernizam a máquina pública gaúcha, avalia Leite

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(Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini)

Para o governador Eduardo Leite, as privatizações da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), da Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e da Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) “se conectam num sentido de modernização da máquina pública gaúcha”. Ele rememorou que, no passado, o poder público precisou assumir o processo de investir na matriz energética do Estado.

No entanto, os tempos mudaram. “O Estado tem uma lógica muito engessada, burocratizada, que dificulta a modernização dessas empresas na agilidade dos tempos atuais”, avalia. Leite projeta que a modernização e a qualificação dos serviços prestados por essas empresas atrairão mais investimentos para os gaúchos.

Outro ponto destacado pelo governador na entrevista realizada no Palácio Piratini se refere ao quadro de recuperação fiscal do Estado. “Não é segredo que o Rio Grande Sul tem uma grande dificuldade nas contas públicas”, lembrou. “Isso precisa ser ajustado para voltarmos a pagar em dia os salários dos servidores e os compromissos com os nossos fornecedores.”

Leite garantiu que “as privatizações têm condições de gerar investimentos”. Também destacou que desestatizar uma empresa de distribuição de energia, como a CEEE, ou de distribuição de gás, como a Sulgás, não significa entregar ao privado para ele fazer o que quiser. “Os serviços se mantêm públicos, só que serão operados pela iniciativa privada”, resumiu, ressaltando que o investimento em infraestrutura gera empregos e ICMS para o Estado.

Ao resumir o processo em curso, o governador garantiu que as empresas não serão vendidas para aumentar gastos do presente: “O que queremos é poder resolver o passado”. As privatizações permitirão que o Rio Grande do Sul viabilize a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. “Assim, o Estado dará um curso seguro para a administração das suas contas, superando o quadro da dívida nos próximos anos.”

Governador, em entrevista realizada no Palácio Piratini, explica a importância das privatizações da CEEE, da CRM e da Sulgás. (Foto: Secom/Divulgação)

Por que privatizar a CEEE, a CRM e a Sulgás?

Eduardo Leite – Nós temos razões diferentes, mas que se conectam num sentido de modernização da máquina pública gaúcha. Em um determinado momento, foi importante o Estado tomar a iniciativa de liderar o processo de investimentos nessas áreas vinculadas à matriz energética. Porém, os tempos mudaram. O Estado tem uma lógica muito engessada, burocratizada, que dificulta a modernização dessas empresas na agilidade dos tempos atuais.

Esses setores não podem ser lentos porque nós estamos falando de fornecimento de energia elétrica e de gás e também de uma empresa de mineração que não faz sentido estar nas mãos do Estado. Entendemos que esses setores, nas mãos da iniciativa privada, terão mais condições de agilidade e de modernização na prestação de serviços qualificados à população.

Isso vai atrair investimentos. Energia é fator determinante para uma empresa tomar a decisão de se instalar ou não no Estado. Não trazemos empresas e nem geramos empregos por decreto. Precisamos convencer o empresário a estar aqui. Além disso, tem um ponto importante que é o quadro de recuperação fiscal do Estado. Não é segredo que o Rio Grande Sul tem uma grande dificuldade nas contas públicas. Isso precisa ser ajustado para voltarmos a pagar em dia os salários dos servidores e os compromissos com os nossos fornecedores.

Esses atrasos geram custos maiores ao Estado. Portanto, as privatizações serão importantes para que o Estado possa aderir ao Regime de Recuperação Fiscal do governo federal. Com isso, teremos a condição de postergar o pagamento da dívida com a União por três anos, prorrogável por mais três, e ainda acessar novos créditos para viabilizar investimentos no Rio Grande do Sul.

O caminho começa com a votação dos projetos na Assembleia Legislativa, que deve ser em breve. Depois dessa etapa, quanto tempo levará até a concretização das privatizações?

Leite – A Assembleia Legislativa tem sido muito parceira. Com responsabilidade, os nossos deputados estaduais têm travado uma boa discussão sobre o assunto. Eles foram importantes quando debatemos abrir mão da exigência de um plebiscito para a venda de estatais, algo que nós entendíamos não ser razoável. A população se manifestou nas urnas, e a Assembleia tem uma autoridade, uma legitimidade para tomar essa decisão. Uma vez que seja tomada uma decisão autorizando a venda dessas estatais, nós passaremos à etapa de realização do valuation, como é conhecido o processo de atribuição de valor a uma empresa. O BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] está cooperando conosco a partir de um acordo estabelecido, em que haverá um levantamento dos passivos trabalhistas das empresas para poder estruturar a modelagem da venda. É um processo complexo que deve levar pelos menos um ano.

Existe uma estimativa de valor da CEEE, da CRM e da Sulgás?

Leite – Temos uma expectativa, mas não vamos antecipar essa atribuição de valor. Porque, se estabelecermos um valor muito baixo, isso pode acabar fazendo com que o Estado venda por menos do que vale. E, se estabelecer um valor muito alto, podemos afugentar interessados e perder o processo todo. O valor será atribuído dentro de um processo complexo, responsável, feito com o apoio técnico do BNDES.

Qual será o destino do valor arrecadado com a possível venda das três estatais?

Leite – As privatizações têm condições de gerar investimentos. Quando você estabelece a privatização de uma empresa de distribuição de energia, como a CEEE, ou de distribuição de gás, como a Sulgás, não estamos entregando ao privado para ele fazer o que quiser. Os serviços se mantêm públicos, só que serão operados pela iniciativa privada. Então o poder público tem o poder de regulação, de estabelecer as metas de operação dos serviços, exigindo investimentos. Por exemplo, a construção de novas tubulações na distribuição de gás e de novas estações de energia.

Todo esse investimento em infraestrutura gera empregos. A CEEE vai voltar a pagar o ICMS com regularidade. Porque, infelizmente, a companhia não consegue pagar quase R$ 1 bilhão que deveriam entrar nos cofres públicos. O Estado tem um passivo, um passado que precisa ser resolvido, então é muito importante dizer que existe uma confusão entre custeio e quitar passivos.

Nós não venderemos empresas para cobrir gastos do presente, o simples custeio da máquina pública. Isso foi feito no passado, quando o Estado sacou dinheiro dos depósitos judiciais e aumentou despesas permanentes em diversas frentes. Nesses casos, o governo usou um recurso finito para sustentar despesas permanentes, e isso nós não faremos. O que queremos é poder resolver o passado. Seria uma irresponsabilidade abrirmos novas frentes de trabalho do Estado sem resolver um passado que ficou pendurado. Estamos buscando regularizar isso, por exemplo, fazendo repasses aos hospitais e municípios.

Uma das principais dúvidas da população é quanto ao futuro dos trabalhadores. Existe alguma previsão de auxílio ou suporte aos funcionários das empresas?

Leite – Milhares de pessoas estão vinculadas às empresas e, naturalmente, qualquer mudança gera apreensão e expectativa. Por isso já tomamos algumas providências. Em primeiro lugar, é importante dizer que privatização não é extinção das empresas. Elas continuam existindo. O que muda é o dono, que passa a ser da iniciativa privada. Não há dúvida que aumentará o número de empregos. Aumentará o volume de vagas em função dos investimentos que serão necessários para a modernização dos serviços.

Em segundo lugar, a maior parte dos funcionários naturalmente será aproveitada devido aos próprios méritos, ou seja, não precisam de leis defendendo estabilidade porque os próprios méritos farão com que sejam fundamentais. É evidente que um novo operador privado optará por colaboradores que conhecem os assuntos. E, nesse caos, quem mais conhece as empresas é justamente quem está lá há mais tempo.

Em terceiro lugar, para que possamos reduzir essa apreensão, nós já estabelecemos negociações com sindicatos, para viabilizar estabilidade no emprego durante os seis primeiros meses dessas empresas sob o comando da iniciativa privada. Isso significa que, uma vez transferido o controle da empresa, ainda será assegurado mais seis meses para que os funcionários possam ter segurança. Antes disso, teremos pelo menos um ano ainda na estruturação das privatizações.

Qual é a expectativa para a apreciação dos projetos na Assembleia Legislativa?

Leite – Estou muito otimista. Os deputados têm exercido as suas atribuições com muita responsabilidade. Naturalmente fazem perguntas, querem saber mais detalhes dos projetos. Nós os ouvimos e estamos nos esforçando para apresentar a proposta da forma mais clara possível. Inclusive, lançamos uma cartilha na qual apresentamos as razões para as privatizações, esclarecendo algumas perguntas feitas por deputados.

Com as privatizações, vamos fazer o Rio Grande do Sul viabilizar a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. Assim, o Estado dará um curso seguro para a administração das suas contas, superando o quadro da dívida nos próximos anos. Além disso, nós vamos viabilizar investimentos com a parceria do setor privado. O Estado foi forjado com mão de obra privada. Por todo o lado, há empreendedorismo, pioneirismo e vocação para o trabalho. O povo gaúcho gosta de trabalhar e não de depender do Estado. Com garantia de energia e fornecimento de gás de qualidade, o Rio Grande do Sul só tem a ganhar.

Previsões do horóscopo para 2 de julho

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Horóscopo
Confira o que diz a previsão do horóscopo para esta terça-feira (Foto: Reprodução)

ÁRIES
Você vai se comunicar melhor no trabalho. Terá foco para se sair bem em testes e concursos. Saberá dar o primeiro passo na paquera. No romance, terá orgulho do seu par. Cor: branco.

TOURO
Terá firmeza para fazer valer suas decisões. No trabalho, vai mostrar sua solidariedade. É possível que ganhe dinheiro fazendo atividades extras. Paquera e romance vão merecer mais diálogo. Cor: preto.

GÊMEOS
Você saberá resolver questões desafiadoras graças à sua criatividade, mas procure ter mais paciência no seu serviço e aceitar as mudanças. No romance, não exagere nas cobranças. Cor: azul-claro.

CÂNCER
A Lua deixará você mais sensível e poderá se magoar por qualquer motivo. Procure não se aborrecer com colegas de profissão ou viagens a trabalho. Na conquista, não pressione tanto o seu alvo. Cor: lilás.

LEÃO
Terá boas ideias no emprego. Talvez tome decisão ligada a qualidade de vida. Se pintar sorteio, participe: a sorte estará ao seu lado! Nos assuntos do coração, terá tranquilidade. Cor: vermelho.

VIRGEM
Vai saber encarar as mudanças no trabalho. Emoções junto aos amigos. Cuidado com desentendimento com parente de outra cidade. Se possível, adie decisões sobre o romance. Cor: vermelho.

LIBRA
Precisará manter o foco no trabalho. Pode se sacrificar pela equipe. Responsabilidade com seu lar dará sensação de renovação. Dará bastante importância à parceria na relação a dois. Cor: vermelho.

ESCORPIÃO
Procure não gastar mais do que tem. Irá se posicionar com seriedade e compromisso nas conversas. Impaciência com os colegas de trabalho. Pode se iludir na conquista e se chatear. Cor: branco.

SAGITÁRIO
Pode querer mudanças rápidas na equipe de trabalho. Busque uma melhor forma de administrar a sua grana. Se você está só, chance de se envolver em uma paixão à primeira vista. Cor: roxo.

CAPRICÓRNIO
Saberá administrar seu tempo e dificilmente deixará tarefas para cumprir depois. Boas chances nas entrevistas de trabalho. Surpresas nos assuntos de paquera e romance. Cor: marrom.

AQUÁRIO
Atenção com dinheiro fácil, não assine nada sem ler. Terá boas ideias para se sair bem fazendo extras de trabalho. Na união, pode sentir que estão em uma fase muito importante. Cor: amarelo.

PEIXES
Chance de se recuperar de qualquer desavença. Evite enrolar uma ida ao médico. Precisará acreditar no seu potencial para as coisas fluírem. Terá coragem para se abrir no namoro. Cor: rosa.

Os 25 anos do Plano Real

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Ontem, 1º de julho, completou 25 anos o Plano Real, quando entraram em circulação as notas do Real substituindo o Cruzeiro Real e a hiperinflação, que chegou a ser de 6.800% em 12 meses no início dos anos 90.

Com o vice Itamar Franco (PMDB) assumindo a Presidência, depois do impeachment de Fernando Collor (PRN) liderado pelo PT, e Fernando Henrique Cardoso como Ministro da Fazenda, foi criado um plano para estabilizar a inflação e fazer o país crescer. Em março de 1994 o Cruzeiro Real passou a ser cotado em Unidade de Referência de Valor (URV), para em 1° de julho trocar a moeda. Um Real equivalia a uma URV, que era de 2.750,00 cruzeiros reais. Além disso o Real foi igualado ao Dólar americano. Lembro que poucos acreditavam que isso fosse possível.

E o Plano Real salvou o país, elegeu e reelegeu Fernando Henrique Cardoso Presidente, com um Brasil nos eixos novamente, crescendo. Em 2002 Lula venceu a eleição e recebeu um país com dinheiro e embalado. Lula soube distribuir renda e investir, mas não soube evitar que se instalasse a maior roubalheira já registrada na história, como veio mostrar a Lava Jato. Em 2010 se elegeu Dilma e o país seguia crescendo, mas em 2014 começou a despencar, por incompetência do governo.

Lembro de abril de 2014, quando o Brasil dava sinais de que o Plano Real precisava ser revitalizado, vi Lula discursar em Brasília e ele deixava claro que o PT não sabia o que fazer. E tudo ruiu.

Hoje vivemos nova tentativa de recolocar o país nos eixos, ainda sobre o Plano Real. E as reformas da Previdência e Tributária são apontadas como caminhos para alinhar novamente. São necessárias e incluindo todos, mas penso que é preciso mais do que isso. Torço para que aconteça.

 

Notinhas

* Reportagem sobre os seis meses de governo do prefeito Giovane Wickert (PSB) em 2019, sai na edição de amanhã. Ele completa dois anos e meio de governo. Tem mais um ano e meio pela frente e muitos projetos para tocar.

* Assembleia vota hoje proposta do governador Eduardo Leite (PSDB) para venda das estatais CEEE, CRM e Sulgás. Expectativa de aprovação.

* Soube ontem que a 15ª Fenachim, realizada em maio, se pagou e ainda terá em torno de R$ 50 mil de lucro. Falta receber alguns patrocínios e pagar algumas contas para ser apresentado o balanço final, de forma oficial. Uma ótima notícia.

* O domingo foi de manifestações no país em apoio ao Ministro Sergio Moro e a Lava Jato, que estão sendo atacados a partir de mensagens hackeadas de forma criminosa e divulgadas pelo site Intercpept.

* Brasil e Argentina fazem a primeira semifinal da Copa América hoje às 21h30min no Mineirão. Amanhã, na Arena do Grêmio, tem Chile x Peru na outra semifinal, no mesmo horário.

 

Do Twitter

  • UOL: Moro vai à Câmara amanhã explicar conversas com membros da Lava Jato.
  • O Globo: Manifestantes se reúnem em atos de apoio ao ministro Moro, à Lava Jato e ao governo Bolsonaro.

* Estadão: Sul é a região mais fiel ao presidente Bolsonaro.

* Agência Brasil: Bolsonaro comemora acordo do Mercosul com a União Europeia.

Folha S. Paulo: Após chegada tensa ao Japão, Bolsonaro deixa G20 comemorando acordo com a UE.

* Sergio Moro: Eu vejo, eu ouço, eu agradeço. Sempre agi com correção como juiz e agora como Ministro. Aceitei o convite para o MJSP para consolidar os avanços anticorrupção e combater o crime organizado e os crimes violentos. Essa é a missão. Muito a fazer.

* Ernesto Araújo: Durante 20 anos o Brasil tentou chegar lá sendo um aluno aplicado na escola do globalismo. Não deu. O Brasil que agora fala e atua a partir da sua própria identidade e seus ideais está conseguindo. O Acordo Mercosul-UE o comprova.

Uninter está com inscrições abertas para cursos EAD

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Consultor de negócios do Grupo Uninter em Curitiba, André Macedo, esteve em Venâncio Aires para conhecer o polo local. (Foto: Daiana Nervo/Divulgação)

O Centro Universitário Uninter está com matrículas abertas para novo processo de ingresso de alunos que desejam cursar graduação e pós-graduação na modalidade EAD. A faculdade oferece vagas em mais 90 cursos, com início das aulas no dia 15 de julho. O período de inscrições já está aberto e segue até dia 24.

Na última semana, o consultor de negócios do Grupo Uninter em Curitiba, André Macedo, esteve em Venâncio Aires para conhecer o polo local e realizar treinamento com a equipe. “Estou encantado com o trabalho que vi aqui. A Uninter está muito bem inserida na comunidade, seja através dos projetos sociais desenvolvidos pela associação, como pelas centenas de estudantes e alunos já formados aqui”, destacou o consultor. Macedo revelou ainda que a maior universidade EAD do país também está investindo em novidades e levando aos municípios, como novos cursos de curta duração, além de novos cursos na área de Design.

A gestora local da Uninter, Maria Lucia Costa, destaca para o processo em andamento, as promoções para novos alunos, como a isenção de taxa de matrícula e o curso de inglês gratuito. “Além de ser uma universidade reconhecida e com nota máxima de qualidade pelo MEC, esses diferenciais são realmente atrativos nesse período. Além disso, todo o material didático é gratuito durante o curso e existe a possibilidade de descontos na mensalidade por indicação de novos estudantes”, ressalta a gestora.

Interessados em buscar o sonho da graduação devem procurar o campus local, na rua 15 de Novembro, 1437, portando documento de identidade. O atendimento no local acontece de segunda a sexta-feira, das 10h às 21h. O telefone para mais informações é o 3741-5249. Já a relação completa de cursos a distância oferecidos no município está no site www.uninter.com.br.

Banco guarda memórias da rodoviária velha

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Apesar de ter mudado de local há 36 anos, antiga rodoviária segue sendo ponto de encontro e de referência (Foto: Taiane Kussler)

É comum encontrar pessoas no banco da praça trocando ideias ou relembrando histórias. Na Capital Nacional do Chimarrão, no entanto, o ponto de referência é outro: o banco da rodoviária velha’ localizado na Jacob Becker, entre a Osvaldo Aranha e Júlio de Castilhos.

Já faz 35 anos que a rodoviária mudou de endereço, mas a tradição de sentar no banco de madeira ainda permanece.

Entre as pessoas que circulam no local é comum encontrar alguém falando em alemão ou, que, pelo menos, carregue um sotaque marcado, como o aposentado Erli Köhnlein, 61 anos. O morador de Linha Isabel vem à cidade duas a três vezes ao mês e é comum descansar na rodoviária velha. “Muitas pessoas se reúnem para conversar neste lugar enquanto esperam o ônibus.”

Para a agricultora aposentada, Ilani Felten, 64 anos, o banco da antiga rodoviária é um ponto de referência. “Antes, tinha vários horários de ônibus que iam para o interior, agora isso não existe mais. Sempre venho de táxi quando preciso e aproveito para descansar aqui”, diz a moradora de Centro Linha Brasil.

A rodoviária velha também segue viva na memória de motoristas como Paulo Arlindo Rosa de Lima, o ‘Vinte e um’. O local fazia parte do seu roteiro diário, quando trabalhava como motorista.

“Na época, os ônibus estacionavam paralelo à calçada e, depois, o estacionamento mudou para o oblíquo. A Jacob Becker era de chão batido e depois recebeu paralelepípedo”, relembra ‘Vinte e um’, que já é aposentado, mas ainda trabalha na Viasul.

Segundo ele, várias empresas de transporte intermunicipal circulavam no local, como a Pick, Martins, Albatroz, Expresso Gaúcho e Viasul. Hoje, com 82 anos, alguns detalhes não vêm mais à memória, mas ele observa que os degraus e o piso da Agropecuária Wickert permanecem os mesmos da antiga rodoviária e lembra que, na esquina da Júlio de Castilhos com a Jacob Becker, funcionava o Supermercado Artus – onde hoje está o restaurante Favorito.

LEMBRANÇAS DO CANHOTO

Para o aposentado Plínio Heinen, 80 anos, o ‘Canhoto’, a antiga rodoviária traz recordações da juventude. “Eu e meu irmão íamos comprar carne para o churrasco com uma cesta na mão, no Açougue do Nica. Quando tínhamos tempo, chegávamos na rodoviária para encontrar os amigos.”

Ele lembra que o local era um ponto de chegada e partida de muitos visitantes, tanto do interior quanto de outras cidades, e também era um espaço para “jogar conversa fora”. “Tinha jogos de mini-esnuque, cafezinho e outras bebidas. Eu não utilizava o transporte, mas sempre nos reuníamos lá. Pela manhã eu ia tomar chimarrão das 6h às 8h, e na parte da tarde, uma caipirinha”, conta, sorrindo.

Canhoto foi um dos primeiros comerciantes a instalar uma lotérica próximo à rodoviária. “O local sempre foi bastante movimentado. Hoje, os únicos comércios que ainda se mantêm são a lotérica e a barbearia.”

Canhoto acompanhou as modificações no entorno da rodoviária
(Foto: Taiane Kussler)
Antiga rodoviária fazia parte do roteiro do motorista ‘Vinte e um’ (Foto: Taiane Kussler)

Vidas construídas na Apae

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Maria frequenta a Apae há 16 anos e adora ir às aulas (Foto: Eduarda Wenzel)

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) faz parte da vida de Maria Helena Sterz há 16 anos. Segundo a mãe da menina, Lisete Schwertner Sterz, durante a gravidez, não sabia que a filha teria Síndrome de Down, pois fez apenas uma ecografia e preferiu nem saber o sexo do bebê. Quando Maria nasceu, a mãe ficou sabendo que ela era uma criança especial.

Com apenas dois meses, Maria começou a frequentar a Apae. A mãe comenta que, no início, ela levava a filha e que depois de quatro anos começou a ir sozinha de van. “A Maria é bem independente, todo mundo adora ela na escola e na vizinhança é o xodó.”

Lisete ainda percebe que ainda existe preconceito da comunidade, que algumas pessoas olham estranho para Maria e enxergam a escola de maneira errada. Ela ressalta, no entanto, a participação da Apae na vida e na evolução da filha e a receptividade da equipe da instituição. “Fomos sempre bem recebidos, são pessoas pacienciosas e carinhosas”, destaca.

Atualmente, a estudante está na turma da Educação de Jovens e Adultos (EJA), formada por adolescentes maiores de 15 anos. Ela garante que adora ir para a escola, pois o lugar faz parte da sua vida, gosta das professora e das atividades. “Eu gosto de pintar, escrever, fazer continhas e ir para a informática”, conta.

Maria participou, no último ano, do Baile de Debutantes do Rotaract Club de Venâncio Aires, no qual viveu seu dia de princesa. Ela ainda diz que gosta de ajudar a mãe em casa e adora conversar.

Atendimento multiprofissional e acolhimento

A Apae está há quase 40 anos em Venâncio Aires e, desde o início, se localiza na rua Barão do Triunfo. Com escola de ensino especial, assistência social e clínica, a instituição atende, em média, 280 crianças.

O processo para ingressar na Apae é a partir do um encaminhamento médico que leva para a avaliação, passando por psicóloga, neurologista, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, estimulação precoce e assistência social. Nem todas as pessoas que passam pela avaliação são encaminhadas para as turmas, algumas continuam indo apenas nas consultas médicas e, em alguns casos, são liberadas para frequentar escola regular.

A diretora Grazieli Cristina Winkelmann ressalta que a escola atua como todas as outras, porém, com um trabalho diferenciado, e acredita que, com o passar dos anos, muitos preconceitos já foram quebrados sobre a Apae. “A negação familiar teve uma melhora, ainda existe, mas diminuiu nos últimos anos”, comenta.

Grazieli explica, ainda, que o primeiro passo é acolher a família. “Tentamos sempre escutar o problema de cada família e acolher, para promover uma ajuda mais eficaz.”

AUTISMO

No início deste ano, a escola começou um projeto piloto, com a primeira turma específica para alunos com autismo. A mãe do aluno Gustavo, Vanessa Adelina Ferreira, reconhece que, no início, teve uma resistência, pois não conhecia a instituição, mas, depois que foi bem acolhida, passou a confiar e matriculou o filho. Segundo ela, em poucos meses, já foi possível perceber uma grande evolução. “Antes, ele não socializava, agora ele continua tímido, mas aos poucos está se soltando.”

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