>> Coisas de Mãe
Tudo pronto, só esperar a data marcada chegar. Eu tinha tudo sob controle. O quarto pronto. Roupinhas lavadas, passadas e guardadas. Malas feitas. Eu li todos os artigos, matérias e reportagens possíveis (o que comer, como amamentar, colo, choro, higiene, sono…não queria ser pega despreparada em nada).
O dia era 5 de janeiro, e eu me diferencio da maioria das pessoas, porque não estava ansiosa, nervosa ou com outro sentimento qualquer. Eu já era mãe, desde o primeiro positivo. A Olívia já fazia parte dos meus dias. Na noite anterior não perdi o sono, não chorei e nem perdi o controle das minhas emoções.
Fomos ao hospital na hora marcada. Fui preparada para o parto cesáreo e o Daniel (pai e marido) foi convidado a participar. Em poucos minutos eu pude ouvir o choro da minha filha. E é aí que eu perdi as rédeas da minha vida. O sentimento que transborda pelos olhos…o coração bate forte…e nada pode ser mais lindo no mundo do que aquele bebê roxinho, enrugado e que gritou muuuitoooo alto ao ser trazida ao mundo.
Daí nada estava sob controle, eu queria levantar correndo para cuidar dela e não podia. Eu queria por tudo que li em prática, mas não funcionava na primeira tentativa. Se eu dormi na noite anterior, nas próximas não foi bem assim… não porque não podia, mas não queria… queria zelar o sono dela, estar atenta ao primeiro chamado.

Agora tenho alguém que controla os meus horários (e não anota nada na minha agenda…)
Não consigo me programar, e não me importo!
