Então você está beirando os 30 anos e está solteira. Não é que você nunca tenha namorado, mas quanto mais o tempo passa, mais difícil parece encontrar alguém.
Talvez porque, com 30 anos, a própria ideia de namorado já pareça meio ridícula, afinal, você só consegue enxergar na sua mente a imagem de corações de pelúcia com o bordado ‘I love you’.
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Mas o problema não é você, que até curte a solteirice na maior parte do tempo. O problema são seus pais. E sua avó. E suas amigas.
Os seus pais começam a te olhar com preocupação, afinal, como eles vão curtir a aposentadoria com uma filha encalhada dentro de casa?
Sua avó, por sua vez, te olha com um ar de cobrança. Ou você ainda não se deu conta que ela pode partir a qualquer momento e, tragédia, sem ter a alegria de conhecer um bisnetinho?
Suas amigas te olham com pena. Tudo bem que vez ou outra elas sentem inveja, especialmente quando descobrem que você dorme uma noite inteira sem precisar amamentar, mas afinal, não é a maternidade que traz a realização plena a uma mulher?
Ok, às vezes o problema também é você, que cria dilemas internos e considera possibilidades o tempo todo:
– Será que é muito caro congelar meus óvulos? Se bem que a adoção é uma linda atitude a considerar.
– Bem que eu podia largar tudo e fazer um mochilão pelo mundo. Mas como vou usar meu hidratante Victoria Secret usando banheiro compartilhado de hostel?
– Acho que hoje eu desencalho nessa festa. Mas, Jesus Cristo, o que eu faço se ele me chamar para o motel?
E claro, tem a ginecologista, que lembra a cada exame periódico que existe um relógio biológico dentro de você.
E ainda, o ambiente profissional, já que você quer ser ambiciosa e competitiva, mas sem se masculinizar ou se dobrar aos caprichos masculinos.
E também existem os pretendentes, um mais trágico do que o outro, te passando cantadas baratas e sem conteúdo.
E pasmem, até o teu chefe começa a te olhar de um jeito diferente, se perguntando qual é o defeito dessa moça aparentemente tão bonitinha e queridinha, mas que não consegue fisgar um bom partido.
Mais alguém se identifica?
é justamente para falar sobre estes encontros e desencontros, que surge este espaço.
Tem alguém por aí sozinha na pista? Se sim, seja bem-vinda!
