Em 2013, mais de 38 mil embriões foram congelados em centros de reprodução assistida, conforme dados do relatório anual da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com o avanço da medicina no campo da reprodução humana, a procura pelos procedimentos tem aumentado nos últimos anos, mas as técnicas ainda geram confusão e dúvidas nos futuros pais. O professor da UFRGS e especialista em reprodução humana da Insemine, João Sabino da Cunha Filho, explica que, basicamente, o que difere a fertilização da inseminação é a maneira como os óvulos são fecundados.
A inseminação artificial consiste em injetar espermatozóides no útero da mulher e então fecundar o óvulo e gerar o bebê. Para aumentar as chances de sucesso, a paciente toma uma medicação à base de hormônios, que estimula a ovulação. O sêmen do parceiro é colhido em laboratório e os espermatozóides com maior mobilidade são separados e injetados no útero. O especialista destaca que a inseminação é usada geralmente em casos de esterilidade masculina.
Já a fertilização in vitro é um procedimento indicado quando as trompas estão obstruídas, impedindo a fertilização natural. O tratamento começa com injeções diárias à base dos hormônios usados no procedimento da inseminação. Depois, os óvulos são extraídos e levados para o laboratório, onde ficam em uma estufa e são fecundados. Somente após este processo, o embrião é transferido para o útero, onde irá se desenvolver. A técnica pode aumentar as chances de gravidez, dependendo do grau de infertilidade do casal e da idade da mulher, em até 50% e tem índices maiores de gestações múltiplas, pois mais de uma célula pré-embrionária pode alcançar o útero.
Fertilização in vitro
– Os espermatozóides e os óvulos ficam em uma estufa que simula o ambiente interno de uma tuba uterina, onde ocorre a fertilização na gravidez normal.
– Em outra técnica de fertilização (ICSI), um aparelho injeta um espermatozóide em cada um dos 8 a 12 óvulos normalmente usados. Só então o embrião é transferido para o útero. Esse procedimento é indicado quando o homem tem uma quantidade muito baixa de espermatozóides.
Inseminação artificial
– O tratamento é indicado principalmente quando o espermatozóide não alcança o útero naturalmente devido à baixa mobilidade.
– Os médicos acompanham a paciente fazendo uma ultrassonografia transvaginal a cada três dias. Quando um ou mais folículos (estrutura que abriga o óvulo) passam de 18 mm de diâmetro, é hora de estimular a ovulação.