
Em pouco tempo, o Pix se tornou parte do dia a dia dos brasileiros. Lançado em 2020, o sistema de pagamentos instantâneos transformou a forma como transferimos dinheiro, pagamos contas e fazemos compras — tudo em tempo real e sem burocracia. Mas você sabe quem criou o Pix e como essa tecnologia foi desenvolvida? Neste artigo, vamos explorar a origem do Pix, seu funcionamento e o impacto que ele trouxe para o sistema financeiro brasileiro.
O que é o Pix?
O Pix é um sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central do Brasil. Com ele, é possível fazer transferências e pagamentos em segundos, 24 horas por dia, todos os dias do ano — inclusive finais de semana e feriados. Basta usar uma chave Pix (como CPF, e-mail, número de celular ou QR Code) para enviar ou receber valores em tempo real.
Além da velocidade, o Pix é gratuito para pessoas físicas, o que o tornou uma opção extremamente atrativa em comparação com os meios tradicionais como TED e DOC, que costumam ter prazos maiores e cobranças de tarifas.
Quem criou o Pix?
A iniciativa do Pix veio do próprio Banco Central do Brasil (BCB), que idealizou, desenvolveu e coordenou toda a implementação da ferramenta. O projeto foi liderado pelo Departamento de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro (Decem), com o objetivo de tornar o sistema de pagamentos nacional mais ágil, acessível, competitivo e inclusivo.
A ideia surgiu a partir de estudos realizados em 2018, que analisaram os modelos de pagamentos instantâneos já existentes em outros países, como o Faster Payments do Reino Unido e o UPI da Índia. A equipe do Banco Central então desenvolveu um sistema único e adaptado à realidade brasileira, priorizando inclusão, inovação e segurança.
O Pix foi oficialmente lançado em novembro de 2020, após meses de testes com instituições financeiras, fintechs, cooperativas e empresas de tecnologia. Desde então, o sistema não parou de crescer.
Por que o Pix foi criado?
O Banco Central tinha vários objetivos com a criação do Pix:
- Modernizar o sistema financeiro;
- Reduzir o uso de dinheiro em espécie;
- Diminuir os custos das transações para usuários e instituições;
- Incentivar a concorrência entre bancos e fintechs;
- Promover inclusão financeira, especialmente para quem não tinha acesso a meios de pagamento digitais.
Com o Pix, pequenas transações entre pessoas, pagamentos de contas e até compras em comércios locais passaram a ser feitas com mais facilidade, eliminando intermediários e encurtando os caminhos do dinheiro.
Como funciona o Pix na prática
O funcionamento do Pix é simples e intuitivo. Para usar, basta ter uma conta em uma instituição financeira ou de pagamento participante do sistema — o que inclui bancos, fintechs, carteiras digitais e cooperativas. O usuário pode cadastrar uma ou mais chaves Pix e, com isso, receber ou enviar dinheiro de forma instantânea.
Além da transferência entre pessoas, o Pix também pode ser usado para:
- Pagamento de contas e boletos;
- Pagamento em estabelecimentos com QR Code ou chave Pix;
- Transferências entre contas de diferentes bancos;
- Cobrança com vencimento (Pix Cobrança);
- Pagamento de impostos e taxas ao governo (Pix Saque e Pix Troco).
Tudo isso com total segurança, graças aos protocolos do Banco Central e aos sistemas de proteção das instituições financeiras.
A rápida adesão dos brasileiros
A aceitação do Pix foi impressionante. Em menos de um ano, milhões de pessoas e empresas já haviam adotado o sistema. O que mais chamou atenção foi a velocidade com que o Pix substituiu meios tradicionais de pagamento:
- Muitos usuários deixaram de usar TED e DOC;
- Pequenos comerciantes passaram a aceitar Pix em vez de maquininhas;
- Pagamentos em estabelecimentos físicos passaram a ser feitos por QR Code;
- Pessoas sem conta bancária tradicional passaram a usar carteiras digitais com Pix.
Segundo dados do Banco Central, em 2024 o Pix já era responsável por mais de 70% das transações entre pessoas físicas no Brasil.
Vantagens do Pix
O Pix conquistou os brasileiros por reunir uma série de benefícios:
- Gratuito para pessoas físicas;
- Funciona 24/7, sem restrições de dia ou horário;
- Transferência instantânea, com confirmação em até 10 segundos;
- Sem necessidade de cartão ou maquininha;
- Facilidade de uso, com poucos toques no celular;
- Segurança, com autenticação via biometria, senha ou reconhecimento facial.
Para as empresas, o Pix também trouxe redução de custos com taxas de adquirência e aceleração do recebimento dos valores pagos pelos clientes.
Impacto do Pix na economia brasileira
Além de beneficiar os usuários, o Pix teve impacto positivo em diversas áreas da economia:
- Estímulo ao comércio local: pequenos negócios passaram a aceitar pagamentos digitais sem custo adicional;
- Digitalização financeira: mais brasileiros passaram a movimentar dinheiro pelo celular;
- Redução de circulação de papel-moeda: menos custos para o Estado com emissão e transporte de dinheiro físico;
- Inclusão financeira: pessoas desbancarizadas passaram a usar serviços digitais via carteiras e contas simplificadas.
O sucesso do Pix também colocou o Brasil em destaque global como um dos países com sistemas de pagamento instantâneo mais eficientes e inovadores.
Evoluções do Pix desde seu lançamento
Desde 2020, o Pix passou por diversas atualizações e ganhou novas funcionalidades:
- Pix Cobrança: permite a geração de QR Codes com valor e vencimento definidos;
- Pix Agendado: possibilita programar uma transferência para uma data futura;
- Pix Saque e Pix Troco: permite sacar dinheiro em estabelecimentos comerciais;
- Limites de valor personalizáveis: maior controle para os usuários sobre suas transações;
- Integração com serviços públicos e programas sociais.
E mais novidades estão por vir, como o Pix Garantido, que permitirá pagamentos parcelados, e o Pix Internacional, ainda em fase de estudos.
Como o Pix se tornou parte da cultura financeira do brasileiro
Hoje, é comum ver placas com “Aceita Pix” em qualquer canto do Brasil. De feiras livres a lojas online, passando por autônomos, prestadores de serviço e até doações em lives de redes sociais, o Pix se tornou um recurso corriqueiro.
A adoção massiva mostra que o brasileiro se adaptou rapidamente a essa nova tecnologia e incorporou o hábito ao dia a dia, mesmo em regiões com menor acesso bancário ou conexão limitada.
Conclusão
Agora que você sabe quem criou o Pix e como essa ferramenta nasceu, fica mais fácil entender o motivo de seu sucesso. Desenvolvido pelo Banco Central com foco em inclusão, inovação e eficiência, o Pix revolucionou o jeito de pagar, receber e movimentar dinheiro no Brasil.
A tendência é que o sistema continue evoluindo, com novos recursos, maior integração e ainda mais impacto positivo para consumidores, empresas e para a economia como um todo. O Pix é mais do que uma tecnologia — é um símbolo da transformação digital do setor financeiro brasileiro.