*Por Ana Flávia Hantt
Duas notícias relacionadas ao trânsito internacional que já vinham sendo sinalizadas se confirmaram nos últimos dias. Uma delas vem dos Estados Unidos, que liberou a entrada de brasileiros que já possuam visto de estudante (categorias F-1, M-1). Isso significa que alunos iniciando seus cursos no segundo semestre (início do ano letivo no país) poderão viajar para as aulas presenciais com até 30 dias de antecedência.
A novidade acompanha a retomada das entrevistas para a aquisição do visto de estudante que, segundo a Embaixada dos EUA no Brasil, deve ocorrer ainda neste mês. Brasileiros com visto de Exceção de Interesse Nacional (jornalistas, pesquisadores, profissionais da aviação, etc) também estão autorizados a viajarem ao país norte-americano.
A outra notícia vem do Parlamento Europeu, que, há duas semanas, votou a criação do Certificado Verde Digital, um documento emitido pelo país de origem dos cidadãos do bloco, o qual contará com informações sobre vacinação, infecções pelo coronavírus e testes negativos.
A livre circulação será permitida aos cidadãos que receberam as vacinas aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos: BioNTech/Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Janssen. A Coronavac, aplicada em grande escala no Brasil, não está na lista. Na prática, a decisão ainda não afeta os turistas brasileiros, que continuam sem poder entrar na União Europeia. Já viajantes com motivos essenciais — estudo, trabalho, visita de familiares de primeiro grau, etc — terão que verificar com o país de destino se este aceitará a entrada de pessoas inoculadas com vacinas não aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos.
Na última segunda, a Comissão Europeia também propôs a reabertura de todo o bloco para turistas vacinados oriundos de países onde a pandemia está controlada (menos de 100 casos/100 mil habitantes), o que também não inclui o Brasil. Esta última proposta ainda passará por análises antes de ser aprovada.