O Mundo a um passo

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É longe – claro que é. Mas ninguém disse que distância é sinônimo de impossibilidade. Viajar pelo mundo, conhecer novas culturas, estudar com bolsas no exterior e trocar experiências com pessoas de outros países é possível, sim. Acreditar é o primeiro passo para realizar um intercâmbio, mesmo sendo menor de idade.

Essa é a mensagem que destacamos na edição de hoje. Inspirados no exemplo do Marcelo Eduardo dos Santos, que foi selecionado entre mais de 17 mil inscritos para uma bolsa nos Estados Unidos, pelo programa Jovens Embaixadores, no início deste ano, apresentamos dicas para quem quer viajar para o exterior. Mais do que isso, deixamos o recado: seja nos Estados Unidos, no Japão ou na Austrália, quando se trata de realizar um sonho, o outro lado do mundo é logo ali.

Um jovem embaixador nos Estados Unidos

Depois de cerca de um mês nos Estados Unidos, no início deste ano, Marcelo Eduardo dos Santos, 17 anos, trouxe mais do que lembranças da neve, contatos de novos amigos e fotos de uma experiência incrível em sua primeira viagem ao exterior. Ele voltou com a certeza de que é possível e, na maioria das vezes, bem menos difícil do que se imagina fazer um intercâmbio. “A viagem abriu muito meus olhos. Vi que é possível e que há muitas oportunidades”, garante o guri, que participou do programa Jovens Embaixadores.

Foto: Divulgação / Arquivo PessoalEstudante na cidade de Chevy Chase, onde passou os cinco primeiros dias nos EUA
Estudante na cidade de Chevy Chase, onde passou os cinco primeiros dias nos EUA

Estudante do curso técnico em Informática, do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), Marcelo foi um dos 50 adolescentes brasileiros selecionados entre 17.130 inscritos para a viagem aos Estados Unidos, por meio do projeto da embaixada norte-americana.

A seleção envolveu provas escrita e oral de Língua Inglesa. Mas, mais do que saber Inglês, era necessário ter pelo menos um ano de trabalho voluntário. Para Marcelo, esse é um grande início para quem quer viajar e mesmo para quem ainda não pensa nessa possibilidade. “Além de ser um requisito no programa Jovens Embaixadores e na maioria das outras bolsas, o voluntariado também é um diferencial para outros intercâmbios”, destaca.

Foto: Divulgação / Arquivo PessoalEstudante na cidade de Chevy Chase, onde passou os cinco primeiros dias nos EUA
Estudante na cidade de Chevy Chase, onde passou os cinco primeiros dias nos EUA

O tema, aliás, esteve entre os principais assuntos abordados durante os dias em que Marcelo e os demais jovens embaixadores estiveram em Whashington, capital do Estados Unidos, e na estadia do venâncio-airense em Tulsa, no estado de Altahoma.

Aulas sobre empreendedorismo social, inclusão social e digital, workshops, palestras e passeios por locais relacionados ao tema também integraram o cronograma. “Participamos da parada de Martin Luther King Jr e também visitamos um centro da comunidade LGBTQ, que oferece assistência psicológica, abrigo e suporte a pessoas que foram expulsas de casa. Também fizemos trabalho voluntário em um banco de alimentos para moradores de rua”, conta.

Foto: Divulgação / Arquivo PessoalParada de Martin Luther King Jr, em Tulsa
Parada de Martin Luther King Jr, em Tulsa

Dicas do Marcelo para quem fazer um intercâmbio

– Acreditar que é possível

– Estudar outro idioma

– Buscar informações. Pode ser que você não queira viajar agora, mas essa pode ser uma possibilidade daqui um tempo

– Fazer trabalho voluntário. Vale o mesmo que o item anterior. Mesmo se o intercâmbio não for um plano agora, não custa começar um trabalho voluntário e, de quebra, ajudar alguém.

Curiosidades

Durante a estadia em Tulsa, Marcelo ficou hospedado na casa de uma família – mãe e três “brothers” – que já havia abrigado outros jovens embaixadores e cujos filhos já participaram de programas semelhantes de intercâmbio. A irmã, inclusive, já veio para o Brasil.

– Marcelo acompanhava os “host brothers” na escola (ele participou de aulas de Inglês, Espanhol, Química e Economia) e em outras atividades normais deles, além de participar de programações específicas do programa Jovens Embaixadores. “Eles nos levaram a festas com fogueiras e marshmallows”, comenta.

– Em Whashington, Marcelo percebeu o tratamento mais “frio” entre as pessoas, até mesmo sem aperto de mão. Em Tulse, no entanto, a experiência foi muito calorosa. “Foi o contrário de Whashington, com um ambiente muito acolhedor e contato físico entre as pessoas. Eles são muito próximos, acredito que pela influência latina na região.”

– Com cerca de 5 mil habitantes, Tulsa é considerada a Capital Mundial do Petróleo e atrai muitas pessoas, incluindo muçulmanos, latinos e norte-americanos de várias partes dos Estados Unidos, para trabalhar com petróleo.

– Além de Tulsa, outras três cidades receberam os jovens embaixadores: Reno, Louisville e Seatle. Entre os 50 brasileiros que participaram do programa, Marcelo e mais uma menina de Dom Pedrito, representaram o Rio Grande do Sul.

– A menor temperatura vivida por Marcelo, durante o intercâmbio, foram -25ºC, em Whashington, com muita neve.

Em julho, o Japão

Faz pouco mais de um mês que Marcelo voltou do intercâmbio nos Estados Unidos e ele já se prepara para uma nova experiência. Desta vez, no Japão. No fim da semana passada, o estudante teve a confirmação de uma bolsa de 85% para um acampamento de verão de duas semanas, no início de julho, em Okayama. “É um programa parecido, com a mesma temática do Jovens Embaixadores”, explica.



    

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