Muitos relacionamentos começam com um convite para dançar. Tá, posso estar um pouco atrasada, pois hoje, muitos namoros começam mesmo na rede, no convite para ser amigo no Facebook.Em um passado nem tão distante, o começo era assim: o carinha chegava na festa ou no baile e convidava a moça para dançar. O ‘dançar juntinho’, estilo romântico, era o ‘golpe fatal’ para o encantamento. Tempos depois, o romântico deu lugar para forró, o sertanejo, o pagode, as gauchescas.Desde que comecei a sair – ali pelos 16 -, sempre gostei de dançar. Sozinha ou acompanhada. Quando a música pedia quatro pernas, o amigo pé de valsa sempre era o disputado da vez, até surgir o bacaninha e, claro, com jeito para dançar. As opções, sempre foram escassas, então, o resultado não poderia ser outro: uma minoria levando as moças para a pista e uma mulherada significativa dançando sozinha.Até hoje acho que são poucos os homens que sabem dançar a dois. Alguns até tentam, mas não tem molejo.Mas também tem muita menina que nunca fez questão de aprender ou realmente, não leva jeito. Eu, desde pequena, fui influenciada pelos meus pais. Sempre queriam me ver em grupos de CTG, no grupo de dança da escola. Nos poucos bailes que pude acompanhá-los, ainda criança, a mãe, neste caso, a pé de valsa do casal, sempre me carregava. Ela chegava a pedir para eu ficar de pé, em cima dos pés dela, para que ela pudesse me levar pelo salão. E assim, foi tudo automático. Nunca fui uma dançarina, mas nunca deixei por menos. Quando conheci meu namorado, o convite para dançar foi o começo de tudo. Depois de uma primeira dança em sincronia e praticamente sem ‘pisões’ nos pés alheios, a identificação foi consequência.
Fui uma garota de sorte. Achei alguém que sabe dançar (e a mãe sempre dizia que os homens que sabem dançar são bons partidos hehe).Bem, é claro que não foi só por isso que ele foi o escolhido, mas até hoje, a dança a dois é presente nas festas que frequentamos.Como ele sabe dançar, não são poucas as vezes que empresto ele para alguma amiga. Não mais de uma música, é claro. (brincadeira).Realmente, encontrei meu par para a dança. Arrastamos pé no salão que for e até puxamos polonese, quando precisa. Gostamos tanto que já fizemos um curso de danças gaúchas e no último fim de semana concluímos o segundo.Não somos nada perto do casal do clássico Dirty Dancing, mas, modéstia parte, nos saímos bem!
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