Não sei, talvez por ouvir as pessoas me dizerem, desde muito cedo, que tinha o dom para ouvi-las, porém, ao longo do curso, fui deparando-me com algo que vai muito além de apenas escutar ou aconselhar, como muitos definem os psicólogos.
Após anos de leitura, dedicação e aprendizagem ao decorrer das disciplinas cursadas e agora no estágio, posso dizer que escolhi Psicologia por amar esta profissão tão fascinante.
Compreender, auxiliar o outro em um processo de ressignificação, realizar um trabalho de prevenção e promoção de saúde, deixando de lado nossos próprios sofrimentos, é algo muito dificil e, diversas vezes, é preciso se doar. O atendimento em qualquer área da Psicologia demanda muita dedicação para nos mantermos focados completamente no sujeito, e, principalmente, precisamos ser integrais, completos, absolutamente centrados no paciente e suas modificações, pois, talvez, aquele seja o único momento que ele disponibilize para si mesmo.
Neste momento, encontro-me em período de estágio, reta final do curso, período de total dedicação, responsabilidade e comprometimento.
Estar disponivel à necessidade do outro não é algo fácil. Desgasta, consome tempo, tira o sono, causa desconforto, preocupação dependendo da situação, porém, é muito gratificante. Não tem preço quando percebemos o progresso acontecendo na vida da pessoa e que todo o trabalho que desempenhamos durante anos de estudo valeu a pena.
Agradeço aos meu pais, principalemnte a minha mãe que tanto lutou e nunca me deixou desistir deste sonho que está cada dia mais perto de se concretizar e, assim, chegar o dia de levantar o canudo e dizer “prazer, meu nome é Letícia Nedwed e minha profissão é psicóloga”!