Escutar os acordes nas rodas em família tocou Amanda Janisch, 21 anos, já nos primeiros anos de vida. O contato com a música surgiu na infância, ao conviver com os avós, que já eram ligados à área. Incentivada pelos pais, Jeferson e Onilda Janisch, a guria viu o interesse pelo canto e violão se tornarem paixões. “Meu pai é autodidata. No começo, ele tentava me ensinar, mas não deu muito certo”, conta, aos risos.
A relação com a música se consolidou na escola, quando ingressou no Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul).
“Tínhamos aulas de música, comecei tocando violão e fui aprimorando a técnica do canto”, explica. A primeira experiência no palco também ocorreu na instituição, em eventos e festivais estudantis. “As primeiras apresentações foram na categoria individual, mas sempre tive vontade de montar uma banda de rock”, afirma.
A PRIMEIRA BANDA
O desejo foi concretizado quando conheceu três meninos da escola, que também curtiam o estilo musical. “Formamos a banda Magnus. Todos os domingos, nos encontrávamos para ensaiar na garagem, eu cantava e eles tocavam, os pais deles nem se incomodavam com o ‘barulho’”, relembra.
Segundo Amanda, a proposta era produzir um rock mais melódico – uma mistura de blues e soul.
“Foi uma experiência bem positiva estar em um grupo formado por meninos, este é um nicho bem carente e ainda há preconceitos em relação a isso. Foi uma oportunidade para me autodescobrir, desenvolver o espírito de equipe e aprender a me relacionar com gostos e opiniões diferentes”, salienta.
A banda durou 3 anos, mas a garota garante que o aprendizado ficou para a vida toda. No ano passado, Amanda gravou duas músicas autorais: ‘Subterfúgios de papel’ e ‘Poder Voar’. “A primeira gravação em estúdio eu ganhei de presente de aniversário do meu pai. A segunda, gravei através do Projeto Registro Sonoro, em 2018.”
PROJETOS
Entre as metas previstas para este ano estão atualizar o canal do Youtube, lançado em 2017, e dar asas a um novo projeto: uma parceria ao lado do músico Gabriel Saldanha. A estudante de Direito, cantora e instrumentista pretende focar nas duas composições que foram gravadas e fazer um clipe da primeira música.
“O clipe é a identidade visual da música, ajuda a dar a ‘cara’ daquilo que queremos transmitir, mas para atingir um resultado de qualidade, é preciso investir”, considera.