Gaste menos, guarde mais

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Foto: Divulgação / InternetCofrinho, um velho método de guardar dinheiro que ainda dá certo
Cofrinho, um velho método de guardar dinheiro que ainda dá certo

Eu nunca consegui guardar dinheiro, mas tento. Tirar da carteira uma nota de R$ 50 para pagar uma conta é anunciar o fim dela rapidinho.

Quando era criança, a mãe sempre falou que era importante guardar e sempre me deu valores da importância de não exagerar, muito menos consumir e comprar à toa. E levo a sério isso até hoje, no entanto, guardar grana não é comigo não.

Graças a Deus, minha alma não grita quando passo em frente a uma vitrine, embora seja tão comum entre nós, mulheres.

Calma meninas, eu também amooooo comprar sapatos, bolsas, vestidos, mas tenho controle.

Mas não entendo como o dinheiro voa. Termina o mês e fico pensando onde foi que coloquei o dinheiro. E mais uma vez, nada guardado. Diversos especialistas dizem que o ideal é gastar uns 25% a menos do que ganhamos – sem importar o valor do salário – para garantir o futuro. Garantir o dia de amanhã é ter dinheiro para bancar um gasto imprevisto, em saúde, por exemplo, ou comprar um bem material, uma casa ou carro ou fazer uma viagem.

São poucos, acredito, que tem esse hábito de guardar e economizar. Na verdade, na maioria das vezes, na nossa geração, não sobra nada e é muito mais comum ficar com o mês negativo. E quando o sexo é frágil o gasto é maior. Evidente: cortar nosso cabelo custa mais caro, usamos acessórios, pintamos as unhas, compramos roupas com mais frequência.

Mas seja sexo feminino ou masculino, a nossa geração tem algo em comum. A maioria não pensa em planos de saúde, previdência social ou privada. Não pensamos no futuro, aquele, lá, depois da aposentadoria, afinal, parece estar tão distante.

Pensamos mais no presente, se temos o que comer hoje e se vai sobrar uma grana para passar o fim de semana, ir em uma balada, e se faltar um modelito novo, tem que dar para comprar outro. Viva a prestação!

Porém, somos a geração que mais sonha. Que quer tudo, mas não consegue pagar quase nada. Somos a geração em que os estágios duram dois, três anos e que a estabilidade financeira as vezes demora a chegar. E a gente só aprende o real valor do dinheiro quando precisa pagar as próprias roupas, a própria comida, a conta de luz e água. Eu que sei como é bom comemorar que a conta de luz diminuiu uns 30% em relação ao mês passado.

Já tentei adotar métodos para guardar dinheiro. Os resultados não foram ‘numerosos’, mas válidos. Teve uma virada de ano que prometi que todas notas de R$ 2 que parassem em minhas mãos eu guardaria. Acho que consegui juntar uns R$ 100 por um tempo, mas daí chega aquele dia que você está sem um tostão e usa aquela grana que você sabe muito bem onde guardou. Também já tentei registrar cada centavo que gasto, mas as anotações se perderam. A última tentativa foi baixar um aplicativo no celular que me possibilitava ter um controle automático das despesas, do quanto tinha em banco e o que já gastei. O aplicativo está baixado, mas não consegui me acertar com ele.

Foto: Divulgação / InternetVocê não tem a impressão de que o dinheiro voa?
Você não tem a impressão de que o dinheiro voa?

Hoje tento manter o hábito de guardar moedas. Algumas deixo na carteira – gosto de facilitar o troco – as demais, arranjei um cofrinho que eu vou atualizando de vez em quando.

Outra técnica é não sacar mais do que o necessário para pagar a conta do dia. Hoje é dia de pagar a mensalidade da faculdade? Então eu busco apenas o valor que preciso para que nenhuma tartaruga, onça ou peixe salte da carteira.

Aprendi que guardar dinheiro é um hábito, mesmo que seja pouco. A maioria que começa a fazer isso, acha que precisa guardar rios de dinheiro, mas sequer ganha o que quer guardar. E tem aqueles que não sabem aproveitar as promoções ou aumentos de salário. Quanto mais ganha, mais gasta. E você não consegue entender como conseguia sobreviver quando ganhava aquele salário de estagiária, estou certa?

Meu desafio ainda é guardar valores maiores – quando sobrar, é claro. Aquele dinheiro do lanche guloso que não precisava, do batom que você encomedou, mas tem outros cinco com o mesmo tom; daquele acessório que você nunca vai usar.

Comprou um pão na padaria da esquina e sobraram moedas? Tenha um lugar para os trocados. Você não vai comprar amanhã uma BMW, mas já dá para comprar o cofrinho. é o começo!

    

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