Não tenho filhos, não tenho animais de estimação. Mas tenho plantinhas. Acredito que quando cuidamos de algo, além de nós, nos tornamos mais responsáveis, mais solidários, mais humanos. Claro que diferente de crianças e bichos, as plantas não dão tanto trabalho. Mas com elas também aprendemos lições para a vida.
Lição de que elas são seres vivos, ou seja, há uma vida e, precisam de atenção, de água, de sombra ou de sol. Lição de que elas podem não falar, mas se comunicam. Há uma interação, uma magia.
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Cresci vendo minha mãe ‘falar’ com suas dezenas de flores, folhagens e árvores e vi brotar ali, uma admiração pelas plantas. Sem exageros. Elas são companhias agradáveis e tornam minha casa mais perfumada, colorida, harmoniosa e aconchegante.
Como moro em apartamento, não tenho o contato com a terra, com a grama, com o jardim. Não tenho momentos com pazinha e regador. Mas foi minha mudança para a ‘casa nova’ que me possibilitou receber duas plantinhas de presente. São duas ‘filhas’: uma Pimenteira e uma Orquídea. As duas chegaram em momentos diferentes, mas ambas com o mesmo pedido: cuide bem dela! Cada uma tem seus cuidados com o clima, com a quantidade de água. Uma gosta de um cantinho, outra de outro. Uma toma mais água, outra precisa de menos.
Além disso elas têm hora marcada para receber carinho. As vezes até me pego falando sozinha com elas (garanto que isso não é loucura.) Quando vejo uma delas murchinha, até me culpo por talvez, não estar cuidando delas direitinho. Mas os dias passam e daqui a pouco já vejo um ‘brotinho’. Uma nova vida!
Um pedacinho morre, outro nasce. Nesta aflição de cuidados que aprendo e cresço. Toda essa relação só me deixa mais convicta, de que ter uma plantinha para cuidar, na minha idade, só me prepara mais para a vida, para os desafios, para as responsabilidades.
Para alguns esta relação pode ser banal, mas são nas pequenas missões do dia a dia que nos tornamos GRANDES!
