O Ministro da Previdência Garibaldi Alves anuncia que vai ao Congresso neste ano projeto para reformular o sistema previdenciário. Cito três propostas que devem entrar na reforma. Viúvas que recebem pensão de marido falecido, perdem a pensão ao casar novamente. Vai ser estabelecido limite de idade para mulheres jovens que casam com homens bem mais idosos e depois recebem pensão. Servidores públicos poderão receber aposentadoria tendo como limite o teto da previdência privada, que é de R$ 3,6 mil. Projeto que vai gerar muitas discussão e polêmica, mas é preciso mexer no sistema que caminha para a autofalência.

A presidente Dilma iniciou a reforma do seu Ministério, que conta com 38 pastas. As primeiras mudanças foram anunciadas na quarta. Aloízio Mercadante deixou o Ministério da Ciência e Tecnologia para assumir a Educação, onde Fernando Haddad saiu para ser candidato a prefeito em São Paulo. Mudança já definida. A novidade foi que Dilma buscou o cientista gaúcho Marco Antônio Jaeger Raupp, natural de Cachoeira do Sul, para a Ciência e Tecnologia. Raup morou em Santa Cruz e Rio Pardo. Era presidente da Agência Espacial Brasileira. Dilma foi pelo técnico e não pelo político na escolha. Fez certo.

As especulações são de que mais dois gaúchos sejam chamados por Dilma. O senador Paulo Paim (PT) com o apoio de Lula para o Ministério da Igualdade Racial e o deputado federal Vieira da Cunha (PDT) com o apoio de Carlos Araújo, ex-marido de Dilma, para o Ministério do Trabalho, onde caiu Carlos Lupi que voltou a ser presidente nacio0nal do PDT.

Depois de cumprir novamente dois mandatos e ser impedido pelo estatuto de continuar, pois se fosse possível continuaria, Vianei Hammes deixa a presidência da Assoeva e Irineu Henn assume. Na verdade o grupo continua o mesmo. Vianei assume como tesoureiro e Irineu, que era diretor de futsal, agora assume a presidência, ou melhor, vai acumular a presidência, pois continuará diretamente ligado ao time.

Na prestação de contas durante a eleição foi mostrado que as despesas de 2011 somaram R$ 847 mil e as receitas somaram R$ 848 mil. Irineu frisou que a Assoeva fechou mais uma temporada ,onde participou do Estadual e da Liga Nacional, sem dívidas.

Paras 2012 a Assoeva repete as competições, mas a ambição do time será de campanha melhor. O grande desafio é conquistar a classificação na primeira fase da Liga Nacional, que ficou no “quase” nas duas primeiras participações.

A “liberdade” de detentos em sair do IPM em Vila Estância Nova apavora a comunidade. Ao entardecer grupos de detentos deixam o IPM armados levando medo e não raras vezes terror às famílias que moram na localidade. A maioria, com medo, não fala dos furtos, extorsões e ameaças que sofre. Ontem uma comissão de moradores pediu novo encontro com o prefeito Airton Artus buscando socorro. O presídio fechado é a solução.

Saiu ontem o balanço da Previdência Social em 2011. São números grandes e que mostram paradoxos. No acumulado do ano, o setor urbano registrou superávit: R$ 20,8 bilhões – aumento de 135,1% em relação ao mesmo período de 2010, quando o resultado foi de R$ 8,8 bilhões. A receita total da Previdência em 2011 foi de R$ 245,7 bilhões (aumento de 9% se comparado a 2010) e a despesa com pagamento de benefícios foi de R$ 224,9 bilhões (crescimento de 3,8%).Um sistema superavitário. Mas na soma com o rural abre-se o rombo. No acumulado de 2011, o setor rural apresentou arrecadação de R$ 5,5 bilhões, 4,4% maior que a registrada em 2010. A despesa com pagamento de benefícios foi de R$ 62,8 bilhões – um aumento de 2,7% em relação a 2010. O aporte do Tesouro Nacional, feito para equilibrar as contas – previsto constitucionalmente – alcançou R$ 57,3 bilhões.O resultado total da Previdência, somando urbano e rural, em 2011 aumentou em R$ 36,5 bilhões o déficit. A arrecadação acumulada no ano foi de R$ 251,2 bilhões e a despesa, R$ 287,7 bilhões, gerando uma necessidade de financiamento de R$ 36,5 bilhões – o melhor resultado desde 2003. Em relação ao mesmo período de 2010, quando o resultado ficou negativo em R$ 47,0 bilhões, houve uma queda de 22,3% no déficit.

Vou retomando a coluna enquanto assuntos importantes acontecem na comunidade neste inicio de 2012. Um deles é o anúncio do prefeito Airton Artus prorrogando por mais seis meses a intervenção no hospital São Sebastião Mártir. Já era esperado. Ainda mais depois da divulgação do balancete financeiro na semana passada comparando o déficit de 2010, que girou em torno de R$ 3,5 milhões na gestão Milton Deves e o balanço de 2011, onde a intervenção aconteceu em julho e o ano já fechou com sobra de R$ 8 mil. Claro que os problemas não estão resolvidos e nem vão ser solucionados facilmente. Resta uma dívida acima de R$ 10 milhões. Mas o importante era estancar o endividamento do hospital, que crescia qual bola de neve morro abaixo na última década.

Neste segundo estágio da intervenção penso que foi sábio o prefeito na escolhas de nomes. A advogada Gisele Spies Chitolina, atuante no primeiro meio ano de intervenção, foi escolhida para presidir a comissão intervencionista nesta segunda fase. Artus também conseguiu colocar como representante da sociedade civil na comissão o empresário do ramo contábil Luiz Carlos Morsch, homem que teve passagem marcante como presidente do Guarani, que coordenou a campanha comunitária de restauração da igreja matriz e ultimamente a campanha de construção da sede própria e manutenção da ONG Paresp. Morsch é nome com experiência que seria a melhor escolha para uma futura presidência do hospital. Se isso não for viável, Gisele é um nome jovem, mas capacitado também.

Os acontecimentos batem com a tese que defendi lá no início e que me rendeu dissabores. O hospital, com Milton Deves na presidência e Airton Artus na prefeitura, passava por problemas causados pelas divergências políticas. E, além disso, o sistema de gestão agonizava. A intervenção pacificou o hospital e como mostram os números do balancete, estancou a sangria do endividamento galopante, que fatalmente levaria a casa de saúde ao fechamento de suas portas.

Por falar no assunto hospital, o Defensor Público Igor Menini da Silva fez uma manifestação explosiva. Desde janeiro do ano passado ele investigava denuncias e começa a disparar. Assédio moral, assédio sexual, favorecimentos, desvio de verbas, são denúncias graves reveladas pelo Defensor. é nitroglicerina pura.

Flávio Seibt, hoje secretário do Núcleo de Cultura, mas que é o pai e ou a mãe do nosso Museu, tinha me ligado antes do Natal, solicitando apoio da Folha para conseguir captar em torno de R$ 20 mil até 31 de dezembro para que o Nucva não perdesse um projeto cultural de R$ 378 mil para o nosso Museo. O desafio foi lançado e o valor captado ultrapassou o valor mínimo necessário. Flávio chegou a se emocionar ao agradecer as pessoas e empresas (nominadas em reportagem da Folha) que atenderam ao apelo e colaboraram com valores dedutíveis do Imposto de Renda.

Estas doações podem e devem continuar sendo feitas por mais pessoas. Doações que podem ser deduzidas do Imposto de Renda. é dinheiro que não vai aos cofres de Brasília. Fica aqui mesmo para tocar o projeto do nosso Museu.

Empresas e pessoas físicas que pagam IR podem doar. é só falar com o Walter Bergamaschi, presidente do Nucva, com o Dr. Flávio Seibt, secretário ou com a equipe no Museu.

Airton Artus (PDT) e Giovane Wickert (PT) elegeram-se com apoio de uma coligação de sete partidos em 2008 (PDT / PT / PPS / PSC / PR / PRB / PC do B). Passados três anos, Airton e Giovane anunciam a candidatura à reeleição. E já tem oito partidos que anunciaram apoio. PDT, PT, PSC, PR, PSD, PHS e PRB estavam confirmados. Da coligação anterior, PPS e PCdoB ainda não tinham se decidido. O PCdoB anunciou seu apoio ontem. PSD e PHS são dois partidos novos na coligação.

Na semana que passou a confirmação foi do PRB, liderado por Cesar Ernsen, secretário municipal que iniciou na Fazenda e hoje está no Meio Ambiente. Como partido de governo a lógica era de continuar apoiando a coligação assim como o PCdoB que tem no sindicalista Jandir da Silva sua principal liderança. Artus e Giovane buscam outros partidos para o projeto de governo de mais quatro anos.

Na oposição cresce a expectativa pelo anúncio dos principais partidos em realizar uma pesquisa de intenção de votos para definir nomes neste início de ano. O PMDB vai realizar pesquisa interna para definir nome e depois quer uma nova pesquisa com nomes de outros partidos para encaminhar definição de uma chapa majoritária, que terá nome de candidato a prefeito indicado pelo PMDB. Pelo menos assim pensam o presidente da sigla Paulo Ferreira e lideranças do partido.

Já foi anunciado pelo governo municipal que a Júlio de Castilhos passará a ser mão única no sentido norte/sul como forma de fazer fluir melhor o trânsito no centro da cidade. A Osvaldo Aranha fica como mão única sentido sul/norte e as duas laterais Tiradentes e Júlio de Castilhos mão única sentido norte/sul.

O assunto foi posto para discussão na enquete eletrônica no site da Folha. Dos 550 participantes, 48% concordam com a mão única na Júlio. Mas 52% são contra.

Nas justificativas são variadas as posições sobre o assunto.

Fabiano Juares Dos Santos: Antes de mais nada deve-se asfaltar a Avenida para o transito desafogar as demais ruas do centro da cidade, depois sim fazer da Júlio mão única.

Ana Paula da Rosa: Não porque imaginem como vai ser nos dias de movimento, feriados etc…a Osvaldo Aranha nesses dias não tem condições.

Leticia Lenhart: Sim mas a avenida Ruperti Filho deve ser melhorada para que possamos diminuir o fluxo das ruas centrais.

Daiane: Povo de Venâncio, por favor a evolução precisa chegar em nossa cidade…. Olhem as cidades limítrofes! é triste saber que os munícipes não querem o progresso de nossa cidade.

Liliani Martini: Olha, acho que iria dar mais transtorno ainda. Com esse trânsito que já está um caos, ninguém respeita mais ninguém na rua.

Katiusie: Sou contra, pois do que valerá as sinaleiras que já se encontram instaladas na Julio? Dinheiro publico jogado fora? Alem do mais só nos restara descer pela Osvaldo Aranha, o que já é um caos, ou então optar transitar pelas vias esburracadas da cidade!

Giovani Guerra: Sim, mas com a condiçao de que a Ruperti Filho passe por severas melhorias

Ariel: Moro na esquina da Jacob Becker e fico muitas vezes observando da janela do meu apartamento o sufoco que os pedestres passam para atravessar a rua. Se fosse mão única seria mais tranquilo.

Elisiane Ferreira: Sim, pois como ciclista afirmo que não se tem espaço para transitar nessa rua, pois os carros estacionam nos dois lados da rua, e a gente tem que andar se cuidando pois um carro estacionado pode abrir a porta repentinamente, ou tirar fino da gente ás vezes até nos desequilibrando.

Edir: Acho que não porque Venâncio vai virar só em mão única

Sou favorável a mão única, desde que a Avenida Rupperti Filho receba melhorias ou asfalto, pois hoje tem trechos intransitáveis. Com mão única na Júlio, a Avenida e Coronel Agra serão as melhores opões de chegar ao centro para quem vem do bairro Gressler e interior pela Armando Ruschel.

Na semana que passou voltei das férias e depois de dois dias de trabalho veio o choque da morte do meu pai. Mesmo não pegando ninguém de surpresa diante do quadro clínico complicado pós um AVC e paradas cardíacas, são momentos difíceis, mas que precisam ser superados.

Grato aos amigos pelas condolências à família.

A vida segue e retomo a coluna hoje para um ano especial. é ano eleitoral e Venâncio elege prefeito, vice e 15 vereadores no dia 7 de outubro. Muito assunto pela frente.

Será lançado hoje às 10h, em Linha Hansel, na propriedade de Beno Haas, um dos mais antigos programas das empresas fumageiras. Será assinado o termo de cooperação técnica do Programa Milho & Feijão Após a Colheita do Tabaco, parceria entre Souza Cruz com o Governo do Estado, Farsul e Fetag que já tem 27 anos. Venâncio tem a tradição de plantar milho na resteva do tabaco o que nos leva a ser um dos cinco municípios que mais produz milho no RS. Mas neste ano, com a estiagem, a expectativa não é nada boa para a chamada safrinha de milho que começa a ser plantada.

Durante o ato de hoje o secretário estadual da Agricultura, Luiz Mainardi, que é de Bagé, uma das regiões historicamente mais castigadas pelas estiagens, deve receber do prefeito Airton Artus o decreto de emergência em virtude da estiagem que vem sendo registrada no município.

Nada de surpresa no episódio do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra (PSB/PE), denunciado por ter destinado quase metade dos R$ 200 milhões disponíveis no Ministério para auxílio em desastres naturais ( leia-se enchentes e seca) para o seu estado, o Pernambuco. Ele nem corou em dizer que apenas atendeu projetos encaminhados. E não é ilegal atitude bairrista do nordestino. O filho de Bezerra, que é deputado federal, teve todas suas emendas parlamentares atendidas e destinadas para sua cidade, Petrolina, onde será candidato a prefeito. Já está adequado à nova lei de financiamento público de campanha. é assim que trabalham os “coronéis”.

Preocupante é noticia de ontem. Foram encontrados no governo federal R$ 18 milhões disponíveis para o RS enfrentar situações de enchente ou secas e que não foram utilizados em 2011 pra pura burocracia. Não podemos nem reclamar. Somos incompetentes até para receber recursos disponíveis.

Afonso Schwengber, presidente do Sindicato dos Comerciários de Santa Cruz do Sul e Região, envia nota em que se posiciona sobre citação feita pela coluna no dia 12 de dezembro tratando da disputa pelo poder sindical local.

“Em primeiro lugar, o Sindicato dos Comerciários de Santa Cruz do Sul e Região gostaria de esclarecer que nas últimas eleições para o Sindicato dos Metalúrgicos de Venâncio Aires e Região, realmente, apoiou uma chapa de oposição. Aliás, não há nada de errado nisso. Todas as entidades sindicais realizam eleições, se trata de um processo democrático, conquistado pelos trabalhadores, e que recebe a solidariedade dos demais. Além do mais, se essa chapa tivesse ganho, seguiriam os trabalhadores metalúrgicos de Venâncio Aires comandando o sindicato. Cabe salientar ainda que, mesmo apoiando uma chapa de oposição, nossa direção respeita aquela que venceu o pleito, representada pelo então presidente Darli Estreich.

Em segundo lugar, não conhecemos o sr. Marcos Rodrigo da Luz, conhecido como Paco. Quem precisa responder os problemas que nesta entidade acontecem ou aconteceram não é o Sindicato dos Comerciários e, muito menos, o seu presidente, Afonso Schwengber, mas sim, o Sindicato dos Metalúrgicos e sua direção.

Por fim, ressaltamos que se trata de uma atitude completamente descabida usar outras entidades e pessoas para justificar ações de outra instituição. Isso para ficar num tom ameno. Aliás, quem responde, em primeira instância, pela conduta do seu sindicato é a sua própria categoria e não terceiros. O Sindicato dos Comerciários está a disposição para todas as dúvidas referentes aos comerciários, quanto às demais categorias, que elas sejam consultadas”.