Foi um diagnóstico de asma que fez Felipe Davi Machado buscar, ainda na infância, uma atividade física que lhe proporcionasse bem-estar. Chegou a testar algumas modalidades, mas se descobriu na dança moderna e contemporânea.
Desde lá, nunca mais conseguiu parar de dançar.
Em Blumenau, Santa Catarina, cidade onde nasceu, o jovem integrou uma escola preparatória para o Bolshoi no Brasil (já falamos sobre a instituição aqui, aqui e aqui), e chegou a ser selecionado em algumas seletivas. Por falta de um maior conhecimento da família sobre a profissão, no entanto, não seguiu adiante com as oportunidades.
Mais tarde, residindo em Montenegro, no Rio Grande do Sul, ingressou em uma escola de ballet clássico, onde passou a se dedicar a esse estilo. Mais uma mudança veio na vida de Felipe: agora, para Venâncio Aires, e mais uma vez o jovem encontrou meios para continuar na dança.
Residindo na Capital Nacional do Chimarrão, procurou a Escola Pontinha dos Pés para continuar alimentando sua paixão. Segundo ele, é a concentração exigida, e a precisão técnica de cada movimento, que faz com que ele goste tanto do ballet clássico.
A dança é a forma mais fácil que encontrei para expor o que eu sinto. é um jeito de me sentir bem. A dança me traz conforto.
Atualmente com 24 anos, Felipe já está acostumado com o número limitado de homens nas escolas de dança. “Algumas pessoas estranham um pouco, mas geralmente acabo me tornando o centro das atenções”, conta, divertindo-se.
A professora Melina Ellwanger diz que gostaria de ter mais alunos homens pois, como o próprio Felipe demonstra, a dança é uma atividade para ambos os sexos.
Temos meninos em Venâncio que tem o dom da arte da dança, mas ainda vemos muitas barreiras em função do preconceito. O ballet é uma atividade física e artística como qualquer outra. Vemos meninas praticando judô, jogando bola, lutando MMA, então, por que é tão difícil aceitar que meninos dancem ballet? Vale a pena rever certos preceitos e abandonar o preconceito.
Em vídeo, mostramos um pouco do talento de Felipe. Quem sabe, a partir dele, outros homens também possam se dedicar à essa arte!
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