Quando o assunto é vida profissional, Eva Simões pode orgulhar-se de uma trajetória de mais de 20 anos de dedicação a um empreendimento. Aos 19 anos, após casar-se e mudar-se para Venâncio Aires (ela é natural de Laranjeiras do Sul, no Paraná), passou a trabalhar no Restaurante Casa Cheia.
Iniciou no atendimento ao público e, um tempo depois, passou a atuar no gerenciamento da empresa, função que desempenha até hoje. Ela recorda que esse início exigiu que aprendesse a ‘lidar’ com muitas coisas novas ao mesmo tempo, como o casamento, estudos e mudança de cidade para longe da família.
“Mas hoje sei que cada experiência valeu e contribuiu para minha formação profissional.”
Na opinião de Eva, estar à frente de uma empresa é um desafio constante, pois é preciso ser audacioso, perseverante, paciente e usar a criatividade. Ela afirma que é preciso desenvolver, diariamente, a capacidade para resolver situações complexas, além de aprender a lidar com a frustração de que nem tudo dá certo na hora que se deseja, que nem tudo depende só do empreendedor. Ela cita ainda a necessidade de aprender a delegar tarefas, pois isso faz com que seja possível aproveitar melhor o tempo.
Você precisa enfrentar seus obstáculos interiores e os que o mercado te impõem.”
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Em seu dia a dia, Eva também tem a oportunidade de perceber o quanto características típicas femininas fazem a diferença em um contexto da sociedade. Ela destaca as mulheres que são responsáveis pelo sustento da família. “Comigo trabalham várias. São guerreiras que necessitam administrar sua casa, emprego, a educação dos filhos e fazem isso sozinhas”, enumera.
Acho que isso tudo, aliado à habilidade que nós mulheres temos em saber lidar com a ‘dupla jornada’ do cotidiano, fez com que nos tornássemos profissionais eficientes, respeitadas, e com certo diferencial, desenvolvendo assim, cada vez mais, nossa capacidade de empreender.”
Para Eva, o segredo é entender que há espaço para homens e mulheres desenvolverem o seu trabalho, e que é preciso viver em harmonia, respeitando o potencial que cada um tem, independente do gênero. E ela própria vive essa realidade:
Trabalho junto com meu esposo em todos esses anos na empresa. Temos opiniões diferentes, muitas vezes nossas ideias não fecham, ele pensa de uma forma e eu de outra, mas aprendemos a respeitar o que o outro pensa. Dessa forma, conseguimos trabalhar de maneira tranquila e harmoniosa.”
