Na manhã de segunda-feira, 18, o projeto desenvolvido pela Aiesec, Cidadão Global Educacional, teve início no Colégio Gaspar Silveira Martins. O objetivo é promover o desenvolvimento dos jovens das escolas para que, assim, possam se tornar cidadãos mais conscientes do seu papel na sociedade.
Segundo a coordenadora-pedagógica da escola, Glacy Reck, é importante para o currículo escolar dos estudantes. “é essencial trazer para o currículo escolar dos alunos novas formas do multiculturalismo como uma maneira de agregar a visão global e, principalmente, conhecer a cultura de outros países”, explica.
Durante seis semanas, duas intercambistas da Colômbia, Nathalie Gallo e Nathalie Lara Mora, estarão desenvolvendo trabalhos voluntários com as turmas do colégio. Nathalie Gallo está morando, desde domingo, na casa da aluna do 3° ano do Ensino Médio Laura Mallmann e Nathalie Mora, desde sábado, na casa do estudante do 2° ano do Ensino Médio Pedro Augusto Ruppenthal. As duas dizem estar muito felizes com a oportunidade. “Estou feliz por estar aqui me apresentando e sabendo que vocês irão aprender muito durante estes dois meses, onde nós ensinaremos assuntos de muita importância hoje em dia que os fará crescer como pessoas. Eu venho aqui para conviver, positivamente, com cada um de vocês, para que a partir disso percebam que o mundo é realmente grande e repleto de diversidade”, diz Nathalie Mora, 20 anos, estudante de Engenharia.
A intercambista Nathalie Gallo, ou Nathalie 2, como está sendo chamada, é estudante de Negócios Internacionais na Universidad Del Norte, em Barranquilla. Durante um mês, dois dias por semana, a estudante teve aulas de Português na Colômbia. “Não é nem um pouco fácil falar português, mas ainda acho que a escrita é mais difícil.” A estudante fala espanhol, inglês, português e alemão. “O Inglês, por exemplo, é bem mais fácil que o português, tanto na fala quanto na escrita”, destaca. Ao se apresentar ao alunos, diz acreditar aprender muito com eles. “Espero aprender muito com vocês e também conseguir ensinar muito da minha cultura e país. Se precisaram da minha ajuda, estou aqui.”
Em conversa com a Folha do Mate, as meninas dizem não gostar da música sertaneja. “Por exemplo, essa música que é sucesso aqui, o ‘Tchu tcha tcha tchu tchu tchaÂ’, tem outro sentido lá em Barranquilla”, brinca Nathalie Gallo. A colega colombiana diz que aqui os costumes são diferentes. Deu o exemplo de que as pessoas, ao menos na família em que está morando, têm horário para todas as refeições. “Acho engraçado, porque lá em Barranquilla não temos isso, cada um come na hora em que quiser. Mas estou achando bom”, conta.O objetivo é que elas, durante essas seis semanas, no período da manhã, desenvolvam workshops sobre sustentabilidade, empreendedorismo sustentável, liderança, entendimento cultural e cultura da paz com todas as turmas e na parte da tarde estejam disponíveis para quaisquer dúvidas dos alunos. “Como daremos aulas para todas as turmas, desde a turma da 6° série até o 3° ano do Ensino Médio, iremos desenvolver trabalhos diferentes para cada grupo”, dizem.
De acordo com Glacy, é importante que elas conheçam um pouco da cultura local dentro da escola, por isso irão participar de outras ações que o Gaspar proporciona. Entre elas estão teatro, música, dança, ballet, jazz, entre outras.