Hoje, em Porto Alegre, as indústrias fumageiras terão novo encontro com a comissão representativa dos fumicultores para uma definição sobre preço do tabaco.
A representação dos produtores de tabaco é formada pelas federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais na Agricultura (Fetag, Fetaesc e Fetaep) dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra)
As empresas que participam das negociações, que são individuais, são Souza Cruz, Philip Morris, JTI, Universal Leaf e Alliance One.
Independente da conclusão das negociações, tenho colhido informações reais do mercado. Presenciei nesta semana um transportador e um fumicultor conversando. O caminhoneiro disse que o tabaco está sendo mais valorizado nesta safra. As suas entregas tem sido com média de R$ 100 por arroba quando na safra passada esta média estava na casa dos R$ 90 por arroba para o mesmo tabaco. “Vai faltar fumo”, disse o caminhoneiro. “Na reta final da safra o fumo vai valer ouro” complementou.
Outra constatação que chamou atenção na conversa é sobre a qualidade do tabaco colhido. O calor e a estiagem queimaram as folhas. Fornadas de meio do é, onde saem as folhas de BO1, quando são colocadas para cura parecem de boa qualidade. Depois de curadas apresentam manchas provocadas pela intempérie, rebaixando sua classe.
Mas a notícia de que a safra vai ser disputada pelas empresas, aponta para um bom rendimento para os produtores.