Durante a gravidez, as necessidades nutricionais aumentam para apoiar o crescimento e desenvolvimento do bebê bem como o metabolismo materno. De acordo com a nutricionista Nádia Jacobsen, as recomendações alimentares e nutricionais devem adaptar-se a cada mulher, considerando as diferenças individuais. Ela observa que um estilo de vida saudável deve iniciar mesmo antes da gravidez, para otimizar a saúde da mãe e reduzir o risco de complicações durante a gravidez e de algumas doenças no bebê.
Especialista em Nutrição Clínica, a profissional reforça que a alimentação diversificada, além da prática de atividade física regular, contribui para a formação e o crescimento ideais do bebê e o ganho de peso adequado da mãe. “Uma dieta saudável deve incluir alimentos fonte de energia, proteínas, vitaminas e sais minerais adequados, obtidos por meio do consumo de alimentos variados, como vegetais verdes e laranja, carne, peixe, feijão, frutos secos, cereais integrais e frutas”, exemplifica.
Nádia explica que, durante a gravidez, as necessidades de proteína aumentam. “Esse aumento deve-se à necessidade proteica para a formação da placenta, crescimento dos tecidos uterinos e o desenvolvimento e crescimento do bebê.” Entre as principais fontes de proteína, ela destaca as de origem animal (carne, ovos e pescado), com consumo moderado; lacticínios (leite, queijo e iogurte) e leguminosas verdes e secas (feijão, grão de bico, favas, ervilhas e lentilhas).
Ácido fólico
A suplementação de ácido fólico e ferro é importante na redução do risco de desenvolvimento de malformações do tubo neural do bebê. A nutricionista lembra que, além da suplementação oral, deve-se consumir frutas e vegetais ricos em acido fólico, bem como a utilização de cereais integrais (pão integral, massa e arroz integrais) e leguminosas.
A hidratação adequada também é essencial para uma gravidez saudável, já que a grávida acumula cerca de seis a nove litros de água durante a gestação. Por dia, devem ser ingeridos de dois a três litros (cerca de 10 copos).
Alimentos que devem ser evitados
• Carnes e peixes salgados
• Caldos industriais
• Molhos e temperos prontos
• Aperitivos salgados
• Batatas fritas
• Enlatados
• Produtos de charcutaria e salsicharia
• Frutos gordos salgados
• Alimentos com risco potencial de contaminação (maionese, cremes, patês), carnes cruas ou mal cozidas, água não filtrada e leite não pasteurizado.
• Excesso de sal. A utilização de sal deve ser restrita a, no máximo, duas gramas por dia. Em alternativa, pode ser orientada a utilização de ervas aromáticas, como orégano, salsa, coentro, cebolinha, tomilho e manjericão.
• Bebidas alcoólicas. A mãe pode sofrer com síndrome alcoólica fetal, que combina dismorfismo facial, retardo de crescimento e comprometimento do sistema nervoso central levando à deficiência intelectual, e ocorre em cerca de 5% das crianças que são regularmente expostas a pelo menos 50 gramas de álcool por dia.
• Cafeína. Os efeitos da cafeína sobre o bebê não estão ainda bem estabelecidos. A cafeína pode facilmente atravessar a placenta e ter efeito no crescimento fetal. O café contém cerca de duas vezes mais cafeína quando comparado ao chá, ao cacau e aos refrigerantes, que apresentam uma quantidade parecida. Mulheres grávidas devem evitar a ingestão de cafeína acima de 200 mg/dia.
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