‘Não posso, tenho ensaio’

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“Refúgio”

A prenda da invernada juvenil do CTG Chaleira Preta, Yasmin Seibert Haas, 17 anos, lembra que começou a dançar ainda na invernada mirim. “Sempre vivi no tradicionalismo, porém mais na parte campeira, mas eu queria saber danças. Fui convidada e comecei a gostar.”
A jovem diz que cada um se apega ao grupo por algum motivo. “Para mim é um lugar de refúgio. É onde eu gosto de estar”, destaca. Entre tantos momentos que vivencia no meio tradicionalista, tem alguns que ficam mais marcados. “Dançar a Inter-Regional pela primeira vez, em 2017, me deixou nervosa. Mas é uma das melhores lembranças que tenho.”

Yasmin dança há cerca de 5 anos no CTG Chaleira Preta (Foto: Eduarda Wenzel)

“Família toda envolvida”

Por influência de amigos, Christian Loeblein, 14 anos, começou no CTG. Logo teve todo incentivo da família, os pais e irmão do guri também participam do grupo de dança.
Para ele, a invernada dá oportunidade de fazer novas amizade e conhecer mais lugares. “No CTG somos acolhidos, ficamos menos pela rua. Então nos ajuda a manter a cabeça ocupada com coisas boas”, diz.

Há 6 anos a família do Christian participa da invernada artística (Foto: Eduarda Wenzel)

“Família de coração”

Camila Kist, 16 anos, lembra que sempre achou bonito ver as danças dos grupos. O primo dela dançava e sempre a convidava, até que ela resolveu entrar para a invernada juvenil do CTG Chaleira Preta.
A guria comenta que muitas vezes foi julgada por deixar de sair com amigos ou parentes para ir ao CTG. “Eu gosto de estar lá. É como se fosse minha segunda família”, declara.

Há quase três anos a prenda participa do grupo de danças (Foto: Eduarda Wenzel)

“Amizades”

Eduardo Augusto Meurer, 14 anos, sempre teve amigos que dançavam, mas foi em um rodeio artístico que resolveu virar dançarino. “Eu fui em um rodeio no parque e pensei: eu quero aprender a dançar”, lembra.
O peão, que é tímido, diz que as apresentações ajudam a ultrapassar essa dificuldade. “É um lugar que criamos vínculos especiais. Fiz várias amizades.”

Eduardo dança na invernada juvenil há quatro anos (Foto: Eduarda Wenzel)

“Responsabilidade”

O instrutor do CTG Chaleira Preta, Tiago Luiz Schwengber, afirma que atualmente a invernada juvenil conta com sete casais. Os ensaios acontecem uma vez na semana, na sede do CTG.
“Acredito que hoje a importância do jovem no CTG é aprender a ter responsabilidade. Saber que para ter bons resultados é necessário ensaiar bastante. E na vida não é diferente.”
Ele comenta que é um lugar de confiança. “As pessoas podem deixar seus filhos no CTG com a certeza de que estão bem.”

“A cultura gaúcha ganhou o Brasil. Atualmente, existem grupos de dança em vários estados.” (Foto: Eduarda Wenzel)

Relato pilhado!

Me lembro de várias vezes que deixei de ir em algum lugar para me dedicar ao CTG. Quando dançava na invernada juvenil do CTG Chaleira Preta, recordo que duas ou três pré-estreias caíram na noite da Celebrate Life. Todos da invernada queriam ir na festa, mas não podíamos, era preciso ficar no baile do grupo.
São dias e noites dedicadas a essa paixão, mas tudo isso vale a pena, todos os ensaios, retiros, rodeios e apresentações. Dancei cerca de 8 anos, mas a vida corrida de ‘adulta’ me fez tomar outros caminhos. Ficaram as amizades, lembranças e muito aprendizado.
Nesses anos como dançarina tive diversos momentos emocionantes, mas o mais marcante foi dançar o Enart. Sonho de todos dançarinos. O Chaleira foi o primeiro e único da cidade, até o momento, que dançou o Enart força A. E para quem ainda sonha com isso, eu desejo muito sucesso, porque é MARAVILHOSO passar 20 minutos no tablado dos sonhos.

Eduarda Wenzel relata sobre os anos que participou do CTG Chaleira Preta (Foto: Arquivo pessoal)
    

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