
Uma das características de quem resolve encarar uma dieta é a busca por conhecimento. Para ter os resultados almejados, é importante entender sobre o funcionamento do corpo e como ele reage a determinados exercícios físicos e à alimentação.
Foi para entender um pouco mais sobre tudo isso que dezenas de pessoas lotaram o auditório da Unimed, na última quinta, 9 de outubro. Todos queriam participar do coach #absolutamentecompleto do nutricionista, profissional de Educação Física e atleta, éverton Bottega.
Em parceria com a Flex Nutrition, representada em Venâncio Aires pela Farmácia Drogafarma, o profissional apresentou suplementos e falou sobre estratégias para potencializar o ganho de massa muscular. A coluna ‘Briga de Peso‘ acompanhou o evento e conversou de forma exclusiva com éverton Bottega. Confira a entrevista:
Cada vez há mais procura por um modo de viver fitness. Como você percebe esse momento?Quando eu comecei a trabalhar como personal, há 10 anos, as pessoas não tinham conhecimento sobre a realização de uma atividade física orientada junto com uma suplementação e uma alimentação saudável. De uns três anos para cá começou a ter um boom muito grande e para nós, educadores físicos e nutricionistas, é a oportunidade de previnir uma doença, e não apenas remediar. é sempre assim, a pessoa tem hipertensão, por exemplo, e toma remédio. Nós conseguimos atuar já antes, tendo uma alimentação saudável, tendo uma atividade física. As pessoas têm que ter em mente que precisam sempre fazer uma atividade física, e não esperar uma fórmula mágica.
Hoje é possível encontrar diversas linhas de comidas prontas e saudáveis. Isso muda o conceito de que fazer dieta é apenas comer alface?Hoje temos várias empresas que trabalham com alimentos congelados, como batata doce e frango, sem ter aquela quantidade de tempero absurda. Então tem como a gente migrar. O único problema é que hoje em dia ainda é um pouco mais caro, porque ainda não é uma demanda muito grande. Mas ao invés de comer comidas gongeladas, cheias de gordura saturada e sódio, agente consegue mudar para uma comida mais saudável.

A partir da tua experiência de consultório, qual é a maior busca das pessoas?No meu consultório as pessoas vão voltadas a mudar o corpo, baseando-se em atletas. Hoje em dia a gente vê as mulheres querendo ter um volume um pouco maior. Antigamente a gente via as gurias mais do tipo modelo. Hoje o padrão está sendo a mulher um pouco mais forte, com mais bunda, mais coxa, com menos gordura corporal e mais definida. Eu acredito que em todos os consultórios a busca tem sido por um corpo mais tonificado, e não só magro. Não é à tôa que as competições de fisiculturismo hoje tem mais de 200 atletas. Na época que eu competia, eram 50. Então isso também refletiu na sociedade.
E falando sobre fisiculturismo, quais são os maiores desafios para as mulheres que querem competir?Um dos principais desafios é se organizar, porque a pessoa precisa ter uma vida social, ir ao cinema, ter namorado, jantar com a família. E quando tu começa uma preparação para uma competição, é preciso deixar de ir em jantas ou sair com o namorado para não comer besteira. Então essa é a parte que a pessoa mais sente. Para atleta realmente não dá, é preciso seguir à risca.
E para uma pessoa ‘comum’, como manter o equilíbrio entre uma vida social e uma postura mais fitness?Eu trabalho com meus pacientes com refeições livres. Como eu sei que fim de semana é onde a pessoa vai dar uma fugidinha, então eu faço ela seguir à risca a dieta de segunda a sexta e sábado e domingo eu deixo uma refeição livre. Dependendo de como está o corpo dela, lógico. Mas sempre refeições livre, e não o dia todo livre. Mas lógico, todo benefício precisa ter um sacrifício.