Atleta brasileira transforma doença em superação

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Foto: Divulgação / Tudo & TodasMesmo com esclerose múltipla, atleta conquista títulos no esporte
Mesmo com esclerose múltipla, atleta conquista títulos no esporte

Ela começou por insistência de uma amiga, também atleta, que se preparava para uma competição. Mas depois que pisou no palco pela primeira vez, transformou-se em paixão, virou vício. Naiara Schubert, atleta Bikini IFBB, de 33 anos, junto com as anilhas levanta um título mundial, um estadual, um vice-brasileiro e outras inúmeras classificações em campeonatos muito importantes para sua categoria.

Aconteceu tudo de forma muito rápida. Porém, quem vê esse corpo forte, esses braços e pernas torneados, conseguidos com muita determinação, exercícios físicos intensos e dietas restritivas, não imagina que no organismo dessa guerreira também more um inimigo silencioso, a esclerose múltipla, diagnosticada em 2009 depois de um estresse emocional.

Foi repentino. Ao tentar levantar ela caiu novamente, perdeu o tônus muscular, a visão ficou turva, perdeu audição, tudo do lado esquerdo. Foi ao hospital e após inúmeros exames tomou conhecimento que era portadora da esclerose múltipla. Um susto. Aos 29 anos seu mundo desabou, perdeu o chão sob seus pés, um pesadelo, conta Naiara.

Foto: Divulgação / Tudo & TodasAtleta irá concorrer no miss olímpia
Atleta irá concorrer no miss olímpia

Conforme esclarece Fábio Cardoso, especialista em medicina preventiva, a esclerose múltipla é uma doença autoimune que coloca o organismo em degeneração progressiva e em longo prazo, pode impedir o portador de realizar suas atividades normais pela série de incapacidades adquiridas. Nesta doença inflamatória crônica de origem genética ou ambiental o sistema imunológico começa a agredir a bainha da mielina, uma espécie de capa que envolve os axônios que são os responsáveis pela condução dos impulsos nervosos.

Em todo Brasil são cerca de 24 mil pessoas com essa doença e para um diagnostico é preciso descartar a presença de várias outras. Desde a descoberta de sua doença a atleta faz acompanhamento anual de ressonância, onde sempre se manifesta novas lesões, o que constata que a doença continua progredindo, mas não existe as temíveis manifestações físicas há anos.

Não se sabe se os exercícios físicos diários podem estar interferindo positivamente no quadro de saúde de Naiara, mas nada parece abalar essa guerreira. Parece que vem surtindo efeito: em abril a atleta faturou o primeiro lugar no Arnold Classic Brasil, na categoria Bikini, e acaba de embarcar para o México rumo ao Miss Olímpia.

Não olha para o futuro com o medo comum da maioria dos portadores de esclerose. Seus olhos claros enxergam apenas um horizonte de otimismo onde os pódios nos disputados palcos das competições, estão acima de qualquer limitação, palavra essa que Naiara parece desconhecer.

    

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