O estagiário de Engenharia Civil, Yagho Lyonel Rosa Silva, 22 anos, é integrante do grupo Pedal Trilheiro, um dos mais antigos da cidade, desde 2011. Incrivelmente, a entrada no grupo deu-se quase que por conveniência.

Eu pedalava com um grupo de amigos menor que posteriormente uniu-se ao pessoal que também era um pequeno grupo. Daí em diante, o grupo cresceu e se multiplicou cada vez mais.

Foto: Arquivo Pessoal / Na Pilha!A equipe de Trilheiros sempre planeja suas rotas, para que o passeio seja tranquilo e sem intervenções
A equipe de Trilheiros sempre planeja suas rotas, para que o passeio seja tranquilo e sem intervenções

O interesse por bike, no geral, surgiu já na infância, e o amor pela ‘magrela’ não tem explicação. Após descobrir os benefícios e prazeres que andar de bicicleta traz, Yagho se apegou ainda mais à prática do exercício. Conforme ele, o incentivo dos amigos e a necessidade de praticar exercícios físicos foram os principais motivos que o levaram a integrar o grupo de bike. “A união desses fatores me levou a criar um desafio pessoal de conquista, quando criei o pensamento de que conseguiria superar meus limites, físicos ou psicológicos”, conta o estagiário. Isso, segundo ele, é o que o motiva também nos dias atuais.

Yagho conta, ainda, que, no início, participava de todos os pedais realizados pelo grupo, mas que, em decorrência de sua rotina atual, com faculdade e trabalho, já não pode mais estar presente com tanta frequência. “Agora, pedalo nos momentos disponíveis em finais de semana e feriados”, revela. Porém, a prática do esporte de forma individual, segundo ele, continua.

Não pedalo somente com o grupo, pratico sozinho durante dias livres da semana e finais de semana que não consigo me juntar ao pessoal.

Conforme Yagho, muitas mudanças ocorreram em sua vida em decorrência da prática do esporte. Ele relata que emagreceu cerca de 12 quilos nos seis primeiros meses, mas, além da parte da saúde e do físico, sua forma de pensar socialmente também foi modificada.

Esta não é uma prática individual e solitária, ela é 100% compartilhada entre os adeptos, que se ajudam e dividem uma paixão, que é pedalar. Todos se ajudam sem pensar em quem vai chegar primeiro, por exemplo; não existe uma competição real e as internas são apenas para diversão.

PEDAL TRILHEIRO: A UNIãO FAZ A FORçA

Foto: Arquivo Pessoal / Na Pilha!Com cerca de 70 participantes, o grupo tem a loja Arly Bikes como ponto de encontro
Com cerca de 70 participantes, o grupo tem a loja Arly Bikes como ponto de encontro

Com aproximadamente 70 integrantes, o grupo sempre planeja suas rotas. Conforme explica Yagho, o ‘comandante’ André Soares Maciel – ou algum outro integrante com mais experiência nos pedais – é quem realiza esses planejamentos. “São elaboradas através de pedais que já foram feitos por algum integrante e então são transferidas para um sistema de localização GPS para smartphones, que disponibiliza a rota para todos os participantes”, conta ele.

Yagho ressalta que os encontros com o pessoal que integra o Pedal Trilheiro são realmente como reuniões entre amigos. “A amizade é o que une o pessoal, então sempre se tem muita história pra contar”, finaliza ele.

>> Matéria publicada originalmente dia 05/04 na edição do caderno Na Pilha!