Entre as vantagens de viajar, está o fato de se conhecer uma nova cidade, com cultura e pessoas diferentes. Além disso, é possível aprender e conhecer um pouco mais sobre a história local ou sobre pessoas que tiveram grande importância para a cidade.
Na viagem do aposentado Albano Becker e de sua filha, Joseane Becker, foi isso que ocorreu. Os dois estiveram durante o mês de outubro de 2014, viajando por países andinos. São eles: Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Chile e Venezuela.
Segundo o aposentado, nessa viagem e ele e a filha tiveram a oportunidade de conhecer a realidade do que era e é atualmente a vivência desses povos latino americanos. Becker e Joseane estiveram primeiramente em Lima, no Peru, e se deslocaram para Cuzco, para um conhecimento do que foram as culturas incas, nazcas, quíchuas e o que restou das mesmas.
Depois, pai e filha seguiram de ônibus para Puno, no Peru, as margens do Lago Titicaca, o mais alto do mundo, e divisa com a Bolívia. “Nesse domingo, eram as eleições presidenciais e as divisas eram fechadas. Por isso, tivemos que pernoitar no local”, relata o aposentado. Becker e Joseane chagaram a Lapaz na segunda-feira e no dia seguinte foram de ônibus para Santa Cruz de La Sierra.
“Dois depois, nos deslocamos para a cidade de Vale Grande e depois para La Higuera, para então chegarmos a Vila onde Ernesto ‘Che’ Guevara Siena, foi assassinado em 8 de outubro de 1968”, explica. Segundo o aposentado, o que impressiona nessa região é a pobreza da mesma.
Becker comenta que é pobreza em todos os sentidos: não se veem plantações, o solo é pobre, mais pedras do que terra, a população é muito quieta, os camponeses solitários, sem perspectiva de um mundo melhor.
Becker conta que foi nessas regiões campesinas que Che, em 1967, estava com seu grupo de guerrilheiros, tentanto uma revolução camponesa e popular, e, por isso, até hoje é reverenciado pelos bolivianos, principalmente os de menos recursos e perspectivas de vida.
O aposentado relata que Ernesto Che Guevara, ferido numa das pernas e joelho, numa região ali por perto, foi feito prisioneiro pelo exército boliviano.
Che foi levado a Vila de La Higuera, onde alguns de seus companheiros mais próximos já haviam sido mortos.
Ele ficou num alojamento, para ver o que decidiam no dia seguinte. No outro dia, Che foi tirado do alojamento e levado para uma escolinha, onde ficou sentado em uma cadeira e começou a ser interrogado. Após a chegada da ordem da CIA Americana, Che foi fuzilado e morto.
Para Albano e a filha Joseane a viagem foi incrível, apesar de alguns percalços. Segundo ele, foi um momento de reflexão e de conhecer um outro lado da história, que, nem sempre, é mostrada.
[GALERIA_455]