O que vou contar pra vocês hoje pode parecer estranho, mas é algo que eu cultivo desde o tempo da escola. A ideia dessa postagem surgiu na semana passada, quando eu estava organizando e apagando, isso mesmo, apagando algumas coisas da folha de pautas da próxima edição do caderno ‘De Casa’, quando a Anaa me perguntou: Ana, tu está apagando com borracha? E eu, bem feliz, respondi que sim, foi nesse momento que ela me fez relembrar o quanto a borracha nos possibilita apagar e refazer tudo milhões de vezes.
No jornalismo, nós vivemos rodeados por blocos de anotações, canetas, lápis, borrachas e agendas. E eu sempre mantive o hábito de anotar tudo que preciso fazer, de lápis ou caneta, principalmente de lápis, pois, se houver algum imprevisto, poderia apagar. é engraçado, mas eu ainda uso lápis e borracha, acreditam? Ainda tenho uma agenda e, nas páginas finais, anoto telefones importantes para o dia a dia, ainda grudo papéis no computador para lembrar dos compromissos seguintes, tenho a minha mesa cheia de papéis rabiscados com perguntas para a próxima entrevista, algumas folhas com as pautas para as próximas publicações.
Nós, jornalistas/repórteres, apesar de vivermos dentro da era tecnológica, ainda somos totalmente dependentes dessas ferramentas. Além delas, existem outras coisas que nós carregamos conosco diariamente.
E a nova geração? Em pleno século 21, os bebês já nascem conectados. E nós, futuros pais, ainda vivemos lendo livros impressos, indo à biblioteca, revelando fotos e anotando tudo em uma agenda. Acredito que ainda usar o papel para anotação não é tão ruim assim, apesar de não colaborar muito com o meio ambiente, cultiva o valor e não nos deixa tão dependentes dos computadores, tablets, smartphone, iphones. Eu sou totalmente a favor de cultivar coisas que ainda nos exijam algum esforço, seja ela para escrever, apagar ou folhear algumas páginas. Mas sou também a favor da tecnologia, que hoje, nos possibilita a inúmeras coisas em um mesmo tempo.
Eu não posso mentir, vivo conectada, mas prezo o bom uso das nossas melhores ferramentas: Lápis, papel e borracha. Pode não parecer, mas a melhor sensação quando se é criança, é fazer um desenho, errar e poder apagá-lo se estiver saindo algo de errado. Ahh, antes que eu esqueça, existe outra coisa que jornalista gosta muito. Café, no meu caso, incluo também o chimarrão.