“Me sinto orgulhosa de mim, do meu trabalho, das conquistas profissionais que tive até hoje”.

é assim que a fisioterapeuta Analuci Lenuzza de Oliveira Pesqueira, 47 anos, avalia seu trabalho e suas atitudes como empreendedora. No entanto, mesmo com 21 anos de experiência, Analuci destaca que ainda tem muita necessidade de aprender mais sobre empreendedorismo, além de precisar se aprimorar na área.

Foto: Andréia Pinheiro / Tudo & TodasPara Analuci, de jaleco branco, há coisas que a faculdade não ensina e que somente no dia a dia serão aprendidas
Para Analuci, de jaleco branco, há coisas que a faculdade não ensina e que somente no dia a dia serão aprendidas

“Não é fácil abrir um negócio, é necessário pensar a avaliar tudo ao seu redor”, salienta.

A escolha pela profissão, segundo ela, teve início, mesmo que inconscientemente, na época da escola. Analuci conta que sempre gostou de Ciências e que esse gosto evoluiu para a Biologia, e no final da fase escolar, a fisioterapeuta já sabia que queria algo na área da saúde. Conforme a empreendedora, na época, o curso existia apenas no IPA, em Porto Alegre, ou na Feevale, em Novo Hamburgo, onde, por fim, ela resolveu cursar.

“Fiz o primeiro semestre e me identifiquei demais com o curso, me apaixonei por ser algo gratificante e prazeroso no qual estamos perto de nosso paciente diariamente vendo sua evolução a cada dia”, relembra.

A respeito do empreendedorismo feminino, Analuci fala da importância das mulheres também estarem à frente ou participando dos negócios. Além disso, ela deixa um conselho valioso para as mulheres que desejam abrir seu próprio negócio: “façam!” Porém, ela explica que é preciso analisar bem e fazer treinamentos, pesquisar para realmente fazer a coisa certa, pois desses possíveis negócios irão depender outras pessoas.

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Com mais de duas décadas de experiência, Analuci fala com propriedade sobre os aprendizados do dia a dia.

“Minha faculdade me ensinou a ser fisioterapeuta. O resto aprendi no dia a dia, errando, acertando e errando de novo. Assim que se aprende, assim que se empreende.”

Apesar de todas as dificuldades, a empresária diz se sentir uma mulher de sucesso, pois muitos pacientes passaram e ainda passarão por ela e por sua equipe.

Oportunidades e autonomia dividida com outras mulheres

Empreendedora, a nutricionista Francini da Silveira, 34 anos, trabalha com assuntos considerados, por muitos, de extrema importância para as mulheres: a beleza e a autoestima. O trabalho, que teve início em 2009, possibilita que Francini esteja lado a lado a diferentes mulheres, oferecendo a elas oportunidade de emprego, uma forma de complementar a renda e, também, a autonomia financeira que a empreendedora já conhece bem.

Francini relata que conheceu a marca de cosméticos através de uma ex-colega de faculdade e que, de cara, disse sim para essa oportunidade. “A empresa tem 52 anos e está situada em Dallas, nos Estados Unidos. No Brasil, ela está há 16 anos”, salienta.

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No início, a empreendedora fazia apenas vendas, por meio das quais, segundo ela, já obtinha um ótimo lucro. No decorrer de dois anos, surgiu o interesse por crescimento. Conforme a profissional, o diferencial está no plano de carreira. “Em dois meses alcancei o cargo de Diretora e não parei mais”, salienta. Em um ano, Francini conquistou o primeiro carro rosa, marca registrada da empresa. Porém, para ela, o melhor de tudo foi levar as mesmas oportunidades para várias mulheres.

Foto: Arquivo pessoal / Tudo & TodasTrabalhando com uma marca de cosméticos, Francini consegue dar oportunidades para outras mulheres.
Trabalhando com uma marca de cosméticos, Francini consegue dar oportunidades para outras mulheres

Hoje, Francini possui cinco diretoras formadas e três de segunda geração. E, segundo ela, a caminhada não para.

“As vendas e a carreira não são fontes de renda extra. Hoje tenho uma empresa. Se tornou meu negócio”, destaca.

>> Matéria publicada no T&T Press – especial Dia da Mulher.