Bruno estava radiante. Havia em seus olhos a alegria de quem tinha feito algo bom. Mal entrei em casa e meu menino surgiu num risco em minha frente.
– Mãe! Adivinha a novidade.
Não havia dúvidas de que algo muito importante acontecera naquela tarde chuvosa. às vezes, quando a gente se obriga a reinventar brincadeiras, a lidar com frustrações, a não poder ir para a rua jogar bola, coisas incríveis podem acontecer, fiquei ansiosa com a nova da vez.
– Nossa, filho, a mãe nem consegue imaginar, conta logo.
– A Geni se matriculou na escola.
E a ‘tata’ espia, rindo de cantinho do garoto.
– é mesmo, Bruno, que legal. Estudar é muito bom. Em que escola a Geni se matriculou?
– Na escola de computação do Bruno.
Pensei comigo, com esse professor fofo e de covinhas eu também me matricularia. E, antes de completar minha pausa no pensamento, ele continuou.
– Já ensinei a ligar, desligar o computador e a entrar na internet.
– Uau! Muito bom, Geni.
O garoto só não entendeu a razão da ‘tata’ não ter se interessado muito pelo Facebook. Mas do jeito que é insistente, não demora para surgir na minha tela uma nova solicitação de amizade.
Acho que vou me inscrever nessa escola também. Bruno tem muito a ensinar.