Alícia e a mãe Francini alimentando os peixinhos coloridos, que ficam na casa da família (Foto: Juliana Bencke/Folha do Mate)
Alícia e a mãe Francini alimentando os peixinhos coloridos, que ficam na casa da família (Foto: Juliana Bencke/Folha do Mate)

E se cuidar do meio ambiente deixasse de ser uma ‘responsabilidade’, um ‘compromisso’, um ‘dever de casa’, para ser, simplesmente, uma forma de vida? Na casa de Alícia Kiara Angelo, 5 anos, é assim. Ela aprende a preservar o meio ambiente na rotina diária com os pais Francini Luziana Malmann, 37, e Cristian Josué Angelo, 42, de forma natural.

O contato com a natureza, que permite à Alícia brincar em meio às árvores e à terra, na casa onde a família mora, no bairro Grão-Pará, é um dos aspectos que reforçam a ligação com o meio ambiente. Alimentar os peixinhos coloridos, em um pequeno lago artificial nos fundos de casa, é uma das tarefas que ela adora.

Mas o aprendizado vai além. Está na separação dos resíduos recicláveis e do lixo orgânico, que vai para a composteira e vira adubo para as plantas. “O que é reciclável, como latas, plástico e papelão, já deixamos separado e colocamos na frente de casa para os catadores pegarem”, explica Francini.

Registro da participação no movimento Viva o Taquari-Antas Vivo, no ano passado, quando foi realizado recolhimento de resíduos no Acesso Grão-Pará (Foto: Arquivo pessoal)

Separar as cartelas de medicamentos para descartar corretamente em uma farmácia é outra prática da família, assim como juntar tampinhas plásticas e evitar o desperdício de alimentos, água e energia elétrica. “São coisas que sempre fizemos e que a Alícia vê e faz igual”, comenta a Francini, que tem formação como tecnóloga em Gestão Ambiental e se orgulha das atitudes da filha.

Com a consciência ambiental fazendo parte da rotina, Alícia naturalmente passou a se incomodar ao ver lixo no chão. “Ela começou a ver, apontar para esse problema e querer recolher o lixo, especialmente no Acesso Grão-Pará, onde passamos diariamente”, conta Francini.

Em março do ano passado, ela e a filha aproveitaram a ação Viva o Taquari Antas-Vivo e se somaram aos voluntários que recolheram resíduos no trecho e às margens do Arroio Castelhano. “Ela gostou muito e sempre pedia para fazermos isso de novo.” Neste ano, a família não conseguiu participar do movimento Viva o Taquari-Antas Vivo, mas foi um dia, especialmente, realizar a limpeza no Acesso Grão-Pará, caminho diário para Alícia, que é aluna do pré, na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Frederico Reinaldo Closs, localizada no bairro Cruzeiro.

“Vejo que o cuidado com o meio ambiente é algo muito forte nas crianças e acredito que a gente deve aproveitar isso e explicar, incentivar. Quanto mais bons exemplos e ensinamentos agora, melhor para o futuro”, considera Francini.

Registros da última ação de limpeza no Acesso Grão-Pará realizada pela família. Alícia ficou satisfeita com o resultado: lixo depositado na lixeira (Foto: Arquivo pessoal)

Juliana Bencke

Editora de Cadernos