O mês de agosto é marcado por uma causa muito especial: o Agosto Dourado, uma campanha com o objetivo de incentivar o aleitamento materno. A enfermeira do Programa Meu Bebê, da Unimed Vale do Rio Pardo, Carla Rubert, destaca informações importantes sobre o universo da amamentação, que envolve todas as mulheres que se tornaram mamães. Na profissão há 9 anos, ela reforça a importância do aleitamento materno para a saúde do bebê e alguns cuidados que a mãe deve ter com o seio no período.
Nos primeiros dias, antes de virar leite, o responsável pela nutrição do recém-nascido por meio da amamentação, é o colostro, produzido pela mulher durante a gestação. De acordo com a enfermeira, ele repassa os nutrientes necessários para o bebê nos primeiros dias de vida. “O leite mesmo desce do 3º ao 5º dia de vida da criança, e é uma fonte que auxilia no desenvolvimento das células cerebrais e cognitivas do bebê”, explica. A profissional também reforça que a amamentação traz benefícios para a mulher, e evita doenças como o câncer de mama e de ovário.
Um dos problemas enfrentados pelas mamães durante a amamentação é o ingurgitamento mamário, popularmente conhecido por ‘leite empedrado’. Sobre isso, Carla explica que acontece quando há uma retenção de leite nos ductos lactíferos. “Essa retenção pode ser por causada por mamadas infrequentes ou dificuldades na pega, o que impede o esvaziamento adequado da mama”, acrescenta. Como prevenção, a enfermeira orienta a amamentação em livre demanda e drenagem da mama com maior frequência e eficácia.
“A amamentação é um processo que envolve interação entre a mãe e o filho e promove um laço de amor ainda mais forte.”
CARLA RUBERT
Enfermeira do Programa Meu Bebê
Benefícios do aleitamento materno para o bebê
- Auxilia na formação do sistema imunológico;
- Contribui para o desenvolvimento da arcária dentária;
- Protege contra a obesidade, diarreia e infecções respiratórias;
- Fortalece o vínculo entre mãe e filho.
O peito rachou. E agora?
1- A enfermeira Carla Rubert explica que traumas mamilares podem acontecer por conta da pega inadequada, disfunções orais da criança, uso de bombas ou apetrechos de forma errada, exposição à umidade e a não interrupção da sucção sem antes retirar o bebê do seio.
2 – A prevenção das fissuras se dá por meio da avaliação oral do bebê, pega correta e não oferecer o peito quando estiver ingurgitado;
3 –Nesse sentido, ela ainda fornece algumas dicas de como tratar o seio fissurado: uso do leite materno sobre o mamilo; rosquinha da amamentação; laserterapia; alterar os seios nas mamadas, ou seja, começar pelo seio menos machucado; e, em casos mais graves, deve-se fazer acompanhamento médico para tratamento com medicação.
Para garantir a pega correta, deve-se estimular a abertura ampla da boca do bebê para abocanhar a maior parte da aréola possível. Os lábios devem estar confortavelmente viradinhos, queixo em contato com o seio e observar a bochecha encher enquanto o movimento de sucção extrai o leite.