Valesca Dominik Ferraz, de 23 anos, conquistou o segundo lugar no concurso de beleza Miss International Queen 2015, que escolhe as mulheres transgêneros mais bonitas do mundo. Além disso, a mineira era a única negra da competição.
Quando eu cheguei, fiquei com medo, porque só existia eu de negra no concurso. é muito difícil ser transsexual e ser negra. O preconceito vem de dois lados. A minha visibilidade neste concurso ajuda para que outras negras também possam sonhar.

Realizado em Pattaya, na Tailândia, na última sexta-feira, 6, o concurso teve como vencedora a filipina Trixie Maristela, 29 anos (ao centro na foto abaixo). O terceiro lugar ficou com a tailandesa Sopida Siriwattananukoon (à direita).

O Miss International Queen existe desde 2004, e, durante o concurso, as candidatas têm a chance de desfilar com trajes de gala e com figurinos que homenageiam o país de origem. Neste ano, reuniu 26 participantes de 17 países, com idades entre 18 e 36 anos. Segundo o regulamento, podem participar todas as mulheres transgênero que tenham ou não feito cirurgia de mudança de sexo.
A importância de um concurso para transexuais e travestis é poder dar visibilidade, mostrar que também temos sonhos, que também temos família, e que também queremos algo novo na vida além do que aquilo que julgam ser normal para nós!
Vale lembrar que não é a primeira que uma brasileira integra o trio de vencedoras. Em 2013, Marcela Ohio, então com 18 anos, ganhou o títuloo de transgênero mais bonita do mundo.

Confira o vídeo de divulgação do concurso: