Foto: Divulgação / Tudo & Todas 90% dos casos derivam da hérnia de disco
90% dos casos derivam da hérnia de disco

Muitas vezes confundida com doença, a dor no nervo ciático é, na verdade, um sintoma derivado de outros problemas. Em aproximadamente 90% das vezes, as dores são causadas pela hérnia de disco, pela ruptura ou deslocamento dos discos. Os outros 10% podem ser causados por espasmos ou fadiga de músculos da região do glúteo. A fisioterapeuta especialista em coluna vertebral, Silvia Canevari Barros, explica que esses problemas são criados pela repetição de atividades físicas pesadas e posturas incorretas.

Localizado entre a região lombar e a parte mais baixa das pernas, passando pelas nádegas, o nervo ciático é o mais longo do corpo humano. Segundo a especialista, ele é responsável pela sensibilidade, mobilidade e articulações dos membros inferiores.

Quando há uma inflamação ou compressão nesse nervo, pode ocorrer a dor ciática. Quem sofre com ela geralmente reclama de fisgadas, queimação e formigamento na região afetada. A fisioterapeuta alerta que, em alguns casos, a dor é tão forte que a sensibilidade da perna diminui ou a pessoa não consegue se mexer.

Na maioria dos casos, há um aumento gradual da dor, que pode piorar depois de ficar em pé ou sentado por muito tempo, durante a noite, ao espirrar, tossir ou rir ou ao se dobrar para trás ou andar por muito tempo. A dor ocorre mais frequentemente de um só lado, mas pode aparecer nas duas pernas. O exame clínico feito por um fisioterapeuta especializado é fundamental para identificar a causa da dor ciática. Existem exames específicos que determinam as causas suspeitas. Silvia explica que eles podem mostrar reflexos anormais ou ausentes, ou fraqueza ao dobrar o joelho ou ao movimentar os pés.

Como a dor ciática é um sintoma de outra doença, o tratamento deve ser direcionado à causa identificada. A profissional previne que muitos médicos receitam anti-inflamatórios, analgésicos ou injeções, mas isso pode mascarar o problema e o paciente possivelmente terá novas recorrências da dor.

Segundo a fisioterapeuta, proprietária do ITC Vertebral – Unidade Jundiaí e Membro da Associação Brasileira de Reabilitação da Coluna, com os avanços da área da Reconstrução Músculo Articular (RMA), o tratamento deve ser direcionado com o objetivo de descomprimir este nervo, através de tratamento fisioterápico não convencional que utiliza aparelhos modernos de tração eletrônica e descompressão dinâmica, além das principais técnicas de Terapia Manual. Em conjunto, são realizados exercícios terapêuticos de estabilização estática e dinâmica, a fim de evitar novos episódios. Nosso foco é reabilitar o corpo como um todo e apenas 10% dos casos são cirúrgicos.

Após o tratamento, o paciente é motivado a continuar a prática de atividade física com orientação.