Quando criança, achava fascinante o ‘flash’ das câmeras antigas. Eu nunca tinha visto um aparelho profissional, mas o raio de luz branco (talvez inferior) das máquinas comuns, além de refletir e brilhar nos meus olhos, fazia os meus olhos brilharem.
Lembro-me precisamente da primeira vez em que vi uma fotografia. Foi em uma noite quente em que eu e minha prima estávamos sentados na beira da rua, perto do portão de casa. Um vaga-lume passou por nós e minha prima, mais do que depressa, buscou uma câmera e ‘capturou’ a imagem daquele inseto. Para mim, ainda criança, era como se o vaga-lume estivesse ali naquela máquina e, a qualquer momento, poderia voar novamente saindo dali. Mas, como se esperava que acontecesse, alguém (infelizmente) me contou que era de ‘mentira’ (como eu dizia). E o inseto continuou a voar por aí.
Depois disso, as imagem pareciam não ter mais o mesmo encanto, como pensava que elas tinham antes. Mas eu ainda gostava de mexer e fotografar.
Podiam ser apenas ‘borrões’, mas eram aquelas manchas, de minha autoria, que me impressionavam. Com o tempo, imagens cada vez mais diferentes foram me instigando e hoje o que mais me chama a atenção são as fotografias criativas.
Fico imaginando: será que alguém já capturou algo assim, como eu tinha em mente? E então, quando procuro alguma foto na internet, por exemplo, me deparo com um mundo de imagens pensadas por profissionais que acreditam que fotografar vai além do ‘apertar o botão’. Sim! Um fotógrafo é mais do que ‘clicar’ e lançar ‘flashs’, é alguém que planeja uma foto, aquele que orienta poses, aquele que por vezes, até mágica faz (risos). Como ontem foi Dia do Fotógrafo, vale a pena registrar aqui os ‘parabéns’.
E a nós (que embora não sejamos profissionais técnicos, graduados ou mesmo com um cursinho), vale lembrar da data e deixar a criatividade vir à tona. Mesmo que seja com o seu celular, você pode fazer uma foto bacana, basta usar sua mente e deixar a criatividade fluir.