Quinta-feira, próximo das 17h. Uma a uma, pequenas meninas vestidas de cor de rosa vão chegando para sua aula de ballet. Em meio a meia-calças, sapatilhas, saiotes e colants, o difícil é decidir qual delas é a mais linda. A idade ajuda, afinal, a inocência da infância contribui para que as pequenas tenham ainda mais graça.

Quando a aula começa, é possível ver que trata-se de um momento especial. Além de bailarinas, elas são princesas, que precisam fugir de bruxas e lobos maus. Em meio ao conto de fadas, elas flutuam leves na pontinha dos pés, mexendo bracinhos e perninhas no ritmo de cada música.

A turma em questão reúne meninas de 2 a 5 anos de idade. Para elas, o ballet não passa de uma divertida brincadeira. Por meio de cada historinha, vão aprendendo as posições e passos da dança clássica.

A professora Melina Ellwanger, da Escola Pontinha dos Pés, explica que as aulas exigem criatividade. “Ensinamos a dança de forma lúdica”, explica. é esse contexto que contribui para que as alunas desenvolvam a imaginação e trabalhem outros aspectos da arte, como a musicalidade. Também incentiva o trabalho em grupo e o convívio com outras crianças da mesma idade.

Melina ainda explica que o ballet na primeira infância deve ocorrer sem pressões. “As crianças devem vir por vontade própria e desenvolver os exercícios conforme suas condições”, explica, ao acrescentar que o ballet auxilia também no desenvolvimento da coordenação motora.

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Os pais sabem disso e se esforçam para corresponder às expectativas dos filhos. Sabrina da Rosa, por exemplo, é mãe da pequena Sarah Luísa, 4 anos, que dança ballet desde o início do ano. “Acho muito importante que ela aprenda uma dança clássica. Já percebo os benefícios, como a maior elasticidade do corpo”, salienta. Além disso, a mãe diz que Sarah é muito espontânea e aproveita as aulas para expressar isso. “Quando termina uma aula, ela já pergunta quando será a próxima”, frisa.

Mãe da caçula da turma, Lauriane Severo diz que a filha Manuely, 2 anos, pedia muito para dançar ballet. Ela via na televisão e também no colégio, onde outras meninas praticam a dança. “Acho muito positivo. Mesmo ela sendo a menor, não se intimida com a presença das maiores”, destaca a mãe, que adora adquirir roupinhas especiais para a filha ir para as aulas.

O vídeo abaixo, mostra um pouco dessa aula:

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Benefícios para a vida inteiraQuem acompanha a coluna ‘Briga de Peso’, sabe que incentivo a prática de exercícios desde a infância. Eu mesma comecei a dançar ballet somente depois de adulta, mas como sempre me envolvi com esportes – especialmente a patinação e o voleibol – sei o quanto a prática se reflete na vida adulta. As habilidades físicas, mas principalmente as cognitivas e psicológicas, acompanham o indivíduo em diversas situações de estudo e trabalho que irão se apresentar no decorrer da vida. Por isso, pais, envolvam seus filhos em uma atividade. Lá na frente, eles irão agradecer.

>>> Coluna publicada no caderno Mais Saúde, que circulou hoje, na edição da Folha do Mate.