É como diz o ditado, ‘quem dança, seus males espanta’. Esta teoria é confirmada pela profissional de Educação Física, coordenadora das academias de saúde de Venâncio Aires e organizadora do grupo Divas do SUS, Eliane Turcatto.
Segundo a profissional, os benefícios são muito amplos, inclusive para a autoestima e bem-estar pessoal. “A dança proporciona novas relações e um momento de interação com os outros. É uma atividade que traz alegria e satisfação”, afirma.
As atividades em grupo também trazem motivação, energia e desinibição. “Escutei muitas pessoas falarem que não fazem dança porque não têm coordenação motora. Isto tudo se adquire com a prática. Contudo, o professor de dança tem o papel de oferecer um espaço para que aluno se sinta acolhido e à vontade para se expressar”, acredita.
A professora indica que, durante a dança, os alunos devem colocar para fora as tensões do dia a dia e aproveitar o momento para relaxar e se divertir. Com isso, as pessoas vão ir para casa com mais disposição e alegria.“A dança também tem efeito terapêutico. O exercício ativa os hormônios da felicidade e traz sensações boas, deixando as pessoas mais leves, com sensação de relaxamento e satisfação com a vida”, explica.
Sem restrições
As aulas atendem todos os públicos e são adaptadas dentro de cada característica. Não há nenhuma restrição para dançar. De acordo com a profissional de educação física, quando se trabalha com a terceira idade, por exemplo, ela costuma selecionar músicas daquela época, que tragam bons momentos e aplica movimentos mais simples. “Neste caso, a dança também possui caráter de reabilitação, melhorando o equilíbrio, resistência e força, que são mais limitados no decorrer da vida”, afirma.
As aulas dinâmicas, entre diferentes faixas etárias, contribuem para a socialização. “Independentemente da idade, as pessoas que começam a dançar se oportunizam a fazer algo diferente. Elas de reinventam e e estão dispostas a experimentar coisas novas”, observa.
Funcionalidade de cada movimento
De acordo com a educadora física, Eliane Turcatto, os ritmos mais solicitados são o sertanejo, o funk e o bachata – ritmo de salão que está em alta. Da mesma forma, o funcional dance é bastante utilizado. A atividade intercala dança com exercícios de agachamento, proporcionando um exercício com mais ‘pegada’ e poucos movimentos. “É um exercício que fortalece perna, glúteo, braço e traz mobilidade e mais flexibilidade. Já a ‘pranchinha’ de funcional dance trabalha abdômen, perna, costas e ombro”, explica a profissional. “Os exercícios não têm a finalidade de deixar as mulheres musculosas, e sim, manter uma articulação reforçada. Quando a musculatura está forte, não gera carga para as articulações”, afirma.
Os exercícios hits também são uma ótima pedida. A atividade de curta duração e alta intensidade melhora o sistema cardiovascular, trabalha força e resistência e potencializa o emagrecimento.
“A dança faz com que as mulheres sejam mais donas de si. As atividades em grupo são motivadoras pois proporcionam a diversão, troca de energias e brincadeiras, que, na maioria das vezes, vai além da sala de aula.”
ELIANE TURCATTO
Educadora física